No decorrer da vida somos marcados muito mais pelo que nos contraria do que pelo que ocorre conforme imaginamos. Afinal, é o deparar-se com o novo que choca, que causa reflexão, que para o tempo e nos faz decidir se aceitamos ou rejeitamos a novidade. Todos temos momentos bons, mas acredito que por uma questão de defesa, é o trauma que mais vezes retorna do passado ao presente.
Um ser que seja ranzinza ou tenha o hábito de sempre reclamar (e não sugerir como deveria ser), para mim, é alguém que não consegue lidar com a frustração. Como não consegue ou não sabe como alterar o que não gosta, reclama. Da verdade que ninguém gosta uns reclamam, outros mentem, e todos deixam de acreditar em sua mudança.
Descobri ao acaso que a Prefeitura de São Paulo está fazendo uma consulta pública sobre o que se quer para São Paulo daqui há 30 anos. Isso mesmo, uma possibilidade de interferir na São Paulo de seus netos. Até lá, onde e como nós e a prole iremos viver, não está esclarecido.
Visando o futuro, a página apresenta duas as possibilidades: responder a um questionário ou escrever abertamente comentários sobre o tema. Se vai funcionar eu não sei, até porque tem algumas perguntas cretinas, como se deve-se investir em saneamento ou na despoluição dos rios das marginais (apesar de leiga no assunto, parece-me óbvio que primeiro deve-se abranger toda a cidade com saneamento e, num segundo momento, sem esgoto indo direto aos rios, estes devem ser despoluídos). Outras são mais inquietantes, como decidir entre gerar empregos em diversos núcleos, de forma que o trabalho seja próximo de casa, ou garantir a acessibilidade e mobilidade dentro do município, pois não necessariamente menos pessoas se deslocando melhorará a acessibilidade e mobilidade dos outros.
O fato é que você, contribuinte da capital paulista, pagou por essa consultoria e, assim sendo, nada mais coerente do que participar dela. Siga seu coração, imagine a São Paulo de 2040 de seus sonhos, e vote: http://sp2040.net.br/noticias/2011/10/como-e-a-cidade-que-voce-quer/
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