sexta-feira, 18 de junho de 2010

Burocracia

Por precaução, antes de formalizar o processo, fui até um guichê certificar-me de que não estava faltando nenhum documento. "Está tudo certo", confirmou o funcionário.
"Pipoquei" pela cidade atrás das assinaturas e, ao retornar, a funcionária que me atendeu demorou quase a eternidade lendo o conteúdo do texto (que não cabia a ela analisar), separou tudo em dois montinhos de papel e me perguntou: "Cadê o saquinho plástico?" Não sei se foi o argumento técnico ou a meiguice firme que os anos nos fazem desenvolver, mas não precisei nem utilizar a pasta em L que lhe ofereci, nem perdi meu lugar na fila: a própria funcionária, após nosso rápido diálogo, ofereceu emprestado dois saquinho que ela tinha. 

Ainda na semana que passou, mas em outro lado da cidade: cinco audiências ocorrendo simultaneamente, apenas um computador conectado. Localizado sabe onde? Ao lado da porta, antes de todas as salas, exatamente no local onde todo ser perdido no fórum para (na nova ortografia é sem acento, certo?) para perguntar os assuntos mais variados, sendo atendido pela pessoa que está não apenas digitando, mas redigindo o acodo enquanto pelo menos duas pessoas esperam por ele. No mínimo, atrapalha a produtividade e prejudica a percepção da qualidade do serviço que está sendo prestado.

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