Barbados
Já faz um ano que estive lá e, sem dúvida, voltaria. Na época, escrevi algumas dicas básicas, algo de 5 páginas, que as revistas de turismo não se interessaram em publicar e para o blog também não seria o melhor formato. Eis que me deparo com esta barbada, sim, clique e veja que eles captaram o estilo brasileiro: gostamos de promoção.
Se você quer sossego, vá.
Se tolera bem pimenta, vá.
Se consegue se comunicar em inglês, vá.
Se compreende regras de educação e as aprecia, vá.
Se aceita conhecer outra forma de vida, vá.
Conheci pessoas que foram casar lá, mas, sinceramente, não arranje problema para você casando no exterior, em um país sem qualquer vínculo.
É um lugar em que as pessoas te dizem com a maior naturalidade que conhecem o Brasil, já estiveram em Boa Vista, mas não, nunca ouviram falar de São Paulo ou Rio de Janeiro.
Uma das leis locais é proibir o uso de roupa com estampa militar: dá cadeia e, sem ler este meu texto, você só descobriria se fizesse check in com ela ou na delegacia alheia.
Fui parar lá para usar milhas. Escolheria de novo, mesmo sem conhecer as outras opções.
Mais não digo, surpreender-se com o diferente de um igual tão próximo faz parte deste destino e, se puder, traga para mim um rotis: do fast food local, indiano, feito com carne de vaca e curry (tá no meu top ten de gastronomia e tem também no aeroporto deles, pelo mesmo preço da cidade; a alfândega brasileira deixou entrar).
ok, ok, eis um dos itens de dica que escrevi na época:
O
transporte público
Há três tipos diferentes de ônibus. Todos andam muito
rápido e custam o equivalente a um “U.S.”, ou seja, dois dólares de Barbados.
No ônibus público, cor azul, não é dado troco e não é permitido ouvir música
alta. Ao lado do motorista há uma caixa transparente com uma tampa que lembra a
de um cofre. Você joga o dinheiro ali, ele digita numa máquina ao lado e você
pega o comprovante de pagamento impresso. Se o ônibus estiver cheio você pode
pegar o papel, descer e entrar pela porta que fica no meio. A descida do ônibus
também pode acontecer por qualquer porta e é hábito só levantar do banco depois
que o ônibus está parado. Escolares lotam estes ônibus à tarde, pois não pagam
passagem. Apenas em um trecho foram indisciplinados: o motorista parou o
ônibus, levantou-se e ficou olhando os adolescentes até que lhe pedissem
desculpa. Formou-se uma fila de carros, mas ninguém buzinou. Fiquei com a
impressão que o trânsito e as filas só não são estressantes aqui porque as pessoas
não reclamam, as fazem sem cerimônia e apenas esperam.
O ônibus amarelo é particular. Nele toca uma música
altíssima, geralmente animado reggae. O cobrador dá troco e pode ser negociado
pagamento em U.S. Só há uma porta, o que significa que pode ser que você tenha
que sair e entrar para alguém descer. Uma buzina no som de “la cucaracha” ou
“vamos a la praya” é freneticamente acionada enquanto o ônibus corre.
As vans brancas lembram as peruas que já existiram no
Brasil – inclusive podem alterar o trajeto para conseguir um passageiro a mais.
Também aceitam U.S. e têm cobrador, que não se constrangerá em pedir para você
mudar de banco ou sentar no colo de algum conhecido seu para que mais pessoas
possam entrar.
Se nenhum agradar, taxi é muito fácil de encontrar, o preço
é fechado e previamente negociado, pode ser pago em U.S. ou Barbados.
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