quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Ignorar não dá


Tenho estado sensível, mas sem stress e sem ser TPM, estou investigando o motivo... Exemplos? O ritmo de férias acabou quando li sobre São Luis do Paraitinga. Aos que insistem não gostar de carnaval, e por isso não estariam interessados em investir na maravilhosa experiência que o Carnaval em Olinda/Recife proporciona, eu costumava recomendar lá. Bastaria um dia apenas – um bate e volta de Ubatuba – para mudar a percepção de carnaval. Mas este ano não haverá festa; Saci Pererê, Maricota, Bicho de pé e Etesão, entre outros, sairão às ruas só em 2011.

Ontem, enquanto preparava o almoço, resolvi acender o rádio. E a primeira frase ouvida mudou meu ritmo. Não a conhecia, nem acompanhei sua trajetória, mas a morte de Zilda Arns diminuiu meu empenho em fazer as demais atividades programadas para o dia.

Já que estou falando de coisas tristes, o Haiti é uma das políticas externas do atual governo que não compreendo. Por mais que eu saiba não ser do exército a função de manter a segurança. Se o governo volta e meia recorre a ele para garantir paz em áreas violentas, literalmente em guerra, por que envia esta mão de obra escassa no país em uma missão de paz e deixa os brasileiros desamparados em meio à guerra civil? Ok, eu também não compreendo quem possui carro de valor superior a seu domicílio ou quem se endivida para ostentar marcas. Por que primeiro o externo para deixar ao interno as sobras? O correto não seria exatamente o contrário, fortalecer-se para com mais força e propriedade poder ajudar?

Não é a solidariedade que questiono, mas em São Paulo-SP, famílias permanecem sem casa há quase um mês devido ao ainda existente alagamento na região do bairro do Jardim Romano. Risco de vida aparentemente as pessoas não correm (só de doenças ou abalo psicológico que podem parecer pouco para quem não está vivendo o drama), mas faltam recursos para resolver a situação. Recursos que para o Haiti, no entanto, apareceram instantaneamente.

Nenhum comentário: