Hoje é o último dia de funcionamento da unidade provisória do SESC localizada na Paulista. Assistir peças em local improvisado tinha um certo charme. Já estava acostumada e vou sentir falta (há outras unidades na cidade, mas nenhuma tão próxima a metrô ou com tantas opções de teatro). A previsão é de que fique fechada para reforma por 2 anos. Com certeza alterações no prédio são necessárias, não só por estética como também para melhor aproveitamento do espaço. Contudo, para quem, na dúvida sempre passava por lá para assistir o que estivesse passando (normalmente três opções simultâneas, que não ficavam em cartaz mais de 1 mês), o vazio será grande.
quarta-feira, 31 de março de 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
Who's fooling who?
Notícia de que a Anac voltou a permitir o pouso e decolagem de aeronaves de maior porte em Pampulha e consequente indignação do Sr. Governador do Estado com tal medida são, no mínimo, intrigantes. A proibição havia ocorrido por motivo de segurança. Não houve reforma no aeroporto, nem as aeronaves agora permitidas são diferentes das anteriormente consideradas inseguras, apenas mudou o entendimento técnico da Agência Regulamentadora. Por que então fomos obrigados a ir, todos estes anos, até Cofins?
quinta-feira, 11 de março de 2010
Reciclando a lamúria
Alguns comportamentos recorrentes seriam mais úteis se manifestados de forma diversa. Solidariedade é importante; uma de suas manifestações, ouvir, é possível aprender, e sei que nem sempre nas conversas há trocas de informações, às vezes somos apenas receptivos.
Eu sou a favor do lazer produtivo, mas compreendo que há situações divertidas em que ele não ocorre. Só que "jogar conversa fora" não precisa ser "fazer o ouvido do outro de pinico", apesar da análise das duas expressões populares levar à conclusão que se referem à mesma coisa: m_ _ _ _.
Tanto em comemorações quanto em lamúrias, deve haver bom senso: relatar fatos é diferente de dividir opinião sobre terceiros, a popular fofoca. Sinceramente, a não ser que se esteja vivendo uma fase de autoafirmação e conhecimento de si, como na adolescência, no que falar dos outros ajuda? Para que serve? Seria covardia para não olhar para si? Ou reflexo de um monótono vazio conjugado à incompetência de preenchê-lo? As opiniões sobre nós mesmos só interessa à própria pessoa. Falar dos outros é permitir que falem de si, mas não parece-me que seja o exibicionismo uma das causas de tal conduta.
A dicotomia sucesso/fracasso pode ilustrar o que estou dizendo. "Fulano é bem sucedido" é uma afirmação inútil e bem diferente de dizer que ele conseguiu "x" ou que fez "y". O ser bem sucedido é um julgamento que dependendo de quem repete pode haver completa distorção da idéia do fofoqueiro - dependendo do contexto pode até prejudicar. Fracasso, por sua vez, não existe, pois é julgamento puro. Se alguém ousar relacionar fracasso a outrem ou a si, tal ignorância não deve ser permitida, uma vez que se trata somente de uma expectativa não atingida.
Seguindo o raciocínio de que a vida dos outros só interessa a eles, exceto se a própria pessoa quiser contar de si, é muito mais honesto substituir "fracasso" por "estar momentaneamente insatisfeito com ...". Além do problema ficar mais objetivo, o ouvinte conseguirá de melhor forma auxiliar o narrador do suposto problema.
sexta-feira, 5 de março de 2010
Terremoto
Os acidentes naturais sempre foram notícia, não seria diferente com os terremotos. Mas, muito mais importante do que ter acesso às tristes cenas, é saber o que fazer em caso de um. Pode ser que continue sendo evento raro no Brasil, mas se acontecer, qual o procedimento mais seguro? A minha reação é ficar próxima a uma janela ou subir para o terraço, apesar de ter ouvido que as pessoas descem as escadas. Quanto mais embaixo, não é maior a quantidade de entulho em cima? Há, nas construções brasileiras, um lugar que seja mais seguro de ficar, pelo menos as pessoas com dificuldade de locomoção? Eu sei, por exemplo, para os casos de furacão ao menos, que onde tiver aquelas banheiras antigas, ali é um lugar bom de ficar, principalmente se conseguir virá-la. Mas onde moro? E quando estiver viajando? Fica-se no carro ou deve-se ir para o centro da rua? É possível um prédio tombar para o lado e atingir quem estiver no asfalto?
Entendo que tragédia atraia a atenção do público consumidor da mídia, mas no mínimo algo útil deveria ser informado. O Brasil irá ajudar, compreendo e mantenho a crítica de quando escrevi sobre o Haiti: há ainda moradores em São Paulo que permanecem com suas casas alagadas desde dezembro, e que não tiveram sua situação resolvida. A vitrine internacional está sendo priorizada em relação aos cidadãos brasileiros, o governo age como muitas pessoas: externamente ostentam enquanto internamente o básico inexiste.
Por via das dúvidas, considerei prudente mudar alguns hábitos, já que aqui ainda chove e já começou a fazer frio: estou mantendo enlatados e comilanças que independem de geladeira, água, luz e fogo em casa, para consumo equivalente ao estoque de alguns dias. Exagero? Pelo menos não prejudica ninguém nem preciso preocupar-me em escolher enfrentar raios e trovões para não passar fome... Recomendo a todos que façam o mesmo.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Esclarecimento
Tenho ciência de que minha postagem do dia 20/02 (fim do horário de verão) está longe de ser original, foi apenas mais uma forma de demonstrar o quanto depende de cada um o retorno que recebe da vida que vive. Para ser o mais justa possível, esclareço que a contagem foi conscientemente compreendida por mim após assistir "Rent", meu atual musical favorito já há algum tempo.
Jonathan Larson, seu autor, começa o segundo ato com a pergunta: "525600 minutos, como você mede um ano? Além da deliciosa melodia (predominantemente rock) a peça é uma crítica social consistente e tem vários momentos em que dá vontade de dizer "pára um pouquinho, preciso refletir a respeito antes do roteiro continuar..." Comprei o CD com a peça inteira, lógico, mas já aviso que não empresto.
Não lembro de 2ª ou se 2ª e 3ª, os melhores lugares - duas primeiras filas - são sorteados/vendidos a preços muito populares duas horas antes da peça começar e, de quebra, há versão do texto em espanhol: não é apenas um bom divertimento, mas a produção/elenco realmente preocupa-se em transmitir a mensagem - na Broadway, desconheço quem faça o mesmo.
Assisti sem fazer a menor idéia do que se tratava e não vou contar nada do enredo, apenas vou transcrever uma estrofe cantada em coro pelos atores (a qual resume superficialmente a mensagem da história):
"I can't control my destiny
I trust my soul
My only goal is just - to be
There's only now
There's only here
Give in to love
Or live in fear
No other path
No other way
No day but today"
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