O jornal noticia que para muitas pessoas amanhã, 21 de maio
de 2011, é o dia do julgamento, ou seja, o fim do mundo. Relatos de indivíduos que
alteraram suas vidas e se proporcionaram bons momentos somente porque acreditam
que não terão mais tempo de fazê-lo ilustram a matéria.
Como sou grata por viver em um contexto no qual
aparentemente as pessoas são livres para opinar, nada mencionarei quanto ao
mérito da questão, cada um que pense e se manifeste como convém.
Retornando ao fim do mundo, qualquer reflexão a respeito
trará a ideia de morte física, fato que mesmo ocorrendo inúmeras vezes a cada
segundo é sempre inesperado - toda morte é o fim do mundo para quem morre!
Mesmo assim, vivemos acreditando na eternidade e sem
observar o quanto mudamos no decorrer da vida. Guardar uma roupa para uma
ocasião especial é hábito de muitas pessoas, elas apenas não percebem que a tal
ocasião pode já ter passado; que poderão não estar mais presentes as pessoas
com quem gostaria de celebrar o especial momento; talvez o corpo ou a moda não sejam
mais os mesmos (por maior que tenha sido o tempo despendido cuidando do tecido,
a peça ficou desapropriada ao contexto da tal ocasião ou simplesmente não serve mais).
Lógico que não estou sugerindo o consumo desenfreado, a ação
automática descaracteriza a natureza da escolha e suprime o mágico do momento
de poder escolher, de conseguirmos ser responsáveis por nossas escolhas, poder
realizá-las e confirmá-las diariamente. Essa atitude também é útil para os
demais “compartimentos da vida” como profissão, programas, viagens, livros, shows e
relacionamentos em geral.
Não deixar para depois enriquece a vida, não espere adoecer
para começar a fazer o que gosta ou pensa que gosta – quanto mais nos dedicamos
ao que não nos interessa, mais distantes ficamos do que queremos (e vazia será
a vida). Um dia haverá o “fim do mundo” para cada um dos seres vivos, viver
como se isso fosse acontecer agora melhora a qualidade da vida – os seguidores
da tal seita confirmam isso.
Em todos os fusos horários o dia 21 de maio já se foi e está constatado que o mundo não acabou (pelo menos para os que ainda vivem). A partir da repercussão do que escrevi, eis meu esclarecimento:
Não se privar do que é considerado relevante é o que entendo por "não deixar para depois", atitude bem diferente de "liberou geral". Ter educação, agir com respeito e evitar contar com a sorte são ações coerentes com uma boa vida, mas satisfação temos quando nos proporcionamos algo diferente - e isso sim não deve ser adiado.
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Em todos os fusos horários o dia 21 de maio já se foi e está constatado que o mundo não acabou (pelo menos para os que ainda vivem). A partir da repercussão do que escrevi, eis meu esclarecimento:
Não se privar do que é considerado relevante é o que entendo por "não deixar para depois", atitude bem diferente de "liberou geral". Ter educação, agir com respeito e evitar contar com a sorte são ações coerentes com uma boa vida, mas satisfação temos quando nos proporcionamos algo diferente - e isso sim não deve ser adiado.
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