quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O mais espantoso desde a minha chegada foi perceber que, das dezenas de pessoas conhecidas que antes de mim aqui estiveram, ninguém comentou a ausência de restaurante de comiga bahiana em Arraial d'Ajuda. Na região turística, pelo menos, a não ser que você queira comer acarajé na baiana que vende na rua, há opção de gastronomia de todos os lugares do mundo, menos Bahia.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Expectativa não correspondida - Itaúnas

Ainda não entendi como 350Km, sem pegar trânsito, foram feitos em mais de seis horas. Finalmente cheguei. Disseram-me que se trata da 2ª mais bela praia do país e de que não posso deixar de visitar Riacho Doce.


Seguindo a dica dos locais, caminhei na maré baixa. São 16 Km de Itaúnas até a fronteira entre ES e BA.

Não sei como são as demais praias capixabas (só conheço Camburi em Vitória e Guarapari), mas a beleza de Itaúnas limita-se à reserva ambiental estadual, que tem dunas fixas bem conservadas. Quase da mesma altura das que exitem/existiram em Morro dos Conventos (Araranguá-SC).

Existem 3 barracas com boa estrutura e música alta (descansar admirando a paisagem, esquece) assim que você desce a duna de vegetação menos densa. No trecho entre Itaúnas e Riacho Doce, por ter várias curvas, em vários momentos você literalmente tem a praia só para você. Ninguém mais caminhando, tomando sol ou vendendo qualquer coisa líquida para matar a sede de quem se anima a estar ali.




Chegando ao recomendadíssimo Riacho Doce, além de famílias animadas, tirando foto com um pé na Bahia e outro no Espírito Santo e algumas crianças curtindo as ondas do mar com água doce. Pela foto chegue você mesmo à conclusão se vale 32 Km de caminhada...




Nesta maratona toda, só assim para, no final, sair bem na foto:



No mais, na capital do forró as pessoas dançam na rua, ao invés de entrar nos lugares dos shows. É que não tem isolamento acústico. Acho que só turista paga entrada, mesmo com chuva o pessoal preferiu ficar do lado de fora, gratuito e muito mais animado, com a mesma qualidade do som.

O início

Aqui é um lugar cujo tempo tem seu próprio tempo. Não há parâmetro para comparar o que está à minha volta, mas simultaneamente lembro de várias imagens vividas. No calçadão que eu ainda não conhecia, as crianças brincam com o presente trazido pelo Papai Noel na noite anterior. A sensação do momento é um skate de duas rodas e bipartido, que eu não conhecia ainda. Muito marmanjo levou tombo hoje tentando ensinar o(a) filho(a) a andar. Mesmo com toda a algazarra eu devo ter adormecido por umas duas horas em um banco estrategicamente construído à sombra. Em que outra capital brasileira pode-se ficar à vontade na rua, sem risco de assalto ou mendigo pedindo esmola? Para quebrar com qualquer ritmo, minha dica continua sendo Praia de Camburi, Vitória-ES.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Nova Rotina

A criatura demora meses para conseguir tempo na lua nova e, finalmente, vai ao salão dar uns picotes na juba. Procedimento normal, nacos de 10 cm aproximadamente no chão e a certeza de que melhor resultado seria impossível: cabelo liso, com volume, repicado mas sem franja, afinal na praia rabo de cavalo e coque são mandatórios e cabelo curto não dá para prender.


Com o cabelo ainda quente da escova e antes de chegar à esquina, passou por uma rajada de vento molhado e sentiu o “splash” da mecha molhada na cara. Continuou caminhando, afinal tinha ido a pé até lá e, mesmo de sandália e sem enxergar onde estava pisando, a antitetânica estava em dia.

O conselho recebido, de aguardar a chuva passar, foi desprezado por desconfiar da intenção de quem sugeriu. Aos poucos, lembrou-se da promessa de fazer esteira diariamente: agora estava sendo obrigada a caminhar com o peso da calça jeans e do blazer encharcados.

Para encurtar caminho e driblar o frio pegou metrô. Havia mais pessoas do lado de fora da catraca, aguardando a chuva passar, do que no vagão.

Em casa, banho tomado, aguardando o horário do rodízio passar, concluiu ainda estar com o saldo positivo: mesmo com o cabelo sem estar arrumado, já estava pronta num horário que sequer teria começado a entrar no engarrafamento, se estivesse trabalhando na forma convencional.


sábado, 12 de dezembro de 2009

Conexão

Se o leitor diagnosticar paranóia eu respeito, pois já pensei nesta possibilidade. Fato é que não acredito mais em conhecidências – tudo está relacionado – acontecer ou não acontecer não é por acaso, mas porque assim tinha que ser. O que pode mudar são as percepções sobre os fatos. Lastimar demonstra incompreensão e livre arbítrio é uma ferramenta para a esperança com responsabilidade.

O meu atropelamento, ocorrido há algumas horas, é um desses exemplos (sim, os 40 minutos de espera no pronto socorro, mesmo com a TV ligada, permitem fazer várias relações).

Em ordem cronológica, conclui que a gratidão de estar viva era maior que a gratidão de ter descoberto a profissão que me realiza e exerço: resolvi apostar em um novo modelo de trabalho, com riscos diferentes.

A revisão dos 5 anos de faculdade em 5 meses de aula foi a decisão seguinte e, a partir daí, começaram as relações de fatos. Primeiro, a máquina do cartão de crédito do curso não estava funcionando, depois tentaram clonar o meu cartão e precisei suspendê-lo (antes de qualquer compra tenho que ligar e confirmar dados para autorizarem seu uso), pois perdi meu cartão de débito e não posso bloquear um cartão que sei que precisarei usar; pela segunda vez na minha vida fui salva por uma nota promissória e consegui manter a negociação feita (leia-se desconto).

Bem, a máquina da filial do curso, que fica no centro, estava funcionando. Como eu tinha um compromisso próximo a seu endereço, resolvi ir lá quitar minha dívida. Antes disso apareceu a bicicleta.

São Paulo, 11 de dezembro, aproximadamente 20:00, embaixo do viaduto Santa Efigênia: lá estava eu estatelada no chão, com o celular vibrando no bolso traseiro da calça, mas muita informação e gente à volta, ao mesmo tempo e naquele momento para pensar em quem estava ligando.

Para quem não conhece, o lugar tem uma calçada enorme, talvez uns 4, 5 metros de largura. Fica em uma zona de pedestre, é uma das saídas do Vale do Anhangabaú e muito próxima ao metrô.

De forma rápida o entregador do McDonalds veio na minha direção e, ao fazer o desvio derrapou nas pedras portuguesas molhadas da chuva. A bicicleta parou em mim, ele voou por cima. A dor quase provocou choro e não permitia me levantar. O que mais me abalou foi o comentário da boa alma que me colocou de pé, que perguntou para o rapaz: “e se ela estivesse grávida? Não dá para andar nesta velocidade”.

Ironia. Priorizada a vida, quando me coloquei em movimento para concretizar uma das etapas que consolidam a decisão, foi-me lembrado o quanto ela é frágil (e valiosa). Preferi pensar assim, ao invés de interpretar ser mais um “sinal” contrário à realização do curso. Também me ocorreu que outras pessoas podem se machucar se os ciclistas não tiverem um treinamento (eles próprios deveria trabalhar com EPI, um capacete ao menos – ou com EPI mais risco correrão os pedestres?).

Estou bem, arranhão na mão, dor em um cotovelo e em um joelho, um ovo na canela e 3 pontos próximos ao tornozelo. Bem, pelo menos não cheguei atrasada no compromisso que tinha: pela primeira vez estive em uma loja maçônica (o pronto socorro foi depois da palestra).

A prioridade de sábado será voltar ao local e fazer o pagamento do curso...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

?!

Símbolos universais sempre me fascinaram. Você pode não saber nada sobre uma pessoa, mas sempre será capaz de conseguir identificar a alegria de um choro, a ironia de um sorriso, a mensagem do olhar, não importa a cultura ou idioma de quem é observado.


A mão do inquisitor Capitão Gancho junto ao ponto que se estica de tão admirado (foi assim que aprendi quando fui alfabetizada) simbolizam a minha melhor fórmula de vida. Se pronunciáveis, seriam o meu apelido – e por isso assim me identifico na web.

“?” representa questionar o que existe ao redor, o que muito mais do que garantir sobrevivência, também provoca movimento. Enquanto houver movimento haverá vida, que também deverá ser intensa, simbolizada por “!”. Qualquer ação ou omissão tem de ser para valer; fazer por fazer, seguir por seguir, é ser mais um na manada que corre sem saber para onde.

A origem de tais reflexões é o texto de despedida que estou escrevendo, pois o rascunho de maio não serve mais. Os motivos permanecem, mas é outra pessoa quem o divulga. Aflige saber a grande probabilidade de exclusão de destinatários importantes, certeza somente quanto a seu título, o mesmo desta postagem.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Antes do fim do ano

Dezembro é mês de planejamento tributário para as pessoas físicas (as jurídicas o fazem diariamente). Sim, não adianta procurar desesperadamente um contador em março e ficar reclamando o tamanho da mordida do leão (imposto de renda).

Mesmo sem a definição dos limites de deduções (dedução é o montante que não será considerado no cálculo do percentual do imposto) para 2009 (declaração de 2010) veja como é simples economizar:

1º) Some todos os rendimentos que você ganhou durante o ano. Se for empregado celetista, despreze o montante equivalente ao décimo terceiro salário. Peça aos seus pais, avós, irmãos, filhos e netos que façam o mesmo.

2º) Se alguém tiver feito declaração de isento em 2009, pode ser declarado como dependente de um descendente seu. Filhos só são dependentes até os 18 anos, ou 24, se for estudante universitário. Demais dependentes, só se tiver a guarda judicial.

2º) Some as despesas com saúde (inclusive plano de saúde) e o valor recolhido ao INSS (previdência oficial). Estas são as deduções sem limitação.

3) Quem estudar em instituição privada de ensino (só vale educação formal: colégio, universidade, pós-graduação) terá um limite de dedução (em 2009 foi inferior a R$3mil).

Feito isso, o primeiro passo é verificar o melhor formulário de preenchimento. Quem tem imóvel ou vendeu o que tinha em 2009, obrigatoriamente terá de fazer a declaração completa (antiga azul). A outra opção é o simplificado (antigo formulário verde), no qual o valor das deduções é presumido.

O governo presume que 20% da renda de uma pessoa, limitada até um determinado valor, que na declaração anterior foi de R$12.194,86, deve ter sido gasto com saúde, educação e dependentes.

Se a soma de suas despesas com saúde, educação e dependentes foi igual ou inferior a 8% de sua renda ou R$5mil, o menor deles, o melhor formulário para você é o simplificado.

Se o seu gasto/investimento foi maior, é possível pagar menos imposto ainda. Até 12% de sua renda (cálculo feito no primeiro passo) investida em um fundo conhecido como PGBL será dedutível. Trata-se de uma aplicação financeira de longo prazo, que poderá se transformar em sua aposentadoria privada.

Se toda família fizer este cálculo, será possível analisar quem terá melhor aproveitamento econômico declarando dependentes.

É claro que o planejamento que estou sugerindo é feito para quem está sem dívidas. Se você está pagando juros, quite suas dívidas primeiro (até porque não há como saber quando e se a restituição virá).

Se pagar imposto é tão torturante para você quanto é para mim, divido o que faço (totalmente lícito) e me faz sentir melhor. Depois de todos os cálculos possíveis e tendo certeza que o pagamento do imposto de renda será inevitável (entenda-se que não conseguirei restituir integralmente o retido na fonte), dôo até seis por cento deste valor para o Fundo Municipal da Criança e Adolescente. Doações feitas a entidades de sua confiança não são dedutíveis, mas as feitas a entidades cadastradas na prefeitura o são.

Em São Paulo a contribuição é muito fácil. No site da prefeitura, no canto esquerdo, há a sigla FUMCAD. Você pode escolher entre doar para um dos projetos, para doar para um dos eixos (creche, educação, preparação profissional, etc.) ou para o fundo sem definir o direcionamento do valor. O valor que é pago hoje como doação será restituído em quase um terço e atualizado pela SELIC.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

De um papel colado na parede da Delegacia...

" Se o adversário é inferior a ti, então por que brigar? Se o adversário é superior a ti, então por que brigar? Se o adversário é igual a ti, compreenderá o que tu compreendes...então não haverá luta.

Honra não é orgulho, é consciência real do que se possui." Anônimo



sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ironias

Desde 1998 eu não tinha a oportunidade de viajar em alta temporada e fora de dias convencionais como o início e o final de um feriado.

Por diversas vezes preferi ficar em São Paulo por saber que aqui descansaria mais do que em qualquer outro lugar - ou até por saber estar sem forças para enfrentar deslocamentos. São Paulo em feriado, para quem não é daqui, parece uma cidade de movimento normal, apenas com um pouco de fila (é, mesmo vazia para quem a tem no parâmetro do dia-a-dia, a querida Sampa impõe restrição à movimentação de quem dela desfruta).

Uma agradável surpresa, nestes feriados de última hora, foi visitar, há duas viradas de ano, Vitória. Tenho certeza que cheguei mais rápido na praia de Camburi capixaba do que na Camburi paulista (opção do ano passado). O sol garantiu o sucesso do passeio e após três dias voltei como se tivessem sido 3 meses de férias, leve e com saudade de casa e do trabalho (mas para tomar banho de mar é melhor andar mais um pouco e visitar a lotada Guarapari).

Agora, com disponibilidade de tempo ilimitada, tentei conciliar agendas e roteiros. Mesmo só tendo como critério "ano novo na beira de uma praia", nada aceitável encontrei (leia-se somente havia oferta de pacote turístico, uma semana de hotel + passagem aérea e traslado) . Quando avisava que cada pessoa sairia de uma cidade diferente era o mesmo que pedir para parar de ser atendida, pois a parte terrestre teria que ser vendida junto com a aérea no mesmo voo, e sempre havia pessoas na fila para serem atendidas.

Desisti de tentar ser convencional. A companhia de amigos é bem-vinda, mas não vou rasgar dinheiro por causa disso - ainda mais na fase atual. Ano novo é tão caro quanto é possível divertir-se com pessoas recém conhecidas.

A ironia foi só em sites de busca internacional encontrar hospedagem de custo razoável. Fiz todo o procedimento e, no final, converteram os USD em R$ (Ufa, operação sem risco de câmbio).

Viajarei aproximadamente 20 dias por menos de um pacote de 7 dias para o mesmo destino. Já reservei os dias próximos ao ano novo e agora, além do francês, que tenho prova semana que vem, preciso estudar rápido um roteiro. Afinal, mochilar em um único lugar de destino é um tanto quanto estranho.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Festa de Divórcio

Impossível não comentar: notícia curta na web divulga que na Inglaterra está cada vez mais comum comemorar o divórcio, divulgando foto de alguns bolos da festa (o noivo ou a noiva chuta o traseiro do ex).

Péssimo gosto a decoração do bolo, um misto de falta de respeito a insensibilidade.

A idéia da festa, por outro lado, achei divina. Quebra-se a rotina (uma noite a menos para sentir falta do de cujus) e você divulga de forma despretensiosa o novo estado civil. Quer pretexto melhor para vc descobrir, em sua lista de amigos, qual poderia estar disponível? Pelo menos enquanto for novidade, será mais provável vc ser o assunto entre os seus amigos e os amigos de seus amigos e, desta forma, conhecer novas pessoas...

sábado, 21 de novembro de 2009

Ovo Pochet

Na primeira tentativa ficou cozido (arg!), na segunda um pouco cru. Resultado? Amanhã tem salada de batata com maionese caseira no almoço.
Tô reaprendendo a cozinhar, mas a criatividade continua em alta - he he.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Quais novidades são importantes e necessárias?

Algumas constatações tornam evidente que todo o intensivo acesso à mídia , apesar do esforço, não tem sido suficiente para manter-me atualizada como gostaria.

Precisei criar nova conta de e-mail e escolhi um provedor novo para mim, o de uma rede de relacionamento que integro. Desde então comecei a ter de reiniciar o computador, mas não entendia o motivo.

Eureka: como o novo e-mail não é o que está cadastrado no site de relacionamento que visito com frequencia, deixar disponível o acesso dos dois endereços simultaneamente é problema na certa - acedito que a máquina lê como se duas pessoas estivessem utilizando a mesma máquina e não aceita prosseguir. Resolvi não me render a esta "reserva de mercado" e agora apenas estou mais criteriosa em meus acessos.

Descobri isso ao acaso, mudei de aba e lá estava o site de relacionamento dando-me boas vindas e convidando-me para acessá-lo pela primeira vez. Desaforo. Em 2005, quando não havia tanta concorrêcia, só o podia integrar quem era convidado. Lembro que demorei alguns dias para conseguir um convite - e agora qualquer um pode...

Há alguns dias recebi uma mensagem: "sortudo do fulano que foi convidado para a nova versão..." Novidade? Também quero, mesmo ainda não sabendo bem o que foi alterado. Li as instruções e descobri que peciso ser convidada para ter acesso a ela ou, então, acompanhar um blog que praticamente só fala de como obter tais convites.

Mesmo em ritmo de aviso prévio, tenho outras opções para utilizar meu tempo. Farei analogia às compras: ao invés de fazer questão de estar na moda e ter o modelo da estação (mesmo que no armário), vou esperar a liquidação. Afinal, pode ser que ganhe de presente...


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Movimento "No-Co", integrá-lo é viver

A idéia não é original, mas poder rodar o globo terrestre e com a ponta de uma caneta definir o seu próximo destino cria uma percepção de liberdade próxima à euforia. Consegui me conter mediante a certeza de que necessidades biológicas me acompanhariam, de forma que não estou mais eufórica, mas simplesmente muito feliz.

Ao contrário de 99, quando empacotei o pouco que tinha e coloquei nas costas o que considerei essencial para perambular por aí organizando minhas idéias, desta vez as idéias estão organizadas e não há o que eu queira mudar, apenas expectativa em acrescentar ao já conquistado.

É de difícil definição muito pouco em sua vida querer mudar e, ao mesmo tempo, obigar-se à mudança.

Haverão ainda alguns dias de transição e final de ano a beira-mar (sem o congestionamento típico de feriadão, he he). Estarei me ocupando de 4 textos com os quais venho me divertindo há bastante tempo. O mais unversal deles é o "No-Co", sobre o qual já adiantei alguns conceitos pessoalmente - quem sabe favor não revelar, pois será divulgado em breve.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Para alguma coisa, tudo sempre serve

Eu estava muito elétrica, com um texto que me parecia ótimo na cabeça mas, chegando em casa, a rua ficou um breu só. Demorei para estacionar na nova vaga e ao chegar no apartamento percebi que estava sem luz.

Praticamente uma vela e meia depois a luz voltou. Ainda sem saber se deveria ir dormir ou se emendava a noite resolvi ler e-mails. Boa notícia: rodízio amanhã (ou hoje) suspenso de manhã por causa o apagão.

Perdi um texto, mas ganhei um tempinho a mais de sono...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Museu do Ipiranga

Ontem resolvi aceitar a sugestão de uma revista semanal e fui conhecer o Museu do Ipiranga. A partir da nova estação do metrô, que está linda, com as cores da bandeira nacional em degradê, são 30 minutos de caminhada. Para conhecê-lo basta 20.

Um roteiro poderia ser organizado da seguinte forma: ilustrações (as originais) publicadas em livros de 5ª série ficam no térreo, à direita, e as da 6ª série, na sala central, em frente à escadaria de mármore.

O museu é administrado pela USP e há provisoriamente uma sala com acervo do antigo Banco Santos, até a Justiça definir seu destino.

O prédio está bem conservado e tem cheiro forte de madeira, o mesmo das igrejas do século XIX.

Não fosse a algazarra dos vizitantes e o lindo sol, observando o jardim seria possível imaginar-se em Versailles. Felizmente o MP foi vitorioso e as incorporadoras não conseguiram construir prédios à volta do jardim localizado às margens do riacho Ipiranga.

Como não vender

A feira de Iracema, apesar de ser passagem obrigatória ao turistas e ter a vantagem de ficar aberta após o horário comercial, não é o melhor lugar para fazer compras. Isso eu já sabia. Mesmo assim, estava decidida a comprar um quilo de castanha de caju crua, sem sal, que é a qualidade mais difícil de encontrar em SP.

Ao fazer pesquisa de preço percebi a ausência ou precariedade dos rótulos além de ter ouvido argumentos de venda como "cobro 15 porque a minha não é ransosa" ou "a minha é cozida no seu próprio azeite"(cozinhar em azeite não é fritar??? Pensei que fossem assadas...).

Resultado: não comprei castanha de ninguém. Em um lugar tradicional e turístico, maus fornecedores deveriam ser banidos. O gereciamento da categoria seria muito salutar, afinal, está óbvio que seu princípio básico é ali ainda ignorado: pior do que seu concorrente vender, é não existir comprador interessado em seu produto.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Direto de Natal


A claridade do local enganou-me ao tirar a foto e a altura da calçada no ponto de ônibus não ficou aparente como eu gostaria (tem um degrau alto após a lata de lixo), mas em relação ao asfalto, ela era acima de meu joelho.

Sei que há um século a altura do meio fio era bem maior, para facilitar o montar a cavalo, mas não foi facilitação o que observei. Ônibus e vans paravam longe da calçada, obrigando quem insistir em utilizar o transporte público ter maior equilíbrio e força - não registrei o malabarismo de uma senhora para não constrangê-la. Infelizmente esta é a atual realidade da bela capital potiguar: nem quem nasceu fisicamente perfeito tem fácil acessibilidade à via pública ou ao transporte coletivo (será que vão esperar ter trânsito e poluição para tomar providências?).

Outra constatação que me deixou perplexa: o monitor na lata de lixo, com cabo acoplado. Nunca me ocorreu colocar um eletrodoméstico no lixo. Mesmo que não esteja funcionando, sempre tem alguém que tem interesse, pode ser uma escola que forme técnicos de manutenção, para aproveitar algumas peças e ensinar a detectar defeitos, ou uma escola de teatro, para um cenário.

O "quanto mais pobre, mais rico é o lixo" continua válido.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Antes de mudar de casa

Nesta recente vida nômade encontrei várias pessoas que estavam sendo transferidas de cidade. Mesmo as que provocaram a mudança pareciam um pouco confusas de como adaptar-se. Resolvi registrar meu mini-roteiro, que funciona bem:
i) More em um endereço temporário nos primeiros meses. A percepção de quem mora é sempre diferente de quem visita e o imóvel dos seus sonhos pode ser o pesadelo futuro.
ii) Antes de começar a frequentar os lugares que os moradores frequentam, visite os pontos turísticos e históricos (se não houver o que fazer, desconfie de ter feito a opção correta). Nos passeios você pode conhecer pessoas da cidade ou, pelo menos, parecerá menos estrangeira e terá um assunto simpático para conversar com os locais (sem se comprometer com posicionamentos pessoais).
iii) Observe se seus vizinhos têm rotina parecida com a sua. Se forem muito diferentes de você, melhor mudar de bairro.
iv) Não abandone seus hobbies, será mais fácil sentir-se confortável entre pessoas com o mesmo interesse que você do que entre colegas de trabalho, conviver com as mesmas pessoas é prejudicial à saúde.
v) Aceite todos os convites que receber.
As primeiras semanas são de euforia, tudo é novidade. Com o tempo o espírito acalma-se e resista à tentação de vizitar as pessoas do antigo lar, prefira receber hóspedes e mostrar-lhes a nova cidade. O quarto mês para mim é crítico, mas depois do sexto nem lembro mais como era antes.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Às futuras mamães e papais

Sim, o Brasil é um dos lugares mais caros para se comprar todos os apetrechos. Dependendo do que vier a ser comprado, fazer o enxoval na Flórida pode ser mais barato do que ficar no Brasil.

Tenha consciência de que nem tudo que um bebê de classe média ganha antes de nascer é realmente necessário. Se muitos tratam seus bichanos como filhos a recíproca tem seu lado de verdade:  o entusiasmo com a chegada do bebê (principalmente o primeiro) gera uma ansiedade de que "merece tudo" que acaba consumindo recursos importantes: já pensou em aplicar o valor da decoração do quarto e dar-se "ao luxo" de em alguns anos poder ser descontado por um dia de falta, só para assistir a homenagem da escola ao dia dos pais/mães?

A comparação de lojas infantis com petshops foi feita por um amigo; aproveitei-a para argumentar sobre distorções rotineiras. Também através dele soube de outra frase, que me parece lógica mas ainda não compreendo sua amplitude: "despeça-se da vida como a conheceste até hoje".

Uma coisa já aprendi: carrinho tem que inclinar para trás e ter cinto de cinco pontas.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Capacete rosado


Fonte segura já havia alertado: após vária reportagens mostrando a adesão feminina às motos, selvagens malandros aprveitam-se da convensão de atribuir o rosa às mulheres para dirigir agressivamente e com menos retalhação.
As vantagens das motoristas (cuidadosas, responsáveis, etc) estão levando os motoristas a quererem se camuflar e o meio encontrado foi usar capacete rosa. Se lhe disserem que é moda, acredite não.
Quando o comportamento de algum rosado lhe desagradar, não vá ser preconceituoso e pensar que é uma mulher, pois provavelmente será mais um barbeiro que nem coragem para assumir seus atos tem.

domingo, 11 de outubro de 2009

Die Welle

Simplesmente imperdível. Fazia tempo que eu não assistia um filme do qual eu gostasse tanto.
O roteiro é ótimo (não conheço o livro nem os dados reais em que foi baseado), impõe reflexão e é didático. Soube após ter assistido que se trata de um remake (alguém tem a primeira versão?).
O processo demonstrado pelo filme pode ser aplicado em várias esferas da vida - ele deveria ser incluido educação formal de adolescentes, será mais útil e agradável do que muito clássico que se tem de ler.
Em SP só está disponível em uma sala, na Consolação. Corra e veja enquanto puder.

domingo, 4 de outubro de 2009

Brincadeira de Gente Grande

Era a segunda oportunidade de adquirir aqueles bens e com a vantagem de estarem mais baratos: 50% do preço de avaliação, mais precisamente.
Se não haviam sido vendidos era porque ninguém havia concordado com a avaliação feita - pelo menos não em pagar seu preço, pensei. Ledo engano.
No período de duas semanas, tempo transcorrido entre a 1ª e a 2ª praça, lances 10% superiores à avaliação foram dados.
Fiz questão de ficar até o final do leilão, na expectativa de encontrar alguma lógica. Não há. O senhor sentado ao meu lado, por exemplo, ofereceu lance próximo ao da avaliação do imóvel a ser comprado sem sequer o haver visitado, nem o valor do condomínio ele sabia (eu lhe contei posteriormente), apartamentos ocupados foram arrematados por preço superior ao de apartamentos vazios, todos no mesmo prédio.
Consolaram-me os inquilinos que exerceram o direito de preferência: por não terem arrematado no primeiro leilão, certamente eles pensaram como eu, de que o lance máximo a ser dado no segundo não ultrapassaria a avaliação.
Ainda considero que comprar em leilão pode ser uma boa alternativa de investimento, mas como toda aquisição de risco, antes da inscrição deve-se saber o lance máximo a ser dado, para ignorar os apelos do leiloeiro e realmente fazer um bom negócio.

sábado, 3 de outubro de 2009

Meloukhie

A única informação existente era tratra-se de prato típico, saboroso e difícil de encontrar.
Aceitei o convite e descobri que já (o/a) havia esperimentado: é o recheio de algumas esfirras de verdura. Ao invés do armagor característico das verduras verde escuro, o sabor é levemente azedinho (como se fosse preparado com vinagre). Gostei.

domingo, 27 de setembro de 2009

A semana de primeiras vezes

Fazia tempo que tantos ineditismos ocorriam intensivamente em pouco espaço de tempo: comprar em sebo, ter alergia, não chegar no horário e perder uma consulta, gripe e resfriado no mesmo ano (com constrangedores tosse e espirros em locais públicos – será que deveria estar usando máscara?), trotear no Rodoanel (sim, porque se não tem buracos por ser novo, também não tem piso liso), dirigir carro alugado, ter alergia sem saber a causa, comer biscoito da sorte com duas frases são alguns exemplos dos últimos dias.

De forma planejada, era para ser somente uma consulta de acupuntura a novidade da semana. Realmente as agulhas não doem e ainda permitem uma consciência corporal de difícil descrição; basta mexer um lugar espetado para sentir que nervo é ligado a ele - a agulha do meu pé deu muito sono e a do meu braço deixou minha mão formigando, por exemplo, eu consegui identificar direitinho cada nervo dos dedos, muito legal.

O tratamento é complementado com a ativação de pontos na orelha. A escolha é simples: semente ou agulha (são uns caracóizinhos muito fofos). Enquanto a semente precisa ser apertada três vezes ao dia, em sequências de 15 apertões, a agulha estimula o ponto enquanto estiver lá. Escolhi o procedimento mais intensivo e que não toma tempo: estou com quatro agulhas. O que não me contaram era que ficava dolorido. Na primeira gargalhada senti a orelha, lembrando muito o desconforto de quando furei a cartilagem. Assim, nos próximos dias estarei uma moça mais séria e menos falante...


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Fotoromance - Qual sua opinião sobre o que realmente ocorreu?



Se tivessem me contado, eu teria que checar fontes ou então não poderia citar nomes.
Imagem de uma rua pública de BH, sem montagem alguma, ao contrário, é perfeitamente publicável.
Através de breve busca na Internet - em outro blog - descobri que os fatos foram desmentidos, mas a imagem mesmo assim conta várias histórias. Qual seria a sua versão para o que ocorreu?


sábado, 19 de setembro de 2009

Buraco Quente

Em plena semana farroupilha fui apresentada ao "Revelando São Paulo", em sua 13ª edição no Parque da Água Branca.
As manifestações culturais ocorrem das 9:00 às 21:00. No decorrer do dia os preços do estacionamento oscilou entre R$10 e R$20 (o mesmo lugar). Chegando cedo é possível estacionar na rua, eu consegui um lugar que ficou sem flanelinha das 9 às 14.
Amanhã é o último dia, ainda dá tempo de conferir. Varios municípios de São Paulo enviaram representantes de seu artesanato: a variedade é grande, alguns itens eram inéditos para mim (fiz compras ótimas).
Fiquei triste de não ter fome para provar todos os pratos desconhecidos. Escolhi o "buraco quente", que mais é uma forma de preparo do que uma receita: o pão francês, ao invés de ser cortado, tem o miolo retirado por uma das extremidades e é colocado recheio quente dentro. Na versão vegetariana, junto com o vinagrete picado e quente, havia coração de banana - aquele cacho lilás que a bananeira tem - que parece um talo, sem gosto específico. É um excelente lanche.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Eterna Lua de Mel

Seguindo o clima romântico do post anterior, soube através de um leitor do blog uma forma simples de ter um up grade em viagens românticas.


Ao fazer a reserva, mencione que o casal está comemorando uma data especial - se você disser que é lua de mel vão pedir a certidão de casamento – e pergunte em seguida se há alguma cortesia para tornar a comemoração mais inesquecível.

Você pode conseguir desde um espumante até um quarto com localização melhor. Só não vou dizer a data especial que ele sempre usa para não desacreditá-lo em sua próxima reserva, afinal, este texto está na Internet, não há como evitar que alguém do setor hoteleiro o leia.

“Um idioma é uma tradição, um modo de sentir a realidade, não um arbitrário repertório de símbolos.”

Desde os primeiros cartões descobertos no Brique da Redenção percebi que ler Jorge Luis Borges era imperativo. Não lembro se cheguei a comprar algum cartão com seus versos (agradeço se puderem informar o nome do artista plástico, que com traços coloridos e abstratos ilustrava versos de diversos autores), mas a cada texto seu recebido por e-mail soava um alerta: ainda falta ler Borges.


Ano passado assisti um monólogo na Casa das Rosas em que o autor-ator-diretor o homenageou através de uma história original montada somente com trechos do poeta argentino.

Bem, encontrei um volume que tem poesia completa de Borges (e em versão bilíngüe, meu xodó). Mesmo não sendo a poesia um estilo de minha preferência, estou lendo-o aos poucos.

