sexta-feira, 24 de junho de 2011

Etiqueta urbana - redes sociais II

A expressão "ver e ser visto" pode perfeitamente ser atualizada para "conecte-se e seja conectado". É impossível participar da vida real permanecendo em casa, da mesma forma, se você resolveu integrar uma rede social, deve conectar-se a ela com alguma frequência.

Há total liberdade para escolha entre os sinais verde, amarelo e vermelho no bate-papo, mas se estiver verde é porque está sinalizada a disponibilidade para conversar; não responder é o mesmo que passar reto por alguém que lhe dá bom dia na rua.


São João em São Paulo

Na falta de quermesse para ir - e sem pular fogueira - involuntariamente há pouco fui chamuscada pelo fogo. A foto não ficou boa, por isso não vou publicá-la, mas acredito que consiga explicar: o acendedor de fogão quebrou e os disponíveis no mercado são à gás. Como até hoje não compreendi como alguém pode manter na cozinha, próximo ao fogão, um frasco plástico contendo gás (é o mesmo princípio do isqueiro) ainda mais sendo made in China, voltei a usar o tradicional fósforo, apesar de ser solidária às árvores.

Foi tudo muito rápido, senti uma pressão muito forte na unha do polegar direito e ela estava com parte da ponta preta, retorcida para dentro - serviu de proteção para não queimar a pele, mesmo assim doeu. Curioso é que o cheiro foi o mesmo de quando se queima cabelo. Bem, pelo menos o café ficou no ponto e não precisei emparelhar as outras unhas.


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Pipoca

Em um dia desses de ócio doméstico, estourando pipoca, lembrei-me da tendência, a qual procuro resistir, de repetir o que deu certo e desistir do que não correspondeu às expectativas sem a respectiva reflexão do que realmente importa ou é desejado.

Tudo ocorreu por acaso. Li a indicação no jornal de que a pipoca feita com manteiga havia recebido maior aprovação do que a feita em azeite ou óleo.

Em meu enxuto conhecimento gastronômico, pipoca é algo que faço há décadas - e sempre dá certo. Mas só havia utilizado óleo. Minha mãe ensinou assim e assim sempre fiz. A reportagem abriu o apetite e lá fui eu, de forma audaciosa, estourar os milhos com a margarina light sem sal, que era o que eu tinha na geladeira.

No processo de cozimento (eu faço em panela comum) demorou mais para os grãos estourarem, acredito que por levar um tempo até derreter a margarina. Quase queimei a mão mechendo, pois a margarina evaporou exalando um aroma maravilhoso, incomparável com o cheiro de fritura que o óleo impregna.

Foi necessário mudar um outro hábito (é...já fiz várias panelas depois da primeira): o de apagar o fogo e deixar os últimos grãos estourarem; talvez por ser light (com redução de gordura), o fato é que grãos estourados grudaram de leve no fundo da panela - mas não chegou a queimar.

A pipoca feita com margarina não ficou branquinha, mas com sabor que dispensou o sal (hipertensos, olha a solução!). Já inclui manteiga na minha lista de compras do supermercado, mas o que deve ficar bom mesmo é com manteiga de garrafa...

sábado, 18 de junho de 2011

Programaço

O Centro Cultural Banco do Brasil está com uma programação imperdível!

 
A exposição "Mundo Mágico de Escher" é interativa e, no subsolo, conta com alguns originais. Se você não liga a obra ao artista, essa é mais uma razão para ir. Escher é famoso por brincar com perspectivas impossíveis de serem reais, as lojas que vendem posters com foto de artistas costumam ter também reprodução de seus trabalhos.

Hoje à tarde a fila maior era para a sessão de filme 3D, mas Cuestión de Principios, representante uruguaio da Mostra Internacional de Teatro (MIT 2011) estava espetacular. Não fiquei para o bate-papo com os atores porque minha confiança no policiamento do centro não é muito sólida: prefiro admirar o TJSP e a Igreja da Sé iluminados a pegar o traslado gratuito até a Consolação.


A peça uruguaia estará em cartaz até amanhã (nas semanas subsequentes chineses e espanhóis mostrarão seu trabalho), é conveniente chegar com antecedência para garantir a retirada do ingresso, que é gratuito.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ai, ai...

