terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Lidando com os tipos

Se o ano começa após o carnaval, este ano o carnaval coincidiu com o ano novo chinês, que sempre é lua nova, uma data para inícios.

Resolvi começar um arquivo eletrônico e jogar fora uma papelada que pouco consulto, porém que sempre acho que um dia será útil.

A apostila de um curso sobre dicas de apresentação, feito em outubro de 2001, é um desses exemplos. Gostei tanto que resolvi dividir com vocês o que eles falam sobre lidar com os diferentes tipos psicológicos de participantes:

“O NERVOSO”: perguntar primeiro qual a posição dele. No cafezinho, aproximar-se para verificar se o problema foi resolvido. Não retruque, fique calmo, e impeça que ele monopolize a discussão. Gente carente, quando recebe atenção, fica mais calma.

“O POSITIVO”: dê a palavra pra gente assim.Vergonha alheia apoiar puxa-saco.

“O SABE TUDO”: tentar neutralizá-lo, porém deixe-o por conta do grupo. É aquela criatura que consegue sozinha fazer o pessoal deixar de levá-la a sério.

“O FALANTE”: use o tato e limite o seu tempo. Quem define o conteúdo é o palestrante – sempre – se faltar tempo, foi o palestrante (e não o participante falante) quem errou.

“O ACANHADO”: fazer perguntas fáceis para que ele fique mais confiante e, sempre que possível, elogie a sua contribuição. Ignore toda e qualquer timidez, respeitar o jeito do outro pra quê, né?

“O QUE NÃO COOPERA, NÃO ACEITA”: reconheça a sua experiência e explore-a. É uma versão do nervoso, só que sempre do contra.

“O DESINTERESSADO”: peça exemplos a ele, dirija perguntas sobre sua atividade. Alguém sabe se quem digita no celular está interessado, anotando o que é dito, ou se está no whats ou jogando?

“O ORGULHOSO”: sempre tem uma opinião e a última palavra é a dele. Não o critique, use a técnica ‘sim, mas...’ É o sabe tudo de amanhã.


“O PERGUNTADOR RESISTENTE”: é quem fala alto o seu raciocínio, induzindo o atrapalhando a construção do raciocínio dos outros, ou então procura desconsertar e medir força com quem fala. A dica é passar para o grupo as suas observações e perguntas. Chato sempre deixe para os outros.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Carnaval na Capilal Paulista

Não é a primeira vez que passo o carnaval em São Paulo, porém é a primeira vez que fico na capital e vou conferir o que a cidade tem para oferecer. Tudo "culpa" dos bons comentários a respeito da organização.


Vi no pré-carnaval do Ibirapuera o controle de seguranças privados verificando o interior das bolsas impedindo vidro de entrar. A organização foi providenciada pela Amstel, marca de cerveja da Skol, logo era dela a exclusividade na comercialização. Um caminhão ao lado da praça com o comércio ambulante de comida garantia o abastecimento de cerveja e gelo. Eu ganhei balão, chapéu e, talvez por não consumir nada, achei uma sacanagem o pessoal ir para fora do cordão só para comprar bebida concorrente.

A experiência foi muito boa, cantei e dancei por algumas horas. Saí porque de repente pareceu que todo mundo percebeu como estava bom o lugar que eu estava, apesar do som dispersar pelo parque (ou por causa disso, o que permitia conversar sem esforço). Preferi guardar energia para um outro dia a insistir.

Bem, em pleno carnaval, nada de flanelinha na região da Vila Mariana. Já sabendo dos atrasos, cheguei algumas horas depois para um bloco que me pareceu adequado à diversão. Acertei. Foi muito fácil aproximar-se do carro de som, as famílias ficavam longe e à sombra. Ganhei mais chapéu, dessa vez nos modelos e cores que eu queria.

Para mim, o ponto forte foi cantar Wando em ritmo de marchinha - porém não fiquei nem até a metade da festa. O sinal amarelo foi uma garrafa de vodka quebrada no chão, que deixou meu pé melado e vergonhosamente sujo. Olhando para o chão, foi por milagre não ter ainda chutado qualquer long neck ou latinha.

Dessa vez vendia-se de tudo, estando cadastrado ou não, ou seja, as pessoas ficavam gritando o que estavam oferecendo, atrapalhando quem só queria dançar e cantar (eu, por exemplo). De comida, só a fantasia de um garoto: batata-frita, que achei genial.

Ainda há muito a ser melhorado, não vou me surpreender se criarem camarote nos próximos anos.