domingo, 8 de maio de 2011

Cada um interpreta de um jeito

Executivo estrangeiro recém-chegado, resolveu aproveitar o feriado chuvoso para dirigir pela cidade. Parou o carro para permitir que pedestres atravessassem na faixa de segurança e assustou-se com o buzinaço, ficou nervoso ao perceber que era para ele e acabou derrapando no espelho d'água e subindo na calçada.
 
 
Envergonhado com a barberagem, percebeu que um senhor grisalho e uniformizado aproximava-se. Não poderia mais simplesmente dar a ré e seguir adiante, como se fora um fugitivo. Desligou o motor e aguardou a abordagem. Nada entendeu do longo discurso ouvido, presumiu grande contrariedade com o ocorrido por parte daquele senhor que tampouco conseguia entendê-lo.
 
 
Além do canteiro, não houve dano material significativo, mas o homem continuava a falar e a gesticular. Lembrou-se então do serviço de S.O.S. disponibilizado pela empresa aos expatriados em situação de emergência: teria que tornar público aquele vexame. Ao abrir a carteira para procurar o cartão com o telefone, porém, o senhor parou de falar, fez sinal de que ia pegar alguma coisa - ele só parado tentando entender o que ocorria - e a nota de R$ 50,00 "saiu" de sua carteira.

Como em um passe de mágica o senhor uniformizado correu para o meio da rua e fez todos os carros pararem até que ele pudesse manobrar e ir embora. Mesmo sem entender se o valor era devido ou se acabara de ser assaltado, ficou aliviado de ter saído daquela situação e foi-se embora.

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