Minha primeira constatação foi de que ler poesia é uma forma de meditação; para compreender sua mensagem é preciso desconectar-se com o que está à volta e perder-se brincando com as palavras até encontrar o(s) possível(is) significado(s) do poema. Dependendo do seu momento será a conclusão – e não há resposta certa ou errada.

O título acima é um verso de Borges que me intrigou por dias, uma vez que o romantismo frequentemente mencionado como inerente à tradição e à realidade francesa, não havia até então sido compreendido por mim. Vou dividir o que aprendi recentemente; somente uma cultura que valorize o sentimento pode expressar tantas nuances de amor alterando somente a estrutura da frase:

J’adore” é a expressão do máximo afeto para coisas, mas é um gostar pouco intenso para pessoas (mesmo que haja inversão de valores, pessoas são potencialmente mais queridas que coisas). “J’aime” significa que a pessoa gosta, e só. Há também expressões como “j’aime bien”, que significa gostar, e “je (t’)aime beaucoup”, que é gostar muito.

De todas as expressões, a mais intensa a ser dita a alguém é “je t’aime”, o ser amado fica junto ao sujeito e pressupõe a cumplicidade dos amantes, pois eles já sabem do que se está falando e o silêncio deixado pela ausência do advérbio completa o sentido da frase.

Os amantes franceses também têm uma expressão específica para mencionar exclusividade: “je n’aime que toi”, uma forma rápida e clara de abreviar “je n’aime personne d’autre que toi”.

sábado, 12 de setembro de 2009

Passear de bicicleta

São Paulo tem uma nova ciclovia: funciona somente domingos de manhã e abrange um traçado plano; espero seja o piloto de um projeto maior.
Passear na ciclovia pareceu-me a melhor forma de prestigiar a iniciativa. Como não tenho bicicleta, fui até um bicicletário do metrô. As bicicletas aro 26 são novas e possuem cestinho. É possível pegar emprestado também um capacete. A primeira hora de utilização é gratuita, e a bicicleta não precisa ser devolvida no mesmo local em que é retirada, para cada hora adicional serão cobrados R$2,00. Se não devolver no mesmo dia a brincadeia fica cara: R$350,00.
Não são todas as estações do metrô que têm bicicletário e é condição para sua utilização prévio cadastro, no qual está inclusa a informação do número de cartão de crédito ou pagamento de R$50,00, dos quais R$25,00 serão doados para o Instituto Parada Vital e R$25,00 ficarão de crédito. Quem é segurado da patrocinadora, Porto Seguro, pode deixar sua bicicleta estacionada lá, sem custo.
O inconveniente maior é ter de andar em ruas e calçadas no trajeto do metrô até a ciclovia. Com o número cada vez mais crescente de passageiros do metrô com bicicletas (elas estão permitidas em alguns vagões, durante o final de semana) o natural é que houvesse uma forma segura das pessoas deslocarem-se do metrô até os parques e ciclovias, mas ainda não há.
Mesmo em boa e paciente companhia (para esperar eu empurrar a bicicleta nas subidas), ainda não me animei a passear de bicicleta por Sampa.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Compreendo, mas quem aplica é o acaso

"Quando alguém procura muito pode facilmente acontecer que seus olhos se concentrem exclusivamente no objeto procurado e que ele fique incapaz de achar o que quer que seja, tornando-se inacessível a tudo e a qualquer coisa porque sempre só pensa naquele objeto, e porque tem uma meta, que o obceca inteiramente. Procurar significa: ter uma meta. Mas achar significa: estar livre, abrir-se a tudo, não ter meta alguma."
(HESSE, Herman.Sidarta. 51ª ed., Rio de Janeiro: Record, 2009, p.162).

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Correios

Mantenho contato com várias pessoas sem acesso à Internet. Conversar ao telefone é um teste de paciência para mim, trata-se de um ruído imposto: quando não estou ocupada, delocando-me ou conversando com pessoas, estou dormindo. A suposta diminuição da distância nem sempre ocorre, quem hoje para para conversar? Fala-se enquanto se faz outra coisa, nem que seja se proteger de quem está à volta, na tentativa de manter a privacidade.
Pois bem, além de e-mails, continuo cliente dos correios. Leio e escrevo cartas entre um farol (sinaleira para os gaúchos) e outro.
Conhecidência ou não, o serviço de correio piorou muito depois que a constitucionalidade de seu monopólio foi reconhecida. Desconheço a argumentação jurídica pró e contra, mas na prática ficou ruim para todos (até para os Correios, que está perdendo sua boa reputação).
A picaretagem é flagrante: a carta que antes chegava em 2 dias entre capitais agora chega em aproximadamente (alguém sério estabelece prazo aproximado?) 5 dias úteis; recebi hoje cartas postadas em 14/8 e contas que venceram hoje. Alguém envia correspondência sem se preocupar com prazo? Raríssimas exceções. Sem poder contratar qualquer empresa privada, a única solução é o Sedex. Assim, não há mais correspondência a R$0,60, mas a pelo menos R$10,00. Quando eu era pequena, o "selo social", a R$0,01 tinha sua divulgação e importância. Hoje, paga-se sessenta vezes mais pela mesma precária qualidade de antes. Gostaria de poder boicotar. Já pensou? Contratar um professor para ensinar a família inteira a ficar on line? Ia ser divertido assistir a esta aula... Quanto menor a demanda, mais caro fica o serviço. Sem concorrência e sem índice para reajuste de suas tarifas, os Correios ficarão cada vez mais distantes de quem precisa. Uma pena!

sábado, 22 de agosto de 2009

Anna Prem

Algumas iniciativas devem ser não apenas comemoradas como também devidamente usufruidas.
Almocei hoje pela terceira vez neste autoentitulado (nova ortografia) bistrô e restaurante natural e, mais uma vez, estava tudo divino.
Conforme o dia da semana são as 5 opções de menu: indiano, light (entenda-se salada), massa, vegano e lacto-vegetariano, tendo como entrada uma salada ou sopa. Tem também o menu trivial vegetariano, servido no bistrô. A quantidade parece pouca, mas a qualidade do alimento é tão boa que acaba com qualquer fome.
O ambiente tem decoração clean, bem iluminado e com visibilidade da cozinha. Todos os funcionários são zen. Considero o serviço ágil, mas me foi confidenciado que costuma lotar das 13h às 14h, período em que a montegem dos pratos demora um pouco.
Fiquei tão entusiasmada com a cozinha do lugar que perguntei se vendiam pratos congelados. Gentilmente informaram que pelos princípios do lugar a única exceção aos alimentos naturais era a polpa de fruta para suco (mas eles também tem (nova ortografia) suco natural - o de hoje era carambola com umbu).
Onde fica? No agradável bairro da Aclimação, em frente ao parque, próximo à biblioteca.

domingo, 16 de agosto de 2009

Merece o "Oscar" do Teatro

A grande surpresa do final de semana foi "A Margem". Escolhi por ser a peça do Sesc Paulista com o horário mais adequado e fiquei muito feliz com a opotuidade de tê-la assistido. Se for feito o rol de itens em que se avalia uma peça teatral, não consigo imaginar crítica a nenhuma delas, ao contrário, teria vários elogios aos atores, à direção, ao figurino, etc - eu só aumentaria a censura para 18 anos.
Os atores (só através da ficha técnica soube ser um ator e uma atriz: Ademir de Souza e Tania Gollnick) são dois moradores de rua que utilizam somente expressão corporal e objetos encontrados no lixo, no decorrer de 1:30 de peça, para contar sua história.
A crítica social esta (nova ortografia) presente em toda a narrativa, mas nem por isso o humor é deixado de lado, é possível rir em vários momentos.

Burle Max

A partir das recomendações da crítica, escolhi a exposição comemorativa de 100 anos do nascimento de Burle Max, no MAM/SP, como um dos programas do final de semana.
Os dois documentários que estão na exposição são ótimos (aprox. 2 horas), mas não há isolamento acústico no local em que estão sendo exibidos (às vezes é mais fácil saber a conversa particular das pessoas na exposição do que o conteúdo na sua frente - problema cada vez mais comum ter que conviver com a falta de educação das pessoas, mesmo havendo seguranças que pedem para desligar o celular).
A curadoria, porém, deixou a desejar. Em que pese sejam mostrados projetos de Burle Max em casas particulares, os quais o grande público não tem acesso, e explicar o processo criativo da orla de Copacabana (confesso que não sabia que o Aterro do Flamengo e o calçadão da Av. Atlântica pertenciam ao mesmo projeto, nem que o canteiro central de Copacabana, em três tons, imitava uma tapeçaria sua), nenhuma linha sequer há sobre a praia da Guarita.
A importância do parque da praia da Guarita para Torres é tão grande que cheguei a me questionar se havia me equivocado (não tenho certeza quanto à autoria do paisagismo da Lagoa do Violão).
Logo na entrada consta uma linha do tempo, relacionando seus trabalhos e nada há sobre algum trabalho no Rio Grande do Sul. Passei a confiar mais em meus conhecimentos quando li sobre sua associação à AGAPAN.
Não achei no MAM um livro em que eu pudesse protestar por tamanha falha; meu lado turismóloga foi o que ficou mais triste - quantas pessoas poderiam se interessar em conhecer Torres a partir exposição? Não lembro das torres da Guarita antes do parque, mas certamente ajudaria à região sua divulgação, pois fora do RS a Guarita só é um desconhecido cenário de praia nos comerciais.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O tratamento pessoal foi convencionado como o mais agradável ao cliente. Ao entrarmos em uma loja, por exemplo, a vendedora pergunta seu nome - mesmo que depois venha esquecê-lo - e malas diretas são desenhadas para que, ao invés de "Prezado(a) Sr.(a)", conste o nome da pessoa.
Adotar tal comportamento, em um primeiro momento, parece ser simples, sem necessidade de treinamento complexo.
Fiquei perplexa com a história que ouvi hoje no almoço: a funcionária do caixa, ao devolver o cartão ao cliente, falou: "tenha um bom dia, fulano" e abriu um simpático sorriso. A mulher do fulano não gostou e teve como primeira reação dar um tapa na face da menina, exigindo explicação de onde os dois se conheciam.
Não sei se a mulher ficou convencida da verdade, de que a funcionária só estava cumprindo ordens, de tratar os clientes pelo nome lido no cartão utilizado para pagar as compras e ser gentil.
O episódio ilustra a cada vez mais comum falta de educação das pessoas, seja a da mulher, que agiu instintivamente, como um animal não civilizado, seja da funcionária, que não adotou comportamento formal com estranhos - confesso que não sei a melhor forma de resolver isso.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A gripada paranoia

Introduzir o cotovelo no hábito de espirrar pode ajudar a diminuir a transmissão do vírus da gripe (seja ela A, B, C, etc.), garantiu-me fonte confiável com bom trãmite no Ministério da Saúde em Brasília.
Jorrar o vírus na roupa, ao invés de deixá em sua mão, diminuira a propagação (mas é importante lavar a roupa assim que chegar em casa). Eu já desisti de adquirir o novo hábito - só vou fazê-lo quando estiver difundido na população. A primeira e única tentativa foi em uma reunião: ao invés de me virar ao lado e discretamente tapar o rosto, levantei o braço. Talvez por falta de prática, o ato chamou atenção dos presentes e, até explicar...
O antigo vilão do orçamento doméstico - o alcool em gel - permanece indispensável. Mesmo que você use papel toalha até para abrir e fechar a portado banheiro (dispensado o ar quentinho nos dias frios), no primeiro objeto que você pegar ou na primeira mão que cumprimentar, o vírus pode passar para o seu lado.
Passei uma semana com capacidade 50%, à base de vitamina C, alho e sono. Agora estou melhor e preocupando-me em mater alimentação saudável. O máximo da minha profilaxia é não engravidar, afinal se até hoje esqueço de levar o celular comigo, o que dizer de um frasco de alcool.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Voo 128

Os relatos do voo 128 demonstram que regras de segurança não existem para que seja dado "um jeitinho".
Quantas pessoas embarcam com excesso de peso na bagagem de mão, tentando enganar o funcionário do check in, não raciocinando que a bagagem pode cair em sua cabeça enquanto estiver dormindo (e até quebrar o pescoço). Para mim, equivale ao "farofeiro", turista que não sabe se comportar, agir desta forma. É tão sem limite e consideração para colocar em risco vida de pessoas e não assumir o excesso de bagagem?
Quantos adultos infantis falam ao celular assim que a comissária sai de perto, abrem a mesinha ou inclinam o encosto da poltrona? Afinal, rota de fuga livre para que? Interferência na comunicação do meio de transporte pode ter sido uma das causas do naufrágio do Titanic, mas não vai deixar um avião cair, imagina...
O cinto, então, parece que existe para enfeite, só para atrapalhar o sono.
Regras podem ser substituídas por outras regras, mas não podem ser ignoradas em ambiente coletivo.
Concordo que o conforto tem sido eficaz em sua fuga das aeronaves, mas pensando que há duas gerações meus avós achavam o máximo trocar a charrete pelo carro, fico grata pelo cada vez mais acessível avião.
Tenho a teoria de que as críticas são inversamente proporcional ao glamour. Alguém que consegue o que os outros desejam pode, no máximo, ficar em silêncio: se comentar é esnobe, se criticar, diminui o seu feito. Quem não está acostumado a voar ou fica muito tenso, e não tem tempo de observar ao seu redor, ou curte tanto o trajeto que nem dá tempo de desenvolver o senso crítico.
A minha relação com a primeira classe pode ser descrita desta forma: da mesma forma que caminho quadras para economizar alguns centavos (e perco um tempo precioso conferindo se as notas fiscais eletrônicas foram contabilizadas, denunciando ao Procon os estabelecimentos que me excluem), se pudesse pagaria sem dó para poder viajar com espaço, praticamente na horizontal. Dois são os motivos pelos quais insisto na classe turística: não há isolamento acústico - pagar caro para conviver com o ronco e choro alheio não dá - e só viajei uma vez na classe executiva (overbooking), foi o suficiente para ter consciência das limitações de minha realidade, tendo demorado alguns trechos para me acostumar com o antigo padrão.
Mas pior mesmo é quem não se informa, não presta atenção nas orientações e acaba atrapalhando a viagem dos outros, nem que seja se machucando...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

É proibido fumar...

A primeira vez que vi a ampulheta na Paulista achei de mau gosto (destoa de tudo, como pode ser considerada compatível com as restrições do cidade limpa?). Depois, conhecendo o relógio digital com a contagem regressiva da Dr. Arnaldo, próximo ao Emilio Ribas, preferi deparar-me com o cenário da foto a mais um painel eletrônico (a cidade está tão bem sem eles...).
Só a convivência com profissionais do marketing permite que eu não considere totalmente absurda a implementação de um totem para lembrar o início de vigência de uma lei. A expressão "a lei pegou” acaba por ter mais importância do que seu texto em si. Lei que pega é cumprida e fiscalizada pelos cidadãos. Lei que não pega reina no esquecimento.
Nunca experimentei cigarro e só convivi com um fumante: meu avô, que tinha o hábito de fumar meio charuto após o almoço e meio charuto após a janta. Ele fumou dos 13 aos 80, parou porque deixaram de fabricar a marca que gostava. Viveu mais 10 anos sem charuto e nunca o ouvi reclamar sua falta.
Cigarro, charuto, cachimbo. Todos os odores são dispensáveis. Ao contrário do álcool, que prejudica fisicamente só quem o consome e torna inconveniente quem abusa de seu consumo, basta acender o fumo para sua presença ser notada.
Frequentar lugares públicos ficará mais agradável, mas, ironicamente, os lugares mais agradáveis, ao ar livre, serão dos fumantes, que estão reclamando da restrição.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Golpe

Ontem, pela segunda vez este ano, fui muito bem atendida no posto da Polícia Militar da IV Centenário.
Para quem não conhece, em São Paulo há dois postos 24hs exclusivos para fazer BOs de acidente de trânsito quando não há vítima: um na zona leste e outro em frente ao Ibirapuera.
Considero a idéia ótima, pois ambiente de delegacia é sempre tenso e, logicamente, o relato de um acidente de trânsito é preterido na hora do atendimento (só depois que houver atendimento a todos os flagrantes, furtos, etc).
Pois bem, estava voltando da massagem, após um almoço super saudável e zen, curtindo minha fase "não ser sendo" quando ouvi um barulho: com a pista molhada, um motoboy perdeu o equilíbrio e bateu o pedal na lateral do carrro (eu estava andando em linha reta, não havia trocado de faixa, mas do meu lado estava uma van - e antes cair para o lado de um carro do que de uma van). Mas ele não caiu, só começou a berrar para eu parar (estávamos em cima de um viaduto, garoando). Quando fiz menção de parar e ele tirou o capacete e começou a batê-lo no chão, como se fosse bater no meu carro. Como não havia desligado o motor, desviei e fui embora. Só que a união dos motoqueiro foi maior e fui cercada por motos: parei em um posto de gasolina. Com testemunhas, ele parou de falar em agressão, mas tentou abrir a porta do carro, insistindo que eu tinha que indenizá-lo, caminhava - normalmente - de um lado para o outro, articulando muito e dizendo que eu havia machucado seu pé.
O frentista pediu para eu dar qualquer dinheiro para o motoboy, para ele ir embora (quem me conhece sabe que esta hipótese é nula, da mesma forma que sou responsável pelos meus atos, cobrindo os riscos assumidos, se tenho certeza que tenho razão não será cara feia que me dará medo).
Apareceu, então, à paisana, um policial federal. Ele mostrou o distintivo e pediu para eu baixar o vidro. Informei que não havia negociação, pois se alguém deveria ser indenizada este alguém era eu, e que estava aguardando a polícia, para poder ir embora em segurança (realmente já havia ligado para o 190 há algum tempo). Ao ouvir que eu eu havia chamado a polícia, o motoqueiro disse que estava tudo certo, que seus documentos não estavam em ordem, e se mandou. Junto com ele se foram os demais motoqueiros: eu quase fui vítima de seu estelionato.
Conversando com o policial que fez o B.O. soube que muitas pessoas entregam o que tem na bolsa para se livrar deles e que a documentação das motos geralmente é irregular. Conclusão: em qualquer discussão com motoboy, chame a polícia antes de falar e fazer qualquer coisa - mesmo que você não tenha razão (bem que podia ter um controllar para motos...).
A realização do B.O também foi útil para descobrir mais um motivo para não usar cheque: se prenderem um traficante com um cheque seu, no mínimo um depoimento você terá que dar, para indicar sua utilização e você não ser considerado das relações do criminoso. Atenção: inclua no preenchimento dos cheques o destinatário do crédito. Não aceite colocar nome de quem você não conhece e, na dúvida, preencha atrás a destinação do mesmo.
Lembrei-me agora de um outro caso verídico, de um dentista que comprou uma passagem aérea internacional colocando algumas obturações em um agente de viagens e depois não conseguiu voltar, pois a companhia aérea não havia recebido o pagamento. Ele também teve que explicar-se à polícia.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Tava demorando...No Twitter, onde mais?

A praticidade do e-mail fica comprometida sempre que um spam aparece - e eles nunca vem sozinhos.
A tentativa de vender algo ou de conseguir dados pessoais para posterior golpe não são novidades, sofrendo variações quanto aos meios, objetos e atores.
Não sei porque me surpreendi com a estratégia que vem sendo utilizada no twitter: você recebe a mensagem de que está sendo seguido e, claro, por curiosidade, resolve saber quem é o ser que você não se lembra. Bingo! O histórico da criatura é uma propaganda.
Já não sei quantas vezes isso ocorreu, mas minha reação é sempre a mesma: bloquear aquele usuário.

domingo, 19 de julho de 2009

Vá...Mas vá mesmo!

Para compensar o desastre da programação do final de semana passado, este começou bem: A comédia da vida (um stand up show com 5 comediantes) é realmente uma comédia e o horário aparentemente alternativo é perfeito ao ritmo de São Paulo: 23:59 de sexta. É possível sair sem pressa do trabalho, arrumar-se, jantar ( ou jantar e arrumar-se) e depois ir ao teatro. São praticamente duas horas de gargalhada garantida, um excelente início de final de semana.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Esquiadores Urbanos

Av. Paulista, 23hs. Ao parar no sinal vermelho ouço um barulho que me assusta, percebo que um rapaz de patins está se segurando na parte traseira, lado do carona. Buzino e ele “nem te ligo”. O sinal abre, acelero, e ele fica de carona. Há poucos carros e minha tendência é fazer zigue-zague, na tentativa dele desistir de me seguir, só que fico com medo de machucá-lo e resolvo retribuir à indiferença, dirijo como se ele não existisse. Sua companhia dura até que eu saia da avenida, vai embora sem acenar, sem agradecer. Colocou a vida em risco e obrigou-me a arriscar receber uma multa e a ficar com o carro danificado. Preguiça ou aventura?
Hoje de manhã o rádio anunciava a estatística de 9 acidentes com bicicleta - por dia – na cidade de São Paulo. A velocidade das bikes tem sido superior à dos carros, mas é covardia disputar espaço com as motos. Como a cidade não é plana, tem sido comum motociclistas segurarem o parachoque dos ônibus nas subidas, um jeitinho para chegar antes e com menos esforço. Comparo-os aos surfistas dos trens, mas como aproveitam a tração do veículo à sua frente, os chamo de esquiadores urbanos, em uma analogia ao não menos perigoso esqui aquático. Sei que andar de bicicleta está na moda, mas a falta de sinalização e de educação –sem contar a poluição e a quantidade de fumaça dos carros, parece-me estupidez. Mesmo utilizando capacete, cotoveleiras e joelheiras (raras de serem vistas), não há pressa que justifique zombar da saúde (certo está o amarelinho da Avenida Bandeirantes, que trabalha de máscara) ou colocar a vida em risco (a ciclovia é tão imaginária quanto a divisão entre calçada e pavimento, cada ciclista imagina a sua e segue em frente).
Nunca fui adepta da bicicleta e minhas tentativas de aprender patins não foram exitosas, gosto mesmo é de caminhar. Mesmo assim, evito trechos de trânsito intenso, para fazer meu exercício aeróbico com a melhor qualidade possível de oxigênio.
Sinto falta de informação do que deve ser observado antes de sair de bicicleta por aí, onde ela é permitida, por exemplo, da mesma forma quando percebi o carona involuntário. Sabemos como agir em relação a qualquer abordagem no trânsito (deixando os vidros fechados, olhando nos olhos, avisando cada movimento que irá ser feito, etc.), mas afinal, como se deve agir diante de um esquiador urbano?

