Os acidentes naturais sempre foram notícia, não seria diferente com os terremotos. Mas, muito mais importante do que ter acesso às tristes cenas, é saber o que fazer em caso de um. Pode ser que continue sendo evento raro no Brasil, mas se acontecer, qual o procedimento mais seguro? A minha reação é ficar próxima a uma janela ou subir para o terraço, apesar de ter ouvido que as pessoas descem as escadas. Quanto mais embaixo, não é maior a quantidade de entulho em cima? Há, nas construções brasileiras, um lugar que seja mais seguro de ficar, pelo menos as pessoas com dificuldade de locomoção? Eu sei, por exemplo, para os casos de furacão ao menos, que onde tiver aquelas banheiras antigas, ali é um lugar bom de ficar, principalmente se conseguir virá-la. Mas onde moro? E quando estiver viajando? Fica-se no carro ou deve-se ir para o centro da rua? É possível um prédio tombar para o lado e atingir quem estiver no asfalto?
Entendo que tragédia atraia a atenção do público consumidor da mídia, mas no mínimo algo útil deveria ser informado. O Brasil irá ajudar, compreendo e mantenho a crítica de quando escrevi sobre o Haiti: há ainda moradores em São Paulo que permanecem com suas casas alagadas desde dezembro, e que não tiveram sua situação resolvida. A vitrine internacional está sendo priorizada em relação aos cidadãos brasileiros, o governo age como muitas pessoas: externamente ostentam enquanto internamente o básico inexiste.
Por via das dúvidas, considerei prudente mudar alguns hábitos, já que aqui ainda chove e já começou a fazer frio: estou mantendo enlatados e comilanças que independem de geladeira, água, luz e fogo em casa, para consumo equivalente ao estoque de alguns dias. Exagero? Pelo menos não prejudica ninguém nem preciso preocupar-me em escolher enfrentar raios e trovões para não passar fome... Recomendo a todos que façam o mesmo.
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