Procura-que-te-procura os óculos. Como dirigir sem eles? Antes de decidir entre chamar um taxi e pedir carona, resolveu conferir a maquiagem: os óculos estavam prendendo o cabelo, tal qual uma tiara. Havia tirado para passar lápis e simplesmente o esqueceu ali.
Enquanto isso, o bule já não solta mais fumaça, toda água evaporou-se no fogão. O chá vai ficar para depois da festa.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Enjoying Life

Ganhei um day-spa para os pés (de duração prevista de uma hora) e fui conferir. Todo o procedimento, porém, levou menos de meia hora, com destaque para a hidratação com parafina (é a mesma utilizada para fazer vela, misturada a óleo de semente de uva) e a utilização de uma “bota” térmica. Delícia num dia frio e chuvoso como hoje!

Com o pé quentinho e macio decidi faltar à última aula do curso de jardinagem: depois do vendaval e da chuva de terça seria mais do que prudente não repetir a dose. Sabe aqueles dias em que você lamenta não poder estar em casa, em baixo do edredom? Hoje está assim por aqui...sem ir à aula sobrou um tempinho - tô tomando um chá de maçã para entrar no clima de hibernação. He, he.

* * * 

No caminho para casa, a prova de que sempre é possível inovar: há alguns carros na minha frente estava um utilitário com a propaganda de ovo em caixinha! Esqueci o nome do fabricante, mas o produto tinha três modalidades: ovo inteiro, só gema e só clara. Chamou-se atenção, primeiro, o descumprimento do Cidade Limpa, mas quando o semáforo fechou e li do que se tratava já fiquei pensando no futuro das receitas culinárias. Hoje, quando são solicitados ovos grandes, eu nunca sei se estou escolhendo o correto. Anos foram necessários para que gramas substituíssem a medida “o quanto baste” (farinha o quanto baste, açúcar o quanto baste, manteiga o quanto baste, o que é diferente de pimenta e sal a gosto)  – será que falaremos em 20ml de gema em futuro próximo?

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Etiqueta Urbana - Redes Sociais

Texto sendo redigido - aguardem!

Etiqueta Urbana - Redes Sociais


Eu estava pensando a melhor maneira de expor o tema - tenho dado preferência à ficção, pois além de agradar mais ao leitor, compromete menos a autora. Mas após a notícia do tumulto na Alemanha, causado por mais de mil e quinhentas pessoas que compareceram a uma festa de aniversário marcada e cancelada no Facebook (aproximadamente dez por cento dos que haviam confirmado presença), escrever posteriormente a respeito seria perder a contemporaneidade do assunto.

Venho notando que o desconhecimento dos mecanismos nas redes sociais– e até mesmo a falta de hábito em conferir o que está sendo divulgado virtualmente – vem gerando muito mais do que gafes. Na vida real, o impulso não fica registrado, é uma das vantagens da oralidade.

Voltando à rede social, considerando as pessoas que se conheciam antes de sua existência, sua grande diversão é reencontrar pessoas, além de manter contato. O leitor já observou quantos twitters ou mensagens podem ser postadas enquanto aguarda uma ligação sua ser atendida? Se a ferramenta que permite publicar e compartilhar informação já existisse há alguns anos e todos meus amigos tivessem perfil em rede social, é bem provável que a necessidade de ter um blog nem surgisse.

Em um desses reencontros, um amiguinho do colégio escreve para o outro através da rede social chamando-o pelo apelido que a classe inteira conhecia mas que hoje seria considerado bullying. Xiiii, foi o que pensei. Outra amiga dos dois, menos contida, retrucou ao autor da mensagem - dessa vez publicando no mural dele, ou seja, acessível a todos seus amigos de Facebook – chamando-o pelo seu odiado apelido, a publicação foi algo próximo a: “- KKKKK, Fulano, tinha esquecido que ele era o Ciclano” (troque, obviamente, Fulano e Ciclano pelos apelidos).

A conversa terminou assim, mas o estrago certamente já estava feito: familiares, colegas de trabalho e amigos de outras origens que não a escola descobriram o apelido. A maturidade esperada do adulto nem sempre consegue proteger antigas feridas com a mesma eficiência que o faz em relação às novas. Estou na torcida para que não tenha sido a origem de uma nova manifestação de Bullying, apenas mudando do ambiente escolar para o do trabalho e seus novos círculos de amizade.

Brincar relembrando algo desagradável é bem pior do que fazer humor com uma situação inusitada – mesmo assim isso acontece com frequência. No Brasil a adolescente distraída ganharia notoriedade, a festa ocorreria com ou sem ela, ou alguém duvida que os camelôs ficariam de fora da convocação? Se partirmos da atual seleção das notícias veiculadas (e com destaque) na mídia tradicional, como o enterro da “fogueteira do Maracanã”, a adolescente distraída comemoraria os 18 anos assinando contrato com a Playboy.