sexta-feira, 21 de maio de 2010

Meu próximo carro será elétrico

Os apelos ecológicos para o consumo consciente são cada vez mais constantes. Motor flex é uma escolha do brasileiro muito mais pela economia que pode proporcionar ao pagar menos IPVA (em alguns Estados) e comprar o combustível mais barato. Só que ecológico mesmo é deixar o carro em casa - e essa possibilidade os carros nacionais não proporcionam.
Gosto de dirigir, mas não tenho problema algum em deixar o carro na garagem ou em pegar carona. Afinal, quanto mais passeio, mais intenso fica meu vínculo com o lugar. Por semanas preferi caminhadas e transporte público. Até que...
No princípio achei estranho ter esquecido o carro aberto, depois, tão temperamental quanto um computador, ao virar a chave, só recebi "téc" de resposta, pura birra dele por ter sido abandonado. Chamei o seguro e o diagnóstico foi certeiro: bateria.
Fiquei sabendo, então, que as travas elétricas, o alarme e o rádio consomem a bateria em um curto espaço de tempo (bem menor do que o dos carros sem acessórios) e que a chave elétrica também não funciona sem bateria. Como resolver? Ou liga o carro no máximo de 3 em 3 dias (superecológico queimar combustível sem sair do lugar, sem contar a qualidade do ar da garagem) ou com uma chave 10 desaparfusa a bateria e a isola uma parte (o carro fica sem alarme e, antes de utilizá-lo, tem que fazer operação inversa).
Só não enviei uma carta de "lavar a alma" para o fabricante porque o problema é comum a todos os modelos disponíveis no Brasil e também porque reconheço ter exagerado, uma vez que estou sem precisar abastecer desde dezembro.
Fica aqui o meu protesto - carro ecológico é o que pode ficar na garagem!

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