domingo, 5 de julho de 2009

Slovênia

Para quem estiver montando roteiro pelo leste europeu, Áustria ou sul da Alemanha, vale a pena consultar o blog de minha amiga brasileira-slovena Mareci, que acaba de vir de lá: http://pedalnaslovenia.blogspot.com.

sábado, 27 de junho de 2009

Persépolis

Não consegui assistir ao filme (um desenho animado) na época em que estava em cartaz, mas recomendo o livro. A leitura foi ininterrupta, em pouco mais de três horas a deliciosa história havia acabado. Com a agradável linguagem das histórias em quadrinhos, tem uma versão aparentemente diferente das histórias do ocidente, só que pode ser considerado também um bom alerta para quem vai ter que enfrentar outra cultura, mudar de cidade, sair de casa, etc.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Gênero, profissão e cultura

Fato verídico: hoje, em um ambiente “clube da Luluzinha” contratou-se um prestador de serviços para um conserto no vestiário. Por esquecimento, nada foi avisado às freqüentadoras, que trocaram de roupa sem perceber a presença masculina. Ele, que estava no box de vidro fosco, garante que ficou imóvel, para não ser notado, e olhando para a parede. Elas souberam só depois que ele voltou a ficar sozinho e continuou trabalhando. Lembrei-me então desta foto tirada em Brighton, em um dos banheiros públicos à beira mar. Ainda não entendi como as empresas, sempre à procura da redução de custos, não tentaram reduzir o quadro de pessoal da faxina (ou o número de funcionários do prestador de serviços, se a limpeza for terceirizada), colocando um(a) funcionário(a) para cuidar tanto do banheiro feminino quanto do masculino. É uma questão cultural, sem dúvida. Enfrentei há algumas semanas uma destas barreiras culturais, fiquei até em dúvida se compartilhava com vocês, pois me considero uma pessoa aberta ao novo e gosto de ser assim. O que vivi foi a exceção necessária para confirmar a regra: em um salão fui informada que só havia depiladores disponíveis; depiladoras, só em outro dia. Não consegui dizer tudo bem, rapidamente até pensei em dizer que era só meia perna, só que agradeci e fui em outro lugar. Ainda estou refletindo sobre aminha reação, afinal, por que houve constrangimento com depilador e não com médico, como ginecologista?

sábado, 20 de junho de 2009

Diálogo ocorrido 4ª-feira:

- Moço, o que é "motorcra", que está sendo cobrado quatro vezes?

- É o óleo do motor.

- O litro do óleo é R$25,54?

- Sim, é um óleo especial, que só tem na concessionária.

- Que roubo! Tem óleo pela metade do preço no supermercado, e eles trocam de graça. E este "motorcra" de R$14,76?

- É meio litro de óleo.

- Metade de R$25,54 é R$14,76?

- Este é o preço da tabela.

- Tem desconto?

- Não.

- E se eu não concordar em trocar o óleo?

- Aí não tem a revisão e o carro perde a garantia.

Resultado: paguei, mas vou me lembrar disso na compra do próximo carro. Ser um pouco mais caro já era esperado; pagar o dobro, só para dizer que não há cobrança da mão de obra (ortografia nova) é outra.

domingo, 14 de junho de 2009

Recebi hoje um texto e gostei do seguinte trecho, apesar de ter algumas restrições à afirmação feita: "Nunca desvalorize ninguém. Guarde cada pessoa perto do seu coração porque um dia você pode acordar e perceber que você perdeu um diamante enquanto você estava muito ocupado colecionando pedras." Eu substituiria o não desvalorizar por não pré conceituar as pessoas.

sábado, 13 de junho de 2009

Há situações que são de difícil entendimento. Tratar desigualmente os desiguais é dito desde Aristóteles, mas o que torna algo desigual a outro? Check in em Zurique, após ter que perguntar para onde ir, devido à sinalização precária: enfrentei fila para passar por apenas uma máquina de detector de metais (a outra não tinha ninguém), com 4 funcionários. Todos esperavam a sua vez na longa fila. O deslocamento até o portão de embarque estava previsto, na placa dependurada no teto, de ocorrer em 20 minutos, mas fiquei bem mais tempo esperando pelo raio x. No dia seguinte, controle de passaportes em Guarulhos: quatro funcionários controlando a fila, por falta de espaço. Resmungo generalizado, dois guichês destinados para brasileiros, mas todos os existentes tinham atendente. Nas duas situações estava havendo troca de turno dos funcionários e o tempo de espera foi aproximado. A diferença observada foi o comportamento das pessoas. Quem estava em silêncio aproveitou para adiantar o que teria de ser feito quando chegasse a sua vez e já retirou casaco, cinto, sapato e saco plástico contendo eventuais cremes e líquidos. As pessoas que reclamavam faziam grupos para conversar, muitas vezes parando uma fila que estava andando lentamente. Passaporte aberto na página da foto, para agilizar o atendimento? Poucos o fizeram. Não cheguei à conclusão do que altera tanto o comportamento das pessoas, parece-me muito simplista atribui à cultura. O fato é que em uma situação que poderia ser reclamada a ausência de funcionários, as pessoas procuraram “fazer a sua parte”, para demorar menos a espera. No outro, em que nada havia a ser feito, pois todos os guichês estavam em funcionamento (primeira vez que vejo isso), as pessoas preferiam resmungar a dividir experiências das viagens, ou a satisfação de estar de volta. O comportamento das pessoas fez parecer que um serviço foi melhor prestado do que o outro, o que neste caso não é verdade. Várias analogias são possíveis com o cotidiano, o quanto contribuímos para que as situações inevitáveis e desagradáveis se prolonguem? Fila tem em todo o lugar, mas assim como há quem diga que “Deus é brasileiro”, também há a afirmação de que “brasileiro adora fila”. Da mesma forma que minha versão de frase é a de que “Deus também é brasileiro”, agora vou adotar a de que “brasileiro adora resmungar (reclamar pressupõe atitude) e em fila”.

sábado, 6 de junho de 2009

Estava tudo muito certinho e tranquilo, para ser uma viagem minha... Detalhes depois (mas estou bem). Resolvi nao inventar muito e os proximos 3 dias serao em Londres...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Férias: o início

Após 9 horas de turbulência e algumas de ônibus, cheguei ao meu destino. Fui apresentada a Canterbury no domingo, ao procurar um albergue para ficar, não encontrar onde queria, e descobrir que o melhor avaliado no pais tinha lugar. Realmente aqui é uma graca. A janta foi ótima. Decidi que minha primeira refeição, e a única do dia, deveria ser com algo típico.Fui a uma taverna (era um pub mderninho, mais claro que o normal e iluminado a velas). O nome do lugar? Old Brewery. Achei que a ocasião pedia uma cerveja...Pedi a mais suave, já que não tinham a de trigo. Para minha surpresa, serviram uma long neck mexicana, muito conhecida nossa. Fiquei sabendo então que o prédio,no passado, havia sido uma cervejaria... A comida estava divina, segue a dica para os momentos de fome em um pub de cardápio inglês:giantyorkshire pudding with mustard and sausage. As ruinas romanas da cidade são dos anos 90 (0090!), o fator histórico é mais significativo que o estético (o muro de York, por exemplo, é muito mais bonitinho). De diferente, a comercialização de feijões com mensagens, para serem plantados e a do governo, contra o desperdício, foto desta postagem. É uma campanha coerente e corajosa, não sei se um país agrícola como o Brasil adotaria um dia. Mas se está faltando dinheiro, obesidade cada vez mais presente, agricultura consome muita água e contribui para desequilíbrio ecológico e muito do que se compra de alimento é jogado fora, comer menos e gastar menos com comida parece lógico.

domingo, 31 de maio de 2009

A beleza da vida está em reconhecer em cada aspecto seu apenas uma entre infinitas possibilidades. Questionar é útil para compreender e identificar os elementos à sua volta, colocando-os em movimento: a insatisfação pode trabalhar para satisfazê-lo, basta não ficar inerte com ela. E se movimentação é uma constante, adaptação e alegria caminham juntas. Como não ser feliz se o corpo está nutrido e confortável? Pode ser raciocínio simplista, mas são tantos os que não têm... Então, o que realmente falta? Não importa tratar-se de ausência de perda ou de desconhecimento do que poderia ter sido, ambas são faltas de adaptação e incapacidade de viver o agora. O processo eu compreendo, mas ainda desconheço a resposta para a clássica pergunta: o que tenho que aprender com isso (para que não volte a repetir)? Há 10 dias sequer sonhava como estaria hoje. Estou controlando a expectativa de como serão os próximos 10, comemorarei no meu melhor improviso, dando-me nova oportunidade de conhecer os lugares que a chuva me expulsou em 2007. See you.

sábado, 30 de maio de 2009

Algumas promoções deveriam ser melhor cuidadas. Fui surpreendida por duas hoje. Na primeira, apresentando a carteira de estudante, é dado desconto de R$500,00 na compra do carro zero de uma determinada marca. Durante toda a minha vida de estudante, nunca tive desconto algum; a meia entrada foi um privilégio da pós-graduação. Há muito o setor cultural reclama da banalização da emissão da carteira e atribui seus altos preços de ingresso ao elevado número de estudantes (mas não vamos esquecer que aposentados e pessoas da melhor idade pagam meia). A mencionada promoção comprova que o estudante que desembolsa R$40,00 para pagar meia entrada (lembrando que lazer pago é luxo para a maioria dos brasileiros) não o faz por ausência de poder aquisitivo, logo poderia pagar um pouco mais pelos ingressos que teoricamente ficariam mais baratos, democratizando o acesso à cultura. O direito adquirido acaba por privilegiar poucos. Na segunda promoção, recebi um brinde em plena Paulista e, enquanto o recebia, tiraram uma foto. Fiz cara de surpresa e recebi um sorriso amarelo da fotógrafa. Acredito que a utilização seja de uso interno, senão... - como uma marca com respeitabilidade faz uma ação destas, tirando foto sem prévia autorização? - lembrei-me de outra promoção de hidratante, há seis anos, em que para receber dois saches era necessário tirar foto e escrever no verso um depoimento sobre um assunto relacionado ao produto.

