sexta-feira, 9 de abril de 2010

zombando do Tico e do Teco

Mais uma vez mortes e destruições são atribuídas ao excesso de chuva, tão imprevisíveis quanto a vulnerabilidade  de um solo em decomposição e a contaminação produzida pelos detritos orgãnicos.

Mesmo que haja a remoção das famílias, se a área do lixão não for ocupada de outra forma, o problema persistirá, pois novas famílias tomarão conta do lugar. Alguém se surpreenderia que isso venha acontecer?

Fala-se em construção de casas populares. O orçamento (ano eleitoral) já foi liberado. Mas para qual projeto? A construção estará em conformidade com o perfil das famílias que lá morarão? Serão casas de quantos cômodos? Haverá também uma praça, ou uma área de lazer no que será construído? Serão só casas ou haverá efetiva urbanização? Quem elaborará e executará - e com base em quais critérios? Dinheiro nosso foi aplicado na pavimentação de uma área de risco. A nova aplicação tem alguma chance de diminuir o problema infelizmente há muito conhecido?

Nada disso a mídia trata, só de remoção e mortes. A tragédia pode ser apenas o início de duas novas favelas, mas poderia ser também o surgimento de dois novos pólos turísticos na cidade, dois novos exemplos a serem exportados ao mundo.

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