sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Ato Médico

Amanhã haverá manifestação no Ibirapuera contra o projeto de lei conhecido como "ato médico".

A manifestação na Paulista, hoje, foi brilhnte, em que pese muitas pessoas tenham jogado no chão a revista entregue nas mãos dos transeuntes durante todo o dia: de forma silenciosa, a cada sinal vermelho, os manifestantes paravam na faixa de segurança e mostravam os punhos atados, símbolo da campanha de protesto.

A discussão é antiga, eu a conheço desde 2002, mas não estou atualizada quanto ao atual texto em votação - a revista informa que há dois projetos, um da Câmara e outro do Senado.

Os manifestantes, através da revista distribuída hoje, indicam que se o PL for aprovado como está (qual dos dois - 268/02 ou 7703/06 - não está claro) assistentes sociais, biólogos, biomédicos, profissionais da educação física, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, ópticos e optometristas, psicólogos e terapeutas ocupacionais serão afetados. Esses profissionais (ou estudantes, também não compreendi bem) estarão atendendo de graça durante o sábado, com direito a show de Zeca Baleiro no final da tarde.

Tenho 3 exemplos vividos que me fazem simpática ao movimento: foi através da fono que curei o bruxismo; reconheço que a ginástica laboral ajuda na prevenção de LER (como um médico a receitaria? Haveria uma consulta com cada trabalhador? Se for da mesma forma como é feito o exame periódico pelo médico do trabalho, que é remunerado pelo empregador... Se as séries de exercício receitadas forem genéricas, isso tanto o profissional de educação física quanto o fisioterapeuta já fazem) e, por último, há alguns anos, quando meu siático resolveu "dar o ar da graça", foi a massoterapia que me colocou de pé em minutos, enquanto sei que quem vai ao hospital no dia seguinte dificilmente consegue sentar e, muitas vezes, permanece com dor.

Mais informação: http://www.atomediconao.com.br/ 




sábado, 20 de fevereiro de 2010

3600 oportunidades

Cabe exclusivamente a você decidir se irá viver 1 ou 3600 momentos a mais no acerto de ponteiros de hoje  à noite. O horário de verão é mais uma das convenções da vida que não se pode fugir, mas que a forma de encarar faz toda a diferença...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Carnaval

A grande folia do carnaval é ter, pelo menos, 4 dias só para você - e no verão.

Oportunidade parecida, dependendo do calendário, já passou, foi no natal e/ou no ano novo. Mas se em há dois meses ocorreu feriadão foi com um porém: você emendou ou o natal ou o ano novo (ou teve férias coletivas e sua família/amigos não), semanas “voaram” com comemorações protocolares de fim de ano (quem estava lá, mesmo?) e compras que muitas vezes não sabemos nem se serão úteis, nem como serão pagas. Tudo isso com muita estratégia: passar natal com quem? É possível colocar pai, mãe, sogro, sogra, irmãos, avós e agregados de todo gênero em uma mesma celebração? Quem será o ressentido da vez? Você vai topar acrescentar à sua rotina extenuante a organização da festa? Saiba de antemão que é regra aparecer um penetra (cadê um presente para ele...) e alguém, que ficou de levar um detalhe como o peru ou o espumante, sumir.

Após o natal tem a virada do ano, com o mesmo dilema. Carnaval não, se você disser que não curte e vai ficar em casa ou se você decidir que vai curtir 365 em 5, mesmo que isso signifique parar em um hospital, socialmente será aceito.

Eu adoro carnaval de rua. Quanto mais heterogêneo o público, mais democrático e de bem eu o considero. Todo mundo, pelo menos uma vez na vida, deveria passar um dia de carnaval em Olinda e uma noite de carnaval em Recife. O próprio galo da madrugada, na minha opinião vetado a hipertensos e cardíacos, é uma lição de vida: é uma maneira prática de aprender a simplesmente deixar-se levar pela multidão ou então o quanto é cansativo ser do contra, de uma forma ou de outra você reencontrará as pessoas que lhe acompanhavam (perder-se não é tão ruim assim, possibilita contatos novos...),basta manter a calma e abstrair o fato de ser um dentre um milhão de pessoas, na temperatura superior a 40º, em um local sem rota de fuga (há prédios nos dois lados da avenida Guararapes e onde seria possível sair, no final da avenida, é onde passam os carros com os galos e tem um rio), para sair vivo. Se você não se machucar, desmaiar nem for pisoteado no Galo, acredite, você tem pique e expertise para qualquer muvuca.

Versão mais light é São Luis do Paraitinga, no norte de São Paulo. É mais light porque só toca marchinha, e as escritas por moradores da cidade. Tem decreto municipal que não permite outro tipo de música na cidade durante o carnaval. Os bonecos são menores mas em um contexto mais próximo a todo leitor de Monteiro Lobato. Este ano não teve, mas só imagino o quanto estará bom ano que vem.

