sábado, 31 de janeiro de 2009
A embalagem era clara: “mantenha em local seco e fresco”, só que o produto estava exposto na geladeira.
Fiquei curiosa e resolvi melhor analisá-la. Para minha surpresa, havia outra informação complementar (que me pareceu contraditória): “conservação doméstica: geladeira, emb. fechada, vide validade”. Concluí, então, que o produto não estava estragado, mas fiquei sem saber se poderia tirar da geladeira e colocar no meu armário sem prejudicar sua qualidade.
A compra foi inevitável e o consumo imediato. Mesmo assim, por ser boa alternativa de alimento a ser levado em viagem, liguei para o SAC e fui informada que a temperatura máxima de exposição do produto é 22 C; por isso no supermercado ficara na geladeira. Assim, uma vez na geladeira, mesmo que lacrado, o alimento lá deve permanecer.
A propósito, se você é como eu, que tira as rodelas de gordura antes de comer o salame, sua versão light tem o mesmo gosto e com menos trabalho (dei a sugestão de excluí-las ao SAC).
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Apesar da crise e do fim da CPMF em 2008, a arrecadação do governo federal aumentou 7% em relação ao ano anterior. (foi aplicado onde?)
O governo ganhou mais e os mortais gastam mais para as mesmas despesas (alguém sabe me informar em qual estabelecimento – endereço, não apenas algo genérico como supermercados das principais 10 capitais - a FIPE faz sua pesquisa de índice de ajuste de preço? Limpei minha dispensa porque simplesmente não dava para concordar com aumentos de 15, 20% nos alimentos. Estou há dois meses comprando somente em promoções que estão mais caras do que o preço que anteriormente era o normal).
Mas como crise é o assunto do momento, houve alguns ajustes no orçamento público: provisoriamente houve corte. Para o Ministério da Cultura, por exemplo, a verba prevista para todo o ano de 2009 é de R$849MM (fonte: Hora do Brasil de 27jan09).
Na tentativa de conseguir mais um guardachuva, fui ao shopping comprar a passagem aérea que geralmente compro na web. Descobri que a Gol e a Tam estão cobrando “taxa de repasse”, mero nome para a comissão das agências (que você só descobre quando já está emitindo o bilhete, e se olhar para a tela). Ponto para a OceanAir, que não cobra a taxa e por isso ganhou mais uma cliente.
A propósito, a agência não aceitava o cartão patrocinador da promoção e continuo com um único guardachuva brinde.
Quem lançar um blog que possa ter as postagens armazenadas por assunto, ao invés de datas, vai ter um diferencial competitivo.
Recebi o retorno de que estou escrevendo sobre assuntos muitos sérios. Para estas pessoas, se o arquivamento fosse por assunto, seria possível selecionar o assunto a ser lido.
Bem, para agradar a todos, vou começar a escrever sobre algo não tão sério: compras.
sábado, 24 de janeiro de 2009
No OBAma OBAma atual, ouvi comentários na imprensa sobre “O Presidente Negro”, de Monteiro Lobato, e resolvi conferir.
Sim, é verdade que ele previu uma eleição nos EUA em que o homem branco é apenas o fiel da balança entre o negro e a sabina, espécie de mamífera que um dia havia sido humana, mas que perdera sua característica por ser rebelde e querer se equiparar aos homens, cenário que ocorre em 2228.
Não se preocupe, não vou contar a história, só que é preciso sufocar qualquer senso crítico para poder apreciar a leitura que defende a segregação racial como técnica de eugenia. Não concordo que a descrição de pessoas trabalhando sem se deslocar, que pode ter sido inédito em 1926, é a previsão da Internet.
É um livro bem escrito, de leitura fácil, que está disponível para quem o quiser emprestado.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Apesar de considerar-me otimista e ser contra falar do que não gosto (prefiro exaltar a idéia contrária, quando positiva), o assunto “crise” está inevitável.
Os discursos de manutenção de empregos não me convencem: o BNDES já a exigia para empresas que captassem recursos através dele e o montante das folhas de pagamento é assunto omisso. Redução da jornada de horas? Qual o percentual de empregados que o tem realmente controlado? Também não se pode ignorar que substituir um trabalhador de salário R$1mil por dois de R$500 melhora a estatística, mas não necessariamente a economia.
sábado, 17 de janeiro de 2009
Saindo da mesmice das exposições mais recentes em São Paulo, “Stemak Imprevisto” foi uma grata surpresa. Confesso que não conhecia o músico, mas a organização de seus instrumentos em conjunto com o jogo de luzes e sons tornou divertida uma exposição que podia ser monótona. Parabéns também ao MAM-SP pelas explicações bilíngües, com a possibilidade de a levarmos para casa (por problemas técnicos ainda não disponibilizarei as duas que considerei mais significativas). Recomendo a visita mas, por favor, faça-a em silêncio, para que todos possam ouvir os sons de cada instrumento. Lembro que o MAM é gratuito às terças e aos domingos.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
O auto-conhecimento é resultado de uma sucessão de contrastes, através dos quais compreendemos o que sentimos, pensamos e somos. Tristeza e sofrimento são dispensáveis, mas costumam estar presentes nos processos de crescimento e aprendizagem. É possível, contudo, aprender pelo exemplo dos outros, como quando estudamos história ou uma criança imita os pais.
