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GIPILLA
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020
quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
Revolutionary Love
Na biblioteca são quinze computadores em três mesas. De onde estava, tentando-se concentrar na pesquisa, enxergava 5 telas – em uma delas passava um filme.
Não conhecia nenhum dos atores e a montagem das cenas chamou a atenção: o close nas mãos indicava o que os personagens sentiam. Os protagonistas são excelentes.
Mesmo usando lentes que o oftalmo indicou alterar, conseguia
ler perfeitamente a legenda. O humor do enredo também era diferenciado e
preferiu deixar a pesquisa de lado. De repente, no meio da história, a tela foi
desligada. Ficar sem saber o fim? Jamais!
Levantou-se, foi à tela apagada, ligou-a e mudou de pesquisa: descobriu no histórico que não era filme, mas uma série - e só conseguiu parar de ver 3 dias depois, no último episódio da primeira temporada.
Como não se encantar com uma programação que Google e Facebook não sabem que existe, mas que já foi vista por mais de 2MM de pessoas?
Confira: http://kissasian.ch/Drama/Revolutionary-Love
sábado, 4 de novembro de 2017
Entendi o cinema mudo
Soube da programação por acaso. Noite linda de primavera, lua cheia e 26°. Fui confiando na curadoria do evento: apenas sabia que um filme seria projetado na parede externa do auditório do Ibirapuera enquanto a orquestra tocaria ao vivo (foto acima) para celebrar o final da 41a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
O filme chamava-se "O Homem Mosca", de 1917. Uma comédia de riso fácil com a magia da música. Se fosse em um telão com reprodução do som (a forma como os filmes antigos nos são acessíveis) talvez eu risse menos.
L
Lembrei-me das aulas de livreto, em que o professor contava que as óperas eram apresentadas entre piqueniques com animadas conversas, interrompidas para ouvir os cantores famosos da época, que muitas vezes cantavam músicas sem qualquer contexto com a ópera, só para exibir sua voz.
Tal hábito de conversar com música e tendo alguma cena para distração foi levado pelos imigrantes italianos a Nova York, popularizando o cinema e atrapalhando quem ia às sessões para acompanhar o filme: a introdução de novas tecnologias (como som) ajudou a manter o público com poder aquisitivo nas salas de cinema, estratégia utilizada até hoje.
Na foto, há pessoas de pé: são vendedores ambulantes que insistiam em berrar e tirar a visão do público. Para quem não conhece o lugar, senta-se na grama e de qualquer ponto avista-se o palco. Será que alguém comprou água ou cerveja durante os 60 minutos de exibição? Não vi ninguém comprando.
Os vendedores deixaram de se divertir e ainda por cima atrapalharam a diversão de seus potenciais clientes, em uma demonstração de que não basta acesso (à cultura, gratuito) é preciso permitir-se acessar.
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