Não consegui assistir ao filme (um desenho animado) na época em que estava em cartaz, mas recomendo o livro. A leitura foi ininterrupta, em pouco mais de três horas a deliciosa história havia acabado.
Com a agradável linguagem das histórias em quadrinhos, tem uma versão aparentemente diferente das histórias do ocidente, só que pode ser considerado também um bom alerta para quem vai ter que enfrentar outra cultura, mudar de cidade, sair de casa, etc.
sábado, 27 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Gênero, profissão e cultura
Fato verídico: hoje, em um ambiente “clube da Luluzinha” contratou-se um prestador de serviços para um conserto no vestiário. Por esquecimento, nada foi avisado às freqüentadoras, que trocaram de roupa sem perceber a presença masculina. Ele, que estava no box de vidro fosco, garante que ficou imóvel, para não ser notado, e olhando para a parede. Elas souberam só depois que ele voltou a ficar sozinho e continuou trabalhando.
Lembrei-me então desta foto tirada em Brighton, em um dos banheiros públicos à beira mar. Ainda não entendi como as empresas, sempre à procura da redução de custos, não tentaram reduzir o quadro de pessoal da faxina (ou o número de funcionários do prestador de serviços, se a limpeza for terceirizada), colocando um(a) funcionário(a) para cuidar tanto do banheiro feminino quanto do masculino. É uma questão cultural, sem dúvida.
Enfrentei há algumas semanas uma destas barreiras culturais, fiquei até em dúvida se compartilhava com vocês, pois me considero uma pessoa aberta ao novo e gosto de ser assim. O que vivi foi a exceção necessária para confirmar a regra: em um salão fui informada que só havia depiladores disponíveis; depiladoras, só em outro dia. Não consegui dizer tudo bem, rapidamente até pensei em dizer que era só meia perna, só que agradeci e fui em outro lugar. Ainda estou refletindo sobre aminha reação, afinal, por que houve constrangimento com depilador e não com médico, como ginecologista?
sábado, 20 de junho de 2009
Diálogo ocorrido 4ª-feira:
- Moço, o que é "motorcra", que está sendo cobrado quatro vezes?
- É o óleo do motor.
- O litro do óleo é R$25,54?
- Sim, é um óleo especial, que só tem na concessionária.
- Que roubo! Tem óleo pela metade do preço no supermercado, e eles trocam de graça. E este "motorcra" de R$14,76?
- É meio litro de óleo.
- Metade de R$25,54 é R$14,76?
- Este é o preço da tabela.
- Tem desconto?
- Não.
- E se eu não concordar em trocar o óleo?
- Aí não tem a revisão e o carro perde a garantia.
Resultado: paguei, mas vou me lembrar disso na compra do próximo carro. Ser um pouco mais caro já era esperado; pagar o dobro, só para dizer que não há cobrança da mão de obra (ortografia nova) é outra.
domingo, 14 de junho de 2009
Recebi hoje um texto e gostei do seguinte trecho, apesar de ter algumas restrições à afirmação feita: "Nunca desvalorize ninguém. Guarde cada pessoa perto do seu coração
porque um dia você pode acordar e perceber que você perdeu um diamante enquanto você estava muito ocupado colecionando pedras."
Eu substituiria o não desvalorizar por não pré conceituar as pessoas.
sábado, 13 de junho de 2009
Há situações que são de difícil entendimento. Tratar desigualmente os desiguais é dito desde Aristóteles, mas o que torna algo desigual a outro?
Check in em Zurique, após ter que perguntar para onde ir, devido à sinalização precária: enfrentei fila para passar por apenas uma máquina de detector de metais (a outra não tinha ninguém), com 4 funcionários. Todos esperavam a sua vez na longa fila. O deslocamento até o portão de embarque estava previsto, na placa dependurada no teto, de ocorrer em 20 minutos, mas fiquei bem mais tempo esperando pelo raio x.
No dia seguinte, controle de passaportes em Guarulhos: quatro funcionários controlando a fila, por falta de espaço. Resmungo generalizado, dois guichês destinados para brasileiros, mas todos os existentes tinham atendente.
Nas duas situações estava havendo troca de turno dos funcionários e o tempo de espera foi aproximado. A diferença observada foi o comportamento das pessoas. Quem estava em silêncio aproveitou para adiantar o que teria de ser feito quando chegasse a sua vez e já retirou casaco, cinto, sapato e saco plástico contendo eventuais cremes e líquidos. As pessoas que reclamavam faziam grupos para conversar, muitas vezes parando uma fila que estava andando lentamente. Passaporte aberto na página da foto, para agilizar o atendimento? Poucos o fizeram.
Não cheguei à conclusão do que altera tanto o comportamento das pessoas, parece-me muito simplista atribui à cultura. O fato é que em uma situação que poderia ser reclamada a ausência de funcionários, as pessoas procuraram “fazer a sua parte”, para demorar menos a espera. No outro, em que nada havia a ser feito, pois todos os guichês estavam em funcionamento (primeira vez que vejo isso), as pessoas preferiam resmungar a dividir experiências das viagens, ou a satisfação de estar de volta.
O comportamento das pessoas fez parecer que um serviço foi melhor prestado do que o outro, o que neste caso não é verdade. Várias analogias são possíveis com o cotidiano, o quanto contribuímos para que as situações inevitáveis e desagradáveis se prolonguem?
Fila tem em todo o lugar, mas assim como há quem diga que “Deus é brasileiro”, também há a afirmação de que “brasileiro adora fila”. Da mesma forma que minha versão de frase é a de que “Deus também é brasileiro”, agora vou adotar a de que “brasileiro adora resmungar (reclamar pressupõe atitude) e em fila”.
sábado, 6 de junho de 2009
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Férias: o início
Após 9 horas de turbulência e algumas de ônibus, cheguei ao meu destino.
Fui apresentada a Canterbury no domingo, ao procurar um albergue para ficar, não encontrar onde queria, e descobrir que o melhor avaliado no pais tinha lugar. Realmente aqui é uma graca.
A janta foi ótima. Decidi que minha primeira refeição, e a única do dia, deveria ser com algo típico.Fui a uma taverna (era um pub mderninho, mais claro que o normal e iluminado a velas). O nome do lugar? Old Brewery. Achei que a ocasião pedia uma cerveja...Pedi a mais suave, já que não tinham a de trigo. Para minha surpresa, serviram uma long neck mexicana, muito conhecida nossa. Fiquei sabendo então que o prédio,no passado, havia sido uma cervejaria... A comida estava divina, segue a dica para os momentos de fome em um pub de cardápio inglês:giantyorkshire pudding with mustard and sausage.
As ruinas romanas da cidade são dos anos 90 (0090!), o fator histórico é mais significativo que o estético (o muro de York, por exemplo, é muito mais bonitinho).
De diferente, a comercialização de feijões com mensagens, para serem plantados e a do governo, contra o desperdício, foto desta postagem.
É uma campanha coerente e corajosa, não sei se um país agrícola como o Brasil adotaria um dia. Mas se está faltando dinheiro, obesidade cada vez mais presente, agricultura consome muita água e contribui para desequilíbrio ecológico e muito do que se compra de alimento é jogado fora, comer menos e gastar menos com comida parece lógico.
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