quinta-feira, 28 de julho de 2011

Plugs

Há algum tempo, anos talvez, li que havia uma diretiva européia obrigando a unificação dos plugs de carregadores de celular: todos deveriam ser USB. Para quem já chegou a ter 3 carregadores idênticos e preocupa-se com o descarte correto, a aplicação da medida seria um alívio.

A venda avulsa de carregadores - e não mais com os novos aparelhos - certamente reduziria o lixo eletrônico e a médio prazo reduziria o consumo. Confesso que fiquei com preguiça de pesquisar de novo a respeito, mas acredito que tenha sido dado prazo para a indústria adaptar-se, prazo esse que estaria em curso.

* * *

O assunto surgiu porque semanas após a resistência ter queimado e muita pesquisa de mercado, decidi-me pelo objeto da compra. Aguardei por 10 dias o produto chegar na loja e nada. Resolvi levar o produto que estava exposto, antes que outro o fizesse ou tivesse de fazer nova pesquisa de preços ou o mercado lançasse novo modelo.
Feliz da vida, cheguei em casa e fui colocar para funcionar: o plug do aparelho era incompatível com o espelho da tomada! Decepção. Nem meu adaptador superversátil, testado e aprovado internacionalmente, ajudou: o plug, de dois pinos, era gordinho demais e não entrava nele. Fiz um tour pelo bairro tentando localizar um adaptador. Diversos modelos e tipos e nenhuma certeza quanto à eficácia. Até que no "quase tudo" a mocinha soube atender muito bem e explicou-me que são dois os novos modelos existentes de plug: o com fio terra, de três pinos, e o que estava no aparelho que comprei.
Tanta simpatia e eficiência levaram-me a pagar 5% do valor do aparelho naquele pedacinho de plástico. Enquanto caminhava, voltando para casa, fui acalmando-me, afinal, como sempre, poderia ter sido pior...
Imagina a situação de quem está reformando seu lar ou comprando apartamento novo: o espelho antigo serve para os aparelhos comprados até o ano passado, mas exigem adaptador para os novos. Já se a opção for montar a casa por completo, não é possível saber que espelho exigir, pois duas são as possibilidades: 3 ou 2 pinos, ambos diferentes do modelo anterior. Antes, pelo menos, havia a lógica da voltagem, 3 pinos era só para corrente 220.
O adaptador mais encontrado, pelo menos aqui na região, foi o para espelho antigo e aparelho de 3 pinos. Em uma loja, a em que eu acabei comprando, vi também adaptador para a situação contrária: espelho de 3 pinos e aparelho antigo. Bela dor de cabeça para o consumidor e um motivo a mais para não comprar, nem aparelho nem apartamento novo, nem reformar: além de todas as informações técnicas, design e preço, precisamos verificar também o plug do aparelho. Caso contrário, há risco de não conseguir usá-lo.

O plug branco é o antigo, o preto, o novo modelo.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Flagrante

A expressão marota dos três marmanjos encostados no muro os denunciava. O foco da visão era um só: o sinal de intersecção formado pela saia envelope da senhora ajoelhada na calçada, próximo à sarjeta. A mão no asfalto ajudava no equilíbrio e a no cabelo era para não atrapalhar o trabalho do frentista, que deitado em baixo do carro, tentava pescar a chave dