- Então, fazes tudo que lhe dizem?
- Por que fazer diferente?
- Sabes o porquê do que fazes?
- Não, mas por que fazer diferente?
- Para compreender o motivo de sempre ter sido assim.
- Sempre foi assim?
- Assim como?
- Você sabe, obedecer...
- Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.
- Se você diz para eu desobedecer é sinal de que você é
obediente.
- Obedeço sabendo – e após muito desobedecer.
O melhor dos anos terem passado é poder assumir riscos com
menor ansiedade. O jovem que segue seu ritmo, se seu ritmo for diferente, é um
rebelde. Já o adulto que segue um ritmo diferente, bem, ele já é adulto...
A rebeldia tem a função de mostrar o ritmo de cada um.
Rebeldia não é inconsequência nem revolta. O adulto que já foi “rebelde” tem
(des)acertos acumulados, sabe que os próximos passos serão os próximos
(des)acertos. Meros detalhes, já que muito pouco da vida é possível controlar.
Crianças querem saber sobre tudo, como tudo funciona. Adultos
valorizam as respostas delas, contando-as e achando graça das “coisas de
criança”. Depois os jovens descobrem que nem tudo é como imaginam, nem tudo tem
resposta, outros já responderam melhor. O bom é que responder não é o
relevante, mas perguntar ou não perguntar. Fazer, desfazer, observar, escolher,
seguir em frente. Se fizer certo, ser seguido - outro mero detalhe.
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