A claridade do local enganou-me ao tirar a foto e a altura da calçada no ponto de ônibus não ficou aparente como eu gostaria (tem um degrau alto após a lata de lixo), mas em relação ao asfalto, ela era acima de meu joelho.
Sei que há um século a altura do meio fio era bem maior, para facilitar o montar a cavalo, mas não foi facilitação o que observei. Ônibus e vans paravam longe da calçada, obrigando quem insistir em utilizar o transporte público ter maior equilíbrio e força - não registrei o malabarismo de uma senhora para não constrangê-la. Infelizmente esta é a atual realidade da bela capital potiguar: nem quem nasceu fisicamente perfeito tem fácil acessibilidade à via pública ou ao transporte coletivo (será que vão esperar ter trânsito e poluição para tomar providências?).
Outra constatação que me deixou perplexa: o monitor na lata de lixo, com cabo acoplado. Nunca me ocorreu colocar um eletrodoméstico no lixo. Mesmo que não esteja funcionando, sempre tem alguém que tem interesse, pode ser uma escola que forme técnicos de manutenção, para aproveitar algumas peças e ensinar a detectar defeitos, ou uma escola de teatro, para um cenário.
O "quanto mais pobre, mais rico é o lixo" continua válido.
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