Os relatos do voo 128 demonstram que regras de segurança não existem para que seja dado "um jeitinho".
Quantas pessoas embarcam com excesso de peso na bagagem de mão, tentando enganar o funcionário do check in, não raciocinando que a bagagem pode cair em sua cabeça enquanto estiver dormindo (e até quebrar o pescoço). Para mim, equivale ao "farofeiro", turista que não sabe se comportar, agir desta forma. É tão sem limite e consideração para colocar em risco vida de pessoas e não assumir o excesso de bagagem?
Quantos adultos infantis falam ao celular assim que a comissária sai de perto, abrem a mesinha ou inclinam o encosto da poltrona? Afinal, rota de fuga livre para que? Interferência na comunicação do meio de transporte pode ter sido uma das causas do naufrágio do Titanic, mas não vai deixar um avião cair, imagina...
O cinto, então, parece que existe para enfeite, só para atrapalhar o sono.
Regras podem ser substituídas por outras regras, mas não podem ser ignoradas em ambiente coletivo.
Concordo que o conforto tem sido eficaz em sua fuga das aeronaves, mas pensando que há duas gerações meus avós achavam o máximo trocar a charrete pelo carro, fico grata pelo cada vez mais acessível avião.
Tenho a teoria de que as críticas são inversamente proporcional ao glamour. Alguém que consegue o que os outros desejam pode, no máximo, ficar em silêncio: se comentar é esnobe, se criticar, diminui o seu feito. Quem não está acostumado a voar ou fica muito tenso, e não tem tempo de observar ao seu redor, ou curte tanto o trajeto que nem dá tempo de desenvolver o senso crítico.
A minha relação com a primeira classe pode ser descrita desta forma: da mesma forma que caminho quadras para economizar alguns centavos (e perco um tempo precioso conferindo se as notas fiscais eletrônicas foram contabilizadas, denunciando ao Procon os estabelecimentos que me excluem), se pudesse pagaria sem dó para poder viajar com espaço, praticamente na horizontal. Dois são os motivos pelos quais insisto na classe turística: não há isolamento acústico - pagar caro para conviver com o ronco e choro alheio não dá - e só viajei uma vez na classe executiva (overbooking), foi o suficiente para ter consciência das limitações de minha realidade, tendo demorado alguns trechos para me acostumar com o antigo padrão.
Mas pior mesmo é quem não se informa, não presta atenção nas orientações e acaba atrapalhando a viagem dos outros, nem que seja se machucando...
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