Quem vive trancado não consegue entender a liberdade do outro. (a porta e a janela da residência térrea permaneciam abertas) |
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
Respeito não deveria ser tão difícil. Precisa avisar?
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Reclama e piora, tenta entender e fica pior.
Achei que fosse notícia daqueles jornais que só contam absurdos fictícios, mas realmente a Câmara de Vereadores de São
Paulo conseguiu se superar: aprovou dia 11/2 o transporte de animais até 10 kg nos
ônibus municipais. O ônibus, que ainda não tem o degrau rebaixado, que não tem
lugar para guardar nem uma sacola de supermercado, vai abrigar animais em
contêiner de fibra de vidro ou similar (plástico é similar?).
Lendo o texto e as justificativas surgiram questões quanto à operacionalidade do
que foi aprovado:
1 – O passageiro tem que oferecer o certificado de vacina:
para quem? O motorista sabe conferir? Sabe ver se um pedaço de papel é
realmente o certificado de vacina? Se a pessoa subir no ônibus sem o
certificado, o que acontece com ela? Nada? Mesmo se o animal estiver sem a
vacinação em dia? Porque se tanto faz, qual o motivo da exigência?
2 – O animal tem que ter no máximo 10 kg e o recipiente tem
que estar limpo. Tá – vide as mesmas dúvidas acima.
3 – O transporte não pode prejudicar a comodidade dos
passageiros. Uma mochila escolar eu tenho experiência de que já incomoda: se colocar no
chão entre as pernas as pessoas não passam com facilidade, se deixar na frente
fica batendo na cabeça de quem está sentado e se deixar nas costas(apesar do
risco de ser aberta) – aí é que ninguém passa. Outra questão: música já é
consenso que atrapalha o conforto dos demais usuários, latido vai poder? E se o
cachorro não se calar, faz o quê? É possível dizer que não quer lambida sem comprar briga com o dono? Basta um reclamar para o motorista parar e expulsar animal e dono ou todos terão que curtir a discussão durante a viagem?
4 – O animal pagará pelo assento utilizado. Êta redação ruim. Se
ficar no chão não paga nada? Ok, sei que quem viaja em pé paga o mesmo, mas teremos que ceder o lugar para o contêiner com o
animal? Onde, a não ser nos ônibus com espaço para cadeira de rodas e sem o
cadeirante, é possível colocar uma caixa com um animal dentro sem atrapalhar (muito) os outros? Se alguém souber, diga. Também vou apreciar relatos de mães em ônibus com seus bebês em carrinhos.
5 – Cada ônibus levará o máximo de 2 animais: se o motorista
não cumprir, mil reais de multa. Isso significa que o motorista terá que parar
o ônibus e explicar que não pode subir porque já tem 2, senão – como provar que
já tinha 2 e não ser multado pela reclamação do passageiro?
O único substitutivo apresentado limita o horário de
utilização: das 6hs às 10hs e das 16hs às 19hs não pode. Isso em uma cidade que
quer os estudantes indo e vindo da escola de ônibus (este ano passou a ser de
graça para quem está na escola pública, recebe bolsa/financiamento ou teve
ingresso por cota social). Se a comissão de trânsito entende que o transporte público é
tranquilo durante o almoço ou após às 19hs – gostaria de saber onde vivem.
Resumo: os ônibus receberão até dois animais mas não possuem degrau
rebaixado e poucos recebem um cadeirante por vez (nem nas linhas que passam
pelo aeroporto de Congonhas há espaço para se subir com mala: na sorte, ou é a
mala ou é o cadeirante – como acontece no ônibus que vai para Guarulhos) - algo tão coerente quanto os ônibus terem ar condicionado, aumentando o gasto do combustível com pior índice de enxofre
no mundo enquanto continuarão sem filtro, que é mais barato e fácil de instalar na
frota.
Tudo isso se o prefeito for na
onda e sancionar o projeto 131/2013.
domingo, 8 de fevereiro de 2015
O melhor metro quadrado da cidade
Passei a semana pensando “preciso contar isso”, “preciso
contar isso” – e a semana passou...
Acredito que ainda valha o relato.
A novidade na região do MASP foi um grupo oferecendo hipnose
de graça. Dividido em três grupos: Masp, Trianon e após a alameda Casa Branca (uma transversal da Paulista).
No primeiro dia não
vi ninguém, só uns policiais conversando com eles.
Quando os vi pela segunda vez, havia abordagem; perguntavam se você
queria ter um final de dia feliz.
Na hora que caiu a chuva, chamava a atenção
aquelas pessoas de olhos fechados, com perna ou braços levantados, girando
feito pêndulos, bolsas e mochilas ao chão, nem te ligo para os pingos ou para
quem passava.
Na área protegida pelo pequeno telhado do prédio ao lado da bar que fica em frente à praça (Trianon é uma praça) estava
o rapaz que conta piada de graça, um sujeito que monta seu escritório (mesa e
cadeira) embaixo das árvores e está sempre conversando em troca de algum trocado. Com
tanta gente hipnotizada em posições incomuns, ele estava mudo, sem cliente, só
observando: a piada estava pronta.
* * *
Ainda naquela região: liberte seu lado infantil ou leve
qualquer criança que já saiba falar como pretexto (melhor os já alfabetizados)
e vá na exposição do Leonardo da Vinci no Prédio da Fiesp (metrô
TrianonMasp). Está muito melhor do que a que houve no Museu da Casa Brasileira
há anos atrás.
É educativa porque deixa mexer em maquetes que demonstram o
que Da Vinci descobriu.
É educativa porque mostra a importância da observação.
É educativa porque deixa claro que nem sempre se encontra as
respostas - isso faz parte e pode ser muito importante no futuro.
É educativa por mostrar que mesmo as invenções de gênios
podem ser melhoradas, não há limite para a imaginação e o que é imaginado, com persistência, pode ser criado.
Disseram-me que em menos de uma hora dava para ver tudo.
Levei 1:40 em dia quase sem fila, lendo e brincando em tudo, ouvindo quase tudo.
Destaco os vídeos, em que estudos atuais baseados na observação da natureza,
tal qual fez Da Vinci, são mostrados (o relato dos professores cientistas gostei muito). Para estes crianças não têm muita
paciência e ter apenas o som, sem legenda, foi o único senão da exposição.
Acredito que ainda valha o relato.
A novidade na região do MASP foi um grupo oferecendo hipnose de graça. Dividido em três grupos: Masp, Trianon e após a alameda Casa Branca (uma transversal da Paulista).
No primeiro dia não vi ninguém, só uns policiais conversando com eles.
Quando os vi pela segunda vez, havia abordagem; perguntavam se você queria ter um final de dia feliz.
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