“Gi” foi o que ouvi e virei-me para localizar a origem. Na
sequência, porém, o atendente falou “voo no horário, embarque portão...”.
Percebi que ele havia dito o Gi. Fiquei sem reação, se deveria fazer alguma
observação a respeito ou achar normal ser tratada pelo imaginário apelido
(Gi é apelido óbvio, mas poderia não ser o meu). Aí o rapaz, enquanto circulava o
número do cartão com uma esferográfica, terminou sua frase com “...linda”. Toda
essa gentileza provocando uma intimidade inexistente e não me desejou a boa
viagem de praxe! Resolvi não estragar o nosso dia e segui em frente.
No detector de metais, a luzinha, pela primeira vez na minha
vida, apitou – eu que já viajo sem cinto e sem sandália para não trancar a
fila... “São os seus sapatos”, disse-me a funcionária. Rejeitei a ideia de ter
que tirar os tênis e coloquei as moedas que estavam no bolso na caixa plástica.
Novo apito e verifiquei que a funcionária estava correta: o amortecedor do
tênis tem metal. Percebi na expressão de tolerância/paciência em toda equipe
que me aguardava.
É, paciência e tolerância - convivendo é que se aprende.
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