A partir das recomendações da crítica, escolhi a exposição comemorativa de 100 anos do nascimento de Burle Max, no MAM/SP, como um dos programas do final de semana.
Os dois documentários que estão na exposição são ótimos (aprox. 2 horas), mas não há isolamento acústico no local em que estão sendo exibidos (às vezes é mais fácil saber a conversa particular das pessoas na exposição do que o conteúdo na sua frente - problema cada vez mais comum ter que conviver com a falta de educação das pessoas, mesmo havendo seguranças que pedem para desligar o celular).
A curadoria, porém, deixou a desejar. Em que pese sejam mostrados projetos de Burle Max em casas particulares, os quais o grande público não tem acesso, e explicar o processo criativo da orla de Copacabana (confesso que não sabia que o Aterro do Flamengo e o calçadão da Av. Atlântica pertenciam ao mesmo projeto, nem que o canteiro central de Copacabana, em três tons, imitava uma tapeçaria sua), nenhuma linha sequer há sobre a praia da Guarita.
A importância do parque da praia da Guarita para Torres é tão grande que cheguei a me questionar se havia me equivocado (não tenho certeza quanto à autoria do paisagismo da Lagoa do Violão).
Logo na entrada consta uma linha do tempo, relacionando seus trabalhos e nada há sobre algum trabalho no Rio Grande do Sul. Passei a confiar mais em meus conhecimentos quando li sobre sua associação à AGAPAN.
Não achei no MAM um livro em que eu pudesse protestar por tamanha falha; meu lado turismóloga foi o que ficou mais triste - quantas pessoas poderiam se interessar em conhecer Torres a partir exposição? Não lembro das torres da Guarita antes do parque, mas certamente ajudaria à região sua divulgação, pois fora do RS a Guarita só é um desconhecido cenário de praia nos comerciais.
Um comentário:
Imperdoável omissão. Vale uma reprimenda à curadoria.
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