Rotina. Indispensável para alguns, dispensável a outros. Dependendo da personalidade, nada mais estafante do que acordar-trabalhar-voltar para casa pelo menos cinco vezes na semana. Também conheço quem não saiba o que fazer sem o seu "porto seguro" de acordar-trabalhar-voltar para casa.
O importante é cada um poder decidir e ser feliz da forma como se organiza. Quando eu descobri que havia a unidade de tempo "ano", dividida em meses, semanas e dias, ninguém soube me dizer porque temos tantos meses com 31 dias e não mais meses com 30 e um apenas com 28 ou 29. Só sosseguei quando aprendi a contá-los com o punho fechado: se a ordem fosse diferente, seria mais difícil de lembrar...(acho que todo mundo sabe, né: fechando a mão, só tem 31 dias o mês que corresponder ao "cucuruto" de um dos dedos; pode contar começando pelo indicador ou pelo mindinho, dá sempre certo).
Particularmente, penso que os feriados existem, apesar do prejuízo econômico que causam na maioria dos setores, porque férias é um conceito muito mais ficcional do que real, ainda mais no mercado brasileiro.
Tenho dificuldade de compreender, por exemplo, depois de tantos acordos de reciprocidade com Portugal, o motivo do país parar em 7 de setembro. Não adianta alegar que é para os militares tentarem seduzir a garotada para deixarem de ser civis. Houvesse marcha no dia 15 de novembro, lembrando a Proclamação da República no Rio (que dizem ter o povo aplaudido ao desfile sem compreender que o imperador estava sendo expulso), eu entenderia - e em novembro chove menos do que setembro, as pessoas são mais dispostas a enfrentar o calor do que a chuva e mais crianças estariam presentes. Também questiono os feriados religiosos em um país laico, por mais "tradicionais" que sejam.
Lógico que não sou contra feriados, nem às "pontes" de feriado, mas 29 de fevereiro parece-me muito mais coerente de se festejar, afinal ocorre só a cada 4 anos e é uma convenção aceita e utilizada por todas as culturas e crenças.