quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

dilúvio - sim, já estamos há mais de 40 dias com chuva diária

Esta semana percebi que estou vivendo mais um momento histórico, muito próximo ao que fez os portoalegrenses passarem a ter uma rua da praia no lugar da rua Dos Andradas, e um muro no cais do porto que nunca teve utilidade.
Lógico que vejo a chuva e tenho lido e ouvido sobre o recorde do volume de precipitação, mas estar na rua no momento da chuva é bem diferente de estar na janela.
Minha primeira perplexidade foi verificar na Av. Paulista, região alta da cidade, água invadindo os prédios.
Segunda e terça precisei ir ao centro. E vi que as pessoas simplesmente desistem de enfrentar a chuva, apenas aguardam ela passar. Quem fica no ponto do ônibus, por exemplo, fica de guardachuva e em pé nos bancos. Ônibus vazios passam lentamente, uma forma de diminuir a quantidade d'água que entra pelos degraus. Cheguei em casa muito rápido, mas enxarcada - o guardachuva não aguentou a quantidade de água e vergou para dentro, mãos e braços serviam para aparar a água que corria pelo seu cabo.
Na terça estava tão agradável o dia, sem nuvem alguma no céu, que saí desprevinida. Percebi, então, que pelo menos no centro da cidade não é preciso se preocupar, pois camelôs surgem de todos os lados com os seus carrinhos, passando de marquise em marquise e oferecendo seus produtos. Observei também que, como no dia anterior, nenhum modelo era eficiente e resolvi economizar.
De telhadinho em telhadinho, no início, até tentei correr, é verdade, só que a chuva estava deliciosa, de colocar inveja em muito chuveiro. Os pingos estavam grossos, fartos e fortes, em temperatura ambiente mas não fria. Por quase meia hora foi possível sentir o calor que vinha do chão e, exceto nas esquinas, por onde circulava um vento frio, estava muito agradável andar nas ruas quase desertas do antigo centro.
O ditado "se está na chuva é para se molhar" nunca foi tão verdadeiro e acredito que o humor das pessoas iria melhorar se o levassem a sério.
É simples, se guardachuva e capa não isolam a água, prepare-se para curtir o momento - onde você está ou na chuva. Lembre-se que é possível molhar-se com classe:
- se você ainda tem alguma maquiagem que não seja à prova d'água, coloque-as no lugar certo: lixo!
- sapato fechado e com meia - nada de correr o risco de cortar o pé com algum objeto submerso nem de ficar com bolha. A meia tem que ser macia.
- se o seu cabelo não é curto, coque é o penteado da moda. Fica muito bom tanto com cabelo seco quanto molhado.
- use bermudão ou calça na altura da canela, sempre de tecido leve, pois nunca se sabe a profundidade de uma poça e calça pesada nunca para na cintura.
- qualquer tom de roupa é permitido, mas evite tecidos facilmente transparentes. Para não errar, use e abuse de coletes. Os com bolsos são os melhores, pois além de taparem transparências e manterem a temperatura do corpo, ajudando na prevenção à gripe, substituem a bolsa, permitindo melhor performance na caminhada/corrida.
Boa Chuva!
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