Todo dia já é dia do homem
Os índios estavam em extinção: criaram o dia do índio.
O comportamento feminino precisava ser valorizado: criaram o
dia da mulher.
Dia da Hombridade seria mais apropriado do que “dia do homem”, uma reflexão (ou memória) de como as pessoas deveriam ser - mas
os presentes seriam mais raros, muita gente não entenderia o que estaria sendo
celebrado e celebrações temáticas existem porque ajudam no controle de estoque:
Janeiro – ano novo (e impostos como IPVA e IPTU encolhem o
orçamento)
Fevereiro – carnaval
Março – volta às aulas, troca das coleções (olha! a moda muda no mês do dia da mulher!)
Abril – páscoa
Maio – mães, um feriado (trabalhador)
Junho – namorados, um feriado (corpus cristi)
Julho – [?]
Agosto – pais
Setembro –troca das coleções, um feriado (independência)
Outubro – criança, um feriado (nossa senhora) e o dia do professor
Novembro – de 2 a 3 feriados (finados, independência e
consciência negra)
Dezembro - natal
Se pensarmos na origem das primeiras celebrações, relacionadas à natureza, não há um dia sequer sem o domínio do homem (com predominância masculina também).
Lógico que cada um comemora o que e como quiser, mas eu ando um tanto quanto o louco do chapeleiro no país das maravilhas: celebro os desaniversários com quem aceitar compartilhar o chá de hombridade.
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