Kandinsky, uma exposição dele foi o que me ocorreu ao voltar para casa após a palestra. O pintor atribuía sons às cores e às formas, mas todas as releituras de suas obras - naquela exposição - eram apenas telas, nenhum artista ousou o óbvio: tocar instrumentos ou sons naturais para que as pessoas localizassem as respectivas obras originais.
Na palestra foi assim, senti-me como alguém que ouve música e dança a melodia dentre pessoas que se espremem e se acotuvelam para conseguir ver.
O evento ocorreu na UMAPAZ - Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz, um departamento da Secretaria do Verde da cidade de São Paulo (não é a escola de jardinagem, também subordinada à Secretaria), as tradutoras trabalharam muito bem e o palestrante, professor francês Philippe Bobola, foi muito didático.
Enzimas, reações químicas e física quântica certamente outros saberão explicar melhor do que eu, mas a comprovação científica da responsabilidade que temos pelo que somos (incluindo saúde) foi o tema exposto. Os exemplos de como somos responsáveis, e não vítimas, pelas doenças (tempo não adaptado à vida) que temos (mesmo genéticas) foram os seguintes:
- Qualquer evento que altere o futuro da forma como deveria ser é um conflito. Se ocorrido de forma inesperada, é um choque. Não adaptar-se à nova realidade geraria a doença. Resolver o conflito é curar-se.
- Câncer seria envolver-se em um conflito sem solução, como a perda de alguém querido. Depois que o outro morre, não há o que ser feito aparentemente. O local em que o câncer se aloja é a dica que se tem para diagnosticar a origem do conflito.
- Estresse seria não decidir ou decidir de forma desarmônica entre as possibilidades que se tem.
- Não agir em relação ao conflito, sentindo-se sem opção, causaria diabetes. A falta de opção decorre do status da pessoa. Agredir ou fugir, que são as possibilidades de ação, não são tomadas porque a pessoa não continuaria socialmente com o mesmo status. Ela tem potencialidade para agir, mas prefere não fazê-lo, tal qual seu organismo passa a fazer em relação ao açúcar no corpo.
- Já as proteínas, que nos sustentam, especializam as células e permitem os movimentos, têm relação à emancipação. A esclerose múltipla seria um ataque às proteínas da pessoa que não consegue se emancipar.
- Lipídio é uma proteína que foi estudada mais profundamente, sua função tem relação ao limite e sua característica, como toda gordura, é não se misturar à água. Logo, as pessoas que tendem a se isolar tendem a ter mais lipídios, o seu conflito seria a falta de comunicação com os outros. Já o anoréxico tem excesso de água, seria a reação de alguém que sofre rejeição e quer voltar a um momento de aceitação plena, como no líquido amniótico.
- Perder a memória seria fugir ao conflito existente no presente e hipertensão, demosntração de insegurança frente ao conflito.
Note-se que a utilização do subjuntivo tem sua razão de ser: trata-se de anotações de alguém que não tem conhecimento técnico, apenas vivência nas situações acima. Estará acontecendo até terça um seminário com o professor, no total de 4 dias. Fiquei aguardando o e-mail com as informações (local, preço) para poder repassá-las, mas isso não ocorreu. Pelo que conversei com os demais participantes no coffe break, há vários livros sobre o assunto.
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