quinta-feira, 15 de julho de 2010

Qual a novidade?!

Quando eu era criança o boeiro perto de casa explodiu. Foi um "bafafá", tanto que me lembro. Anos depois, já adolescente, também no Rio, na Visconde de Pirajá (a rua em que explodiu um ontem), vi um boeiro sair rodopiando e atingir um carro, que ficou amassado e com vidro estilhaçado.
O problema era atribuído à tubulação de gás, não à de luz, como agora a imprensa divulga. Como convivi anos com botijão de gás na área de serviço, imaginei que tal modelo fosse mais seguro do que canos de gás circulando à volta das pessoas. Mas este entendimento mudou quando aluguei meu primeiro apê e descobri que a ligação do gás de rua com o fogão era feita por um tubo de PVC. Isto estou falando de Pinheiros, bairro que em tese é habitado por pessoas com algum conhecimento e de fácil acesso ao prestador de serviços da Comgás (concessionária de SP). Se há quem faça isso com gás de rua, em tese sujeito a maior fiscalização, imagina a instalação dos botijões Brasil a fora!
Realmente não sei o que é menos arriscado - gás engarrafado ou gás na rua. Impressionante é que, passados pelo menos 15 anos do acidente que vi, o problema persiste e é divulgado nacionalmente após ter como vítima um casal de americanos.
A realidade de não ter sido encontrada solução (se é que alguém algum dia estudou o problema) juntamente com a aproximação da Copa em 2014 pode ser que mude a situação (para alguma coisa tem que servir a Copa). Triste a repercussão ocorrer após estrangeiros serem vitimados, não apenas pela lesão, mas por refletir conformidade, como se ao habitante local fosse tolerável conviver com mais essa insegurança. Três boeiros explodindo na zona sul do Rio em 16 dias? É muito mais crônica do notícia.

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