Minha folia este ano vai até o final da quarta-feira de cinzas: refletir a respeito do livro que escolhi neste carnaval está a própria viagem...Termino-o ainda hoje para quinta voltar à rotina de obrigação.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Integração

Uma das formas de percepção do quanto a cultura local já integra a sua personalidade ocorre quando você faz o que todo mundo faz. Qual a probabilidade do supermercado estar lotado à noite, em uma sexta de carnaval? Eu achei que fosse baixa e perdi meu cada vez mais escasso e precioso tempo na fila do caixa. O público? Pessoas que não iam viajar nem curtir o carnaval, estavam saindo do trabalho (por causa do trânsito trabalharam até mais tarde) e foram fazer compra. Minha alforria foi às 23.
O feriado, pensei, será proveitoso para arrumar o apartamento. Tanto meu vizinho de cima quanto meu vizinho do lado resolveram dedicar o sábado para reforma, um quebrando o banheiro, o outro montando alguma coisa na cozinha. Sombra na piscina? Nem pensar, espaço mesmo só as crianças encontravam, correndo entre os adultos.
Fui fazer aula de Lian Gong. Inacreditável a quantidade de gente que resolveu se exercitar, quase faltou lugar na sala....Aprendi que apesar das comemorações do ano chinês terem sido semana passada, no bairro da liberdade, o correto é hoje. Os chineses, na virada do ano, comem um pastel cozido, que pode estar recheado com uma moeda, uma amêndoa ou cereja, significando respectivamente um ano predominantemente com dinheiro, saúde ou amor. Quem for do signo que está entrando o ano usa uma faixa vermelha na cintura durante a virada. A professora distribuiu uma caixinha para cada aluno, achei muito simpático.
Descansando, só o wi-fi...tive que voltar a usar a banda larga.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Não resisto a uma novidade, mas essa não sei se gostei

Eu já estava há algumas semanas sem tomar refrigerante quando um novo rótulo me chamou atenção: refrigerante vitaminado? Pena não ter cálcio, mas não resisti e comprei. Com 1,5 litro são superadas as necessidades diárias de magnésio, zinco, B3, B6 e B12. Resultado: passei a ter o tal líquido em casa e voltei a tomar refrigerante.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

dilúvio - sim, já estamos há mais de 40 dias com chuva diária

Esta semana percebi que estou vivendo mais um momento histórico, muito próximo ao que fez os portoalegrenses passarem a ter uma rua da praia no lugar da rua Dos Andradas, e um muro no cais do porto que nunca teve utilidade.
Lógico que vejo a chuva e tenho lido e ouvido sobre o recorde do volume de precipitação, mas estar na rua no momento da chuva é bem diferente de estar na janela.
Minha primeira perplexidade foi verificar na Av. Paulista, região alta da cidade, água invadindo os prédios.
Segunda e terça precisei ir ao centro. E vi que as pessoas simplesmente desistem de enfrentar a chuva, apenas aguardam ela passar. Quem fica no ponto do ônibus, por exemplo, fica de guardachuva e em pé nos bancos. Ônibus vazios passam lentamente, uma forma de diminuir a quantidade d'água que entra pelos degraus. Cheguei em casa muito rápido, mas enxarcada - o guardachuva não aguentou a quantidade de água e vergou para dentro, mãos e braços serviam para aparar a água que corria pelo seu cabo.
Na terça estava tão agradável o dia, sem nuvem alguma no céu, que saí desprevinida. Percebi, então, que pelo menos no centro da cidade não é preciso se preocupar, pois camelôs surgem de todos os lados com os seus carrinhos, passando de marquise em marquise e oferecendo seus produtos. Observei também que, como no dia anterior, nenhum modelo era eficiente e resolvi economizar.
De telhadinho em telhadinho, no início, até tentei correr, é verdade, só que a chuva estava deliciosa, de colocar inveja em muito chuveiro. Os pingos estavam grossos, fartos e fortes, em temperatura ambiente mas não fria. Por quase meia hora foi possível sentir o calor que vinha do chão e, exceto nas esquinas, por onde circulava um vento frio, estava muito agradável andar nas ruas quase desertas do antigo centro.
O ditado "se está na chuva é para se molhar" nunca foi tão verdadeiro e acredito que o humor das pessoas iria melhorar se o levassem a sério.
É simples, se guardachuva e capa não isolam a água, prepare-se para curtir o momento - onde você está ou na chuva. Lembre-se que é possível molhar-se com classe:
- se você ainda tem alguma maquiagem que não seja à prova d'água, coloque-as no lugar certo: lixo!
- sapato fechado e com meia - nada de correr o risco de cortar o pé com algum objeto submerso nem de ficar com bolha. A meia tem que ser macia.
- se o seu cabelo não é curto, coque é o penteado da moda. Fica muito bom tanto com cabelo seco quanto molhado.
- use bermudão ou calça na altura da canela, sempre de tecido leve, pois nunca se sabe a profundidade de uma poça e calça pesada nunca para na cintura.
- qualquer tom de roupa é permitido, mas evite tecidos facilmente transparentes. Para não errar, use e abuse de coletes. Os com bolsos são os melhores, pois além de taparem transparências e manterem a temperatura do corpo, ajudando na prevenção à gripe, substituem a bolsa, permitindo melhor performance na caminhada/corrida.
Boa Chuva!
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