terça-feira, 29 de abril de 2014
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Vendo a lua ao contrário
Era o segundo questionário, em apenas algumas horas. O primeiro fora mais simples, pôde ouvir a resposta dos outros e adivinhar as perguntas: queriam saber seu grau de satisfação com os serviços.
Com o bilhete que informava “de 474 para 470” em uma mão, e equilibrando a mala com a outra, foi possível dar o devido valor ao fiscal que lhe dissera onde descer (inclusive indicando uma baldeação que lhe poupou 15 minutos) e reclamar da falta de espaço para mala (talvez não conseguisse explicar, mas definitivamente ter que suspendê-la no pequeno espaço em cima dos bancos não era boa ideia).
O tom, o contexto, o local - tudo faz diferença na conversa. Perguntavam agora sobre sua vida. Melhor não criar caso, estava feliz por não ter precisado de tradutor. Horas depois, lhe perguntariam de novo, mas com a ressalva de que era apenas curiosidade, que poderia não haver resposta.
Assim, com discrição, ouviu parte da vida da outra pessoa, a que não se importava com a sua resposta. A outra, antes, que a tudo anotava, quis saber a sua religião. Não ter não era uma possibilidade – lhe foi atribuída uma. O espanto foi tanto que nem deu tempo de tentar revidar e usar a intérprete.
Perplexidade porque o óbvio ali não acontece. Perplexidade também pela obviedade do estranho. Depois, em uma vila sem trânsito, a briga entre carrinhos no supermercado. Onde não há dificuldade, os humanos as criam.
Chegar em casa às 18hs é qualidade de vida? E se a única opção for chegar em casa até às 18hs? Pontualidade é importante, sem dúvida – principalmente quando o ônibus só passa a cada 2 horas.
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Diferentes lugares, os mesmos problemas
quarta-feira, 16 de abril de 2014
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