Displicência
Uma vez por ano. Esta é a periodicidade exigida por lei para
treinamentos de combate a incêndios. Prédios comerciais costumam seguir à risca
a legislação, geralmente sem grande comprometimento de quem por ali trabalha. Onde
você mora, de quantos treinamentos você participou? Se mora em casa, sabe a
rota de fuga, considerando o princípio de incêndio em cada cômodo?
Só adulta aprendi que se deve sair pela escada usando o
corrimão da direita, deixando livre o corrimão central para os bombeiros
subirem. Algo óbvio que exige disciplina e sangue frio no momento da fuga. Mas
basta um desavisado para o perigo aumentar, para atrasar o acesso dos bombeiros.
Regras são necessárias, mas só se tornam úteis se divulgadas
e respeitadas. Quem tiver algo melhor que sugira e implante. Enquanto não
houver, que obedeça o estipulado – e tenha o comprometimento em conhecê-lo, uma
cultura que pouco observo.
Não vou falar tal qual engenheira de obra pronta, até porque
negligência, imprudência e imperícia fazem vítimas diariamente. O problema não
é novo. As centenas de pessoas jovens, divertindo-se, mortas em tão pouco tempo
podem até tornar a fiscalização mais severa, mas qual a eficácia disso?
No cinema ou no teatro, quando mostram a saída de emergência
logo que apagam as luzes, qual a sua atitude? E durante as regras de segurança do voo? São as pessoas,
não são as regras que modificam, arriscam ou tornam segura uma vida. Onde
estiver: casa, trabalho, lazer – saiba por onde entrar e por onde sair. O mesmo
vale para a escola e lugares que filhos e dependentes frequentam - e os ensine a se infomar e a seguir as regras de segurança.
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