quarta-feira, 11 de abril de 2012

Marketing Construtivo

De manhã, quando eu saia para a escola, precisava sempre voltar e guardar o jornal que estava no carpete. No horário do almoço, meu avô comentava o que havia lido. Aí o jornal "quebrou" e o outro, que não era 100% local, demorou a ser aceito.

Aprendi a ler jornal aos 14 anos. Minha professora fazia com que comparássemos as frases da mesma notícia em veículos impressos diferentes, o que incluía eventualmente revistas. Assim, se eu não gostasse de uma notícia - ou se quisesse defendê-la - sabia exatamente onde procurar argumentos.

Hoje já não percebo tanta diferença nos discursos. Quando a oposição virou governo, o jornal de oposição virou governista e o governista manteve sua identidade. A charge do Millor, feita na época da ditadura, mostra uma realidade que não existe mais, não porque não haja mais censura - a possibilidade de indenizar é um limitador real que a todos atinge - mas porque cada vez mais tanto faz ler um ou outro veículo; a informação política e econômica será a mesma.

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O título dessa postagem deve-se à atual exposição nos corredores do Conjunto Nacional, onde tirei a foto. Além de algumas charges, fotos e gráficos de jornal relembram de forma cronológica 90 anos de história da cidade, do país e do mundo. De forma simples e muito bem apresentada, os painéis informam e aproximam o transeunte, tornam-no um leitor do jornal expositor. Quase nem parece propaganda.

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