Só que este meu raciocínio – que considero lógico – é incoerente com o que está acontecendo hoje. Do que adiantou a limitação da escravidão no Egito e a humilhação do holocausto se a forma de manifestação israelense é através da violência, insistindo em manter a dor presente em seu cotidiano?
Que outra restrição – através das ações e omissões atuais - estão eles atraindo para si?
Sou grata por não estar diretamente ligada ao conflito na Faixa de Gaza, mas a manifestação pró-Palestina, no dom 11jan09, presentes PC do B, PSTU, PT, Movimento Negro, entre outros, preocupou-me. As 3500 pessoas presentes (cálculo da polícia militar) carregavam faixas pró-Palestina, mas as palavras de ordem contra Israel me alertaram, pois bem diferente de protestar pela paz é difundir ódio contra um Estado.
E se a guerra se expande e o mundo volta a dividir-se em dois blocos? Eu já havia achado exagerado o envio de avião da FAB com medicamentos para a Jordânia, considerando a quantidade crescente de desalojados e os problemas sociais que enfrentamos no Brasil. Ajudar ao próximo é desejável, mas realmente entendo que solidariedade é pertinente depois de “arrumar a casa”; tenho dificuldade de compreender o dar o que não se tem.
Torço para que a guerra acabe e que os homens públicos consigam entender a diferença entre reivindicar a paz, condenar ações violentas, “tomar as dores” de um povo e posicionar-se contra um país.
sábado, 10 de janeiro de 2009
Sei que “em cavalo dado não se olha os dentes”, mas não consigo ficar indiferente ao que li na revista que ganhei de sua editora:
“Se você tem menos de 20 anos ou não tem silhueta igual à da capa de Women’s Health, nem pense em praticar esporte só de biquíni (sic).Sim, bronzeia o corpo de um jeito mais uniforme, mas e os outros com isso?”
Meu primeiro impulso ao ler o trecho transcrito acima foi escrever para a seção do leitor da revista, porém, como não vou comprá-la – nem ler as próximas edições – percebi que não adiantaria. Assim, registrarei aqui a minha indignação:
Unanimidade é conceito utópico; sempre haverá divergência quanto à aparência física de uma pessoa. A sugestão da revista (a matéria não é assinada) é que quem não seguir o modelo físico de sua capa deve tolher-se de fazer o que quer, como se exibir um padrão físico divergente fosse desrespeito aos outros (estou considerando aqui uma definição básica de respeito, a de não fazer aos outros o que você não quer que façam contigo).
Nesta mesma linha de raciocínio, para uma pessoa compreender que seu físico incomodará terceiros e por isso não deve expô-lo, significa que ela analisa e critica o físico dos outros; que observa mais pneus e celulites a admirar a alegria e a espontaneidade que a prática de esporte transmite.
Fiquei tão perplexa com a leitura na seção “Atitude WH”, que comecei a me questionar se é possível que alguém saia de casa para divertir-se preocupado mais com que outros o vejam divertindo-se, ao invés de ter foco em estar em uma situação agradável, fazendo o que gosta. Se isso existir, começo a entender o sucesso do Prozac.
A propósito, outra “pérola” da página 31 da edição de janeiro de 2009 (pode conferir em uma banca, para ver que eu não estou mentindo) é “Você pode não respeitar o próximo, mas tenha pena de seu cachorro”. Ao invés de esclarecer os riscos para a saúde humana da presença de cães na praia, apelaram para a quantidade de água que ele engole ao entrar no mar e a areia que fica em seus olhos. Que tipo de gente paga R$10,00 para ler isso?
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
A idéia do Blog foi implementada junto com a meta de escrever pelo menos uma vez por semana. Pelo meu ritmo de vida parecia algo muito fácil de conseguir, pois a frequência com que falo com as pessoas que gosto é essa e, pelo menos, acesso a Internet cinco vezes por semana.
Mudanças ansiosamente esperadas ocorreram repentinamente no final de 2008 e comprometeram minha meta. O lado positivo é que, sem querer, através da prática, acrescentei mais um item em minha lista de resoluções de ano novo: reduzir minha pegada ecológica. Até hoje, caminhei bastante, peguei carona e andei de ônibus. A partir de agora, substituirei a gasolina pelo álcool.
Celebrei a virada do ano na minha praia preferida do litoral norte de São Paulo. As fotos deste comentário é uma dica de qual ela é.
Estou acostumando-me gradativamente com a nova ortografia. Desta forma, como a única regra memorizada foi a ausência de trema, esta é a única regra que seguirei (por enquanto).
Feliz 2009, melhor que 2008, mas não tão bom quanto 2010...
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