terça-feira, 26 de maio de 2009

G - E - N - I - A - L Sessão de cinema de 20 min no horário do almoço. Ainda não sei se passa curta ou se só trailer, mas certamente é uma forma criativa de vender espaço publicitário. Ok, Ok. Você não suporta propaganda nem filme curtametragem... Eu os dispenso também. Mas e aquela soneca após almoço, impossível durante a semana? Os minutos no escurinho do cinema lhe parecem mais agradáveis? Ao pagar o estacionamento do shopping, outra surpresa: ingresso grátis mas com restrições de horário. Estou torcendo para te alguma tarde sem reunião...

domingo, 24 de maio de 2009

Budapeste: não perca seu tempo. Não li o livro. O filme tem roteiro fraco e falhas de edição (ex? Barulho de máquina de escrever enquanto o ator está contemplativo).

sábado, 23 de maio de 2009

Resumo de ontem: 1) Finalmente o ônibus Tatuapé/GRU tem maleiro e degrau rebaixado (como todo ônibus comum em país civilizado). Pegar o Airport Bus Service só se não tiver como andar de metrô com a bagagem, ou se vc estiver sem moeda, pois os R$30,00 são pagáveis através do cartão, mas os R$3,65 só em dinheiro (troco máximo R$20,00). 2) Sandália plataforma: em São Paulo, vc só embarca se tirá-la para passar no raio-x. Em Brasília, ela passa pelo detector de metais nos seus pés. (Quando haverá unificação das regras de segurança para embarques?) 3) Mesmo comprando a passagem no Balcão, a companhia aérea está cobrando 10% de taxa, ou seja, passagem aérea, só na Internet. 4) As informações sobre a gripe são só em português, o estrangeiro que está no país, viajando trecho nacional, não fica sabendo de nada, nem dos sintomas, nem de quem deve procurar... 5)Exite sim ônibus que liga o aeroporto BSB ao plano piloto, é o nº 11, passa de hora em hora. R$2,00. É um microônibus com catraca estreita, nem gordo, nem deficiente físico passam.A mala fica na frente, junto ao motorista. Para não ter erro, desça na rodoviária, que sempre tem taxi (outra opção é o Conjunto Nacional, em frente, que também tem outro ponto de taxi) e, de quebra, vc vê ao vivo a paisagem que a TV mostra todos os dias. 6) Não sei dizer ao certo o motivo, mas sexta os taxis da capital federal já estavam cobrando bandeira 2... 7) O melhor lugar para ler ainda é embaixo de uma árvore, apesar das formigas.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Workshop

Qualquer pessoa que tenha conversado comigo mais de uma vez sabe que sou mochileira e dentre os estilos de viagem com este é que me identifico. Hoje conheci um outro estilo - por enquanto restrito a casal - o qual poderia substituir a mochila e até ser um novo nicho de mercado: Workshop Trip - he works, she shops.

domingo, 17 de maio de 2009

Na vejinha de 25 de fevereiro deste ano a reportagem de capa era sobre “As baladas Milionárias”. Eu ia escrever criticando alguns comportamentos relatados, como pagar valores altos por champagne e utilizá-la para dar banho, e não para tomar. Depois, refletindo melhor, resolvi não escrever, pois é provável que algum comportamento meu possa ser considerado esbanjador por outras pessoas. Eu não conhecia nenhum dos lugares ali citados, até ontem. Ganhei um vip e fui conferir. Resolvi usar o preto básico para não errar, mas dispensei o salto agulha para ficar mais confortável. Quando cheguei percebi que estava discreta demais e só vi mais duas mulheres, além de mim, sem chapinha ou progressiva. Não conhecia banda de música eletrônica, e foi o que salvou a festa. Alguns instrumentos eu nunca havia visto. Sabia que só ia tocar techno, e já estava esperando não conhecer nenhuma letra (na verdade de todas da noite, uma eu conhecia) mas como as mais elaboradas eram no máximo uma estrofe, a ponto de funk parecer erudito, menor questão fiz de cantá-las. Foi uma experiência válida, muita risada com as pessoas e, mesmo não gostando do estilo musical, dancei tantas horas quanto os pés permitiram. Estou certa de que não há necessidade de conhecer as outras “baladas milionárias” citadas na revista.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Gostei da frase de hoje do Orkut: Não faz sentido dividir as pessoas em boas e más. Pessoas são apenas encantadoras ou monótonas
Tentei me informar sobre as novas regras da poupança, mas o comentário mais sensato que ouvi foi o do Sadenberg, logo após o anúncio da medida: se o direcionamento da poupança vai continuar sendo SFH, os juros de aquisição da casa própria permanecerão no patamar atual. Se realmente houver redução na Selic, adquirir um imóvel será um dos financiamentos mais caros, um dos ramos que mais empregam será desestimulado.Por outro lado, a procura por aluguel pode aumentar...Se o calote não estiver generalizado, pode ser que volte a ser um investimento atrativo. Mas,pelo o que conheço das instituições financeiras, haverá pressão para mudar o mapa 4, se isso ocorrer. Perguntas que não querem calar: o limite de R$50mil será verificado por CPF? Por Instituição? Na declaração de IR? Será possível calcular R$50mil na poupança comum e R$50mil na vinculada à conta investimento? Se um casal tem poupança conjunta e a declaração do IR é feita em separado, vai ser considerado R$100mil? A única vantagem que consigo perceber na ação do governo foi estar criando algo só para 2010, transparência que deve dar mais tranquilidade ao mercado.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Semana passada um colega, que é muito educado e a quem respeito, referiu-se a determinada pessoa como alguém que de forma singular aplicava o plural. Adorei o eufemismo e resolvi repetir a piada hoje. Não fui compreendida. Os absurdos de hoje foram tantos, que um dia que tinha tudo para ser pesado foi, no final, divertido. Surgiu a idéia de escrever os “causos” vividos profissionalmente: quem for experiente vai se divertir com as piadas (ou o humor um pouco mais elaborado, como o transcrito acima), quem não tem ainda conhecimento vai aprender a como não fazer. Já tenho até uma co-autora para convidar: se dividimos uma área, por que não um livro lúdico e informativo?

sábado, 9 de maio de 2009

Escrevo em homenagem à minha amiga e leitora que há praticamente um mês acrescentou a seu discurso introdutório - “Tudo bem? Tá podendo falar?” – o “E o carro, já consertou?”. Pois é, não havia dito nada à família, o assunto estava restrito aos colegas de trabalho e a quem estava comigo no dia do fato, mas o ocorrido foi um senhor, chinês, comerciante da região da 25 de março, que demonstra com ênfase/de propósito não saber português, ter conseguido bater no meu carro enquanto ele estava parado. Entrei em contato algumas vezes, mas apesar de ele ter dito que iria ressarcir, quando insisti, desligou o telefone. Pretendo distribuir a ação semana que vem. Na romaria a orçamentos, descobri algumas práticas do mercado que me deixaram feliz por poder comprar carro zero. De publicável, aprendi que a maioria das pessoas somente pinta o parachoque (nova ortografia, esquisita, mas vá costumando-se), sendo que em regra há necessidade de conserto também na lataria. Como o parachoque tampa o amassado, ninguém arruma. Eu preferi fazer o martelinho e pintar, mas realmente não tive como confirmar o serviço feito. Busquei o carro hoje e o Beberrão (sim, ele adora um álcool) está como novo. Ganhou até o seu primeiro banho – e então descobri que vou precisar polir o capô, pois o mesmo está levemente arranhado. Mas isso só depois da primeira revisão...

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A afirmação “não consigo ‘x’ porque vim ao mundo para ajudar as pessoas” remeteu-me à reflexão sobre se o copo está meio cheio ou meio vazio, ser otimista/pessimista. Digamos que realmente haja um débito a ser pago, que enquanto a conta não for zerada, “x” não acontece. O que fazer? Ajudar o maior número de pessoas, lógico – quanto mais pessoas você ajudar, mais rápido quitará a dívida. Não entendo a resignação, como se não houvesse responsabilidade em cada um pela vida que leva. Ou há alguma razão para manter o status quo? Ajudar não é apenas doar o que não faz falta, como contribuições em dinheiro para pessoas que só saberão pedir mais dinheiro, mas contribuir com algo que faça bem para quem recebe. O exemplo mais comum é o sorriso, mas é possível contribuir também com o tempo. O importante é compartilhar. Do que você gosta? O que você sabe fazer? Reserve parte da sua vida para compartilhar o que você sabe. Nenhum exemplo lhe ocorre? Tente novamente: pense no que você gostaria de aprender e ajude alguém que saiba ensiná-lo a compartilhar o conhecimento.
Ainda estou em dúvida se tive sorte ou se os hábitos da alimentação na rua mudaram. Em um momento de pressa e muita fome resolvi comprar milho de um ambulante. Quando ele escolheu uma espiga pequena, eu comentei que estava com fome e ele me disse para não me preocupar, pois ele capricharia. Foi então que compreendi: o milho é cortado da espiga e colocado em um pratinho fundo. A venda não era da espiga, mas da porção de milho. É melhor servido e mais fácil de consumir. Alguém já teve uma experiência como esta, de comprar milho cozido na rua e recebê-lo em um prato e com colher?

domingo, 3 de maio de 2009

Acabei de assistir "A noite mais fria do ano". Recomendo. Riso fácil e texto não previsível. Volta a SP em junho, mas se for até a sua cidade, não perca.
Deveria ter final de campeonato todo final de semana. Mesmo com a virada cultural, que aumentou o número de pessoas na rua, hoje o Ibirapuera tinha até vaga em seu estacionamento interno.
Exposição de fotografia no MAM/SP. Não perca seu tempo. Mas, se você a-d-o-r-a técnicas de revelação, principalmente do sec. XIX, pode ser que ache interessante. Neste caso, visite também a exposição da sala que fica à direita da entrada,é de designers brasileiros premiados no Brasil. Nenhuma novidade, mas você verá ao vivo o que as revistas de decoração mostram.

sábado, 2 de maio de 2009

Madrugada do dia 2. Término da revisão da monografia e envio para o orientador, com a finalidade de verificar se está tudo certo. Fiquei tão contente que nem dormi, passei a montar a lista de itens pendentes pós clausura. A manhã deveria ter sido dedicada para as compras não urgentes, que haviam ficado para após a pós. Só tive êxito na compra de um assento sanitário e não acreditei a novela que foi. Explico: Na louça sanitária consta a referência do modelo e o fabricante. Informações suficientes para comprar o assento? Errado. Cada modelo tem uma marca/apelido que até agora não sei como descobrir. Além disso, há três possibilidades de acabamento para uma mesma cor, com vantagens e desvantagens desconhecidas pelo vendedor. Meu critério de escolha foi o preço: escolhi a de madeira (torcendo para que seja certificada). Eu havia me considerado prudente ao levar, além da referência,a distância entre os furos e parte do contorno da louça desenhado (pelo menos o que cabia em uma folha A3). De 16 modelos do mesmo fabricante, só um não servia para o desenho que eu havia feito. Alguém sabe dizer o quão oval é o wc de sua casa sem olhar? Pois é, este era o problema da maioria que estava na loja. Resolvi arriscar e comprei a mais barata. Ao chegar em casa percebi que o "chute" fora errado e precisei voltar na loja para trocar. Para minha surpresa, foi mostrando um modelo "standard", 25% mais barato, que depois confirmei ser o que precisava.E neste vai e vem foi-se minha manhã de compras (é Pima Dóu, não deu para conhecer a loja do xampu).

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Este feriado começou muito bem: ganhei convite vip e cheguei em casa mais cedo, sem trânsito,enquanto a Internet anunciava 200km. São Paulo em feriadões é um excelente destino. A mim, faz-me recordar os motivos pelos quais escohi aqui viver e reforça os laços de amor com a cidade.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Duas constatações antagônicas no domingo: 1ª)Voltei à adolescência. Detalhes? Só pessoalmente... 2ª)Eles chegaram para ficar: os fios brancos. Ainda não me acostumei com a idéia de passar a ter química no cabelo, mas se a situação não mudar até o final das férias que se aproximam, não vai ter jeito.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A crítica a rótulos e à impessoalidade são constantes; o de que “toda a generalização é burra” já há muito é clichê. Mas como ser diferente? Na escola somos um número na chamada, depois passamos a ter RG, CPF, Título de Eleitor e CNH. Dependendo do controle existente em seu trabalho, você tem uma matrícula, funcional ou o número do crachá. Por mais que não haja duas pessoas com o mesmo número, impossível haver individualização num sistema organizacional destes. E para que servem todos os controles numéricos? Nem para que se saiba quem é seu vizinho ou localizar uma pessoa, pois não há obrigação nem hábito de atualizar-se o endereço. Eu, por exemplo, não me arrisquei a mudar meu domicílio no Cartório Eleitoral, só o fiz quando mudei de município, afinal, já pensou ter que ser mesária? (quem na iniciativa privada consegue exercer o direito de dois dias de folga?) Há alguns anos ouvi a crítica de que a autoridade policial deveria saber quantas e quais pessoas habitavam determinado lugar, para proporcionar melhor segurança. Pode até ser utópico, mas parece-me que seria saudável o hábito de haver um lugar em que seria obrigatório manter o endereço atualizado. Novos moradores teriam uma forma de demonstrar sua origem e idoneidade e trambiqueiros mais dificuldade de se inserirem em novos grupos sem antes responder por seus atos. Por que escrevo isso? Porque constatei, pelo menos no Estado de São Paulo, uma utilidade rentável para o CPF. Em uma iniciativa que deveria ser repetida em todos os Estados, aqui, desde o final de 2007, ao pedir um cupom fiscal ou nota fiscal, informando seu CPF, um terço do ICMS recolhido é devolvido ao contribuinte. Não é sorteio. Duas vezes ao ano os créditos são computados e, se somarem pelo menos R$25,00, o contribuinte escolhe se quer abater do IPVA, depositar em sua conta ou em conta de terceiros. O interessante é que se descobre a quantidade de empresas que aderiram ao SIMPLES ou as que não estão regulares, pois é possível ver na Web, nota a nota, quais foram lançadas e respectivo crédito. Se um cupom não consta, via web é possível reclamar e, se mesmo assim dentro de um mês nada constar no sistema, é possível denunciar a empresa ao Procon (opcionalmente anexando o arquivo eletrônico da nota). Todos os passos lhe são informados por e-mail, se assim você pedir. Bem, não bastasse o incentivo ao exercício da cidadania – lembro-me da propaganda na infância: “paguei, quero nota” – o cidadão passa a ser fiscal eficiente do governo. Acredito que por muitas vezes não haver crédito, o programa foi ampliado e há cinco meses a cada R$100 em notas lançadas no sistema é atribuído um número para um sorteio. Conheço muita gente que com a possibilidade do sorteio passou a aderir ao programa e a exigir o CPF. Já tive vários bilhetes sorteados (no valor de R$10 cada, é verdade), e cada um que é sorteado é tão divertido e entusiasmante como completar uma cartela de bingo. Imagina quem ganhou o primeiro prêmio de R$50mil? A boa notícia é que a partir do mês que vem o primeiro prêmio vai para R$200mil. Eu não compro mais nada sem levar junto o comprovante fiscal com meu CPF e continuo insistindo em pedir nos estacionamentos, pois há também o programa da Prefeitura de São Paulo, mais antigo, que restitui percentual do ISS mas só gera crédito empresa que fatura mais de R$1MM a.a., limitando a compensação com até 50% do IPTU.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Alguém saberia me explicar por que o quilo do queijo parmesão ralado e industrializado é mais barato do que o quilo da peça de queijo parmesão de mesma marca? Ou por que, considerando a relação preço x peso, é mais econômico adquirir o filé mignon limpo do que o queijo parmesão?

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Em época que muitos não comem carne, gastronomia torna-se assunto inevitável. Aprendi uma forma alternativa para preparar caranguejo e lagosta: ao invés de colocá-los vivos para ferver, menos cruel seria colocá-los no freezer. Quem adotou a técnia garante que a hipotermia não interfere na consistência da carne.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Alguns hábitos de infância realmente influenciam a vida adulta: sou fã de rádio para ouvir notícia e impaciente com a TV. Principalmente depois que passei a ter rádio no carro, é possível dividir minhas fontes de informação em 80% rádio, 15% mídia impressa e 5% pessoas com quem me relaciono no decorrer do dia. Outro dia me surpreendi ao ouvir “a hora do Brasil”, programa que sempre passava às 19hs em meu tempo de escola e por saudosismo assisti até o final: continuo gostando mais da primeira meia hora, que trata do Poder Executivo. Se você só ouve música em rádio e tem a felicidade de morar em um lugar sem “a hora do Brasil”, minha dica é o programa “Fim de Expediente”, toda sexta, às 19hs, na CBN (que pode ser tanto AM, como FM ou na Internet). Para mim é como se estivesse no bar da faculdade, ouvindo a conversa de colegas: divertido, crítico e instrutivo. Muitas vezes dirigindo fiquei com vontade de participar de programas de rádio e questionava-me o motivo das rádios não terem um “recebe torpedo” para ouvintes automotivas como eu. Bem, Fim de Expediente foi responsável pelo meu ingresso no Twitter: sexta passada leram minha participação – ainda indignada referente à fala do Sr Presidente e a decisão de investir no FMI – fiz questionamentos próximos ao meu comentário postado há alguns dias e perguntei quem ganhava com isso.A resposta foi “o FMI”. Achei engraçada a forma como apresentaram a resposta e se outras pessoas também riram, melhor ainda. Só não entendi porque classificaram GIPILLA como nome curioso...

domingo, 5 de abril de 2009

Algumas informações, às vezes, é melhor não ter. Mas dividirei com vocês: li na revista "SP-Lisboa USD 528", pela TAP. E eu, na melhor das hipóteses, só terei livre 15 dias em junho...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

NOVO RICO. Por mais que eu tente não ser preconceituosa, a comparação foi inevitável: emprestar recursos ao FMI é tão chique quanto torneiras de ouro. Não vou lhes aborrecer com a lista de opções para investimento alternativo ao FMI, mas certamente será mais uma das incoerências de Lula: sempre lutou contra o FMI, comemorou a sorte que teve de ter desvinculado o Brasil ao Fundo (sorte porque foi um fruto colhido de árvore plantada por administrações anteriores)e, agora que está livre da escravidão que sempre foi contra, vai incentivar a escravizar outros?

domingo, 29 de março de 2009

Acabei de assistir na rua a algo para mim inédito: uma senhora limpava seu cãozinho com papel higiênico. Isso mesmo: em uma mão ela segurava a coleira e a sacola plástica com os dejetos do cão e, na outra, segurava o papel com o qual limpava o animal, que parecia já estar acostumado com este ritual.

sábado, 28 de março de 2009

No carnaval abriu um restaurante em frente de casa “Minas tutu e prosa”. Fiquei em dúvida se a idéia era “Mina’s tutu e prosa” ou se “Minas, tutu e prosa”. Gosto de morar próximo ao comércio, para não precisar dirigir no final de semana, mas tenho restrições à vizinhança de todo estabelecimento com vida noturna, ainda mais tão próximo de casa. Por este motivo, mesmo com a tentação do aroma da comida, resolvi não frequentá-lo. Na segunda semana de funcionamento já havia clientes às gargalhadas no terraço. Conforme o movimento dos carros, o riso ia e vinha. Sexta passada, ao chegar em casa após às 22hs, havia um cantor, violão, amplificador e voz, cantando no terraço e não tive outra saída: com o melhor sorriso possível, após um dia desgastante, cumprimentei o gerente do restaurante “boa noite, a música passará a ser um evento constante?” e recebi um convite para entrar e ouvi-la. Agradeci, pois já a estava ouvindo de meu apartamento, o que considerava uma limitação à minha privacidade, contei que minha vizinha havia desistido de estudar, e lembrei-o que havia pelo menos três prédios residenciais muito próximos ao restaurante, nos quais os vizinhos também deveriam estar obrigados a aumentar o volume de suas TVs ou rádios e impossibilitados de usufruir do silêncio, apesar do adiantado da hora. Sugeri que houvesse isolamento acústico para tal show, no horário que fosse. Recebi pedido de desculpas e o esclarecimento quanto à orientação para diminuir o som após às 22hs. Não sei se fui voz isolada na reclamação, o fato é que hoje, apesar da noite linda, só havia mesas no terraço.

domingo, 22 de março de 2009

Acertei as contas com o Leão mas sinto-me derrotada. Percebo que muitas pessoas ficam felizes porque irão receber restituição. Mera ilusão, esquecem o montante que lhes foi descontado durante o ano que passou. Eu, por exemplo, apesar de todo o planejamento feito – investimento em pós-graduação, convênio médico e PGBL – vou ter restituição, mas ficará com o Leão mais de dois salários brutos (SNIF!!). É mais do que as tão celebradas férias remuneradas, ainda não acessíveis a todos, e previstas em tratados internacionais aos quais o Brasil aderiu! (Who’s fooling who?) O resultado do IR não me pegou de surpresa, mas se o mercado de trabalho não fosse tão engessado, teria curtido férias em novembro e dezembro, ao invés de trabalhar para o governo (tento me consolar pensando na Faculdade pública que cursei, mas se puderem me apontar algum outro retorno para este dinheiro, equivalente a 1/6 de vida, agradeço). Fazendo os cálculos, mais precisamente, trabalhar somente até dia 11 de outubro de 2008 não teria mudado em nada minha vida financeira – exceto pela incerteza de ter um emprego em 2009. Sou otimista: ainda haverá um período de crescimento econômico em que poderemos escolher os projetos que integraremos. Até lá, para não parecer ingrata, tenho que me calar diante das pessoas que sonham em ser celetistas, afinal, tudo sempre pode ser pior...