Semana passada, ao acaso, descobri uma agência bancária
aberta em plena Av. Paulista (só conto onde é após o final da greve). O “achado”
ocorreu no mesmo dia de vencimento de uma conta cujo código de barras constava como inválido ao ser digitado. Imprimi a versão
eletrônica da conta e, por questão de minutos, não fiquei inadimplente. Ufa!
Chegando em casa, recebi grande volume de correspondência,
inclusive a mais esperada: uma conta que vencia hoje e que eu teria que ir ao
centro para conseguir pagá-la. Após a popularização do e-mail, enviar e receber correspondência tem
sido cada vez mais raro, restringindo-se a assuntos formais. O serviço da ECT
está fazendo mais falta pelo monopólio imposto a todos do que pela atividade em
si.
Ter “furado” as duas maiores greves do momento no mesmo dia
parecia indício de um período de boas vibrações: sempre é bom pensar que é
impossível haver algo impossível. Impressionante a capacidade que temos de adaptação – tanto para o melhor quanto para o pior.
O atendimento do banco, por exemplo, estava lento. Apenas
uma senhora, que era cliente da agência e estava com a senha de atendimento
preferencial, reclamou da espera de 25 minutos. Os demais pareciam como eu,
aliviados de ter encontrado uma agência aberta e de pouco movimento. Contudo, mesmo com todos
os 3 caixas funcionando, cada pessoa atendida ficava muito tempo no
guichê. Tenho certeza que já teria saído briga se fosse um dia sem
anormalidade. Esperar já era previsível, levei uma revista e nem percebi os 50 minutos em pé. O que muito me irritou foi ter que deixar 4 centavos por ausência de troco. Geralmente peço para depositar o troco na minha conta, ou até pago o valor a maior, pois costuma ser compensado na conta do mês seguinte. Mas ali não era possível, nem eu poderia ficar devendo R$0,01... - a corda só arrebenta do lado mais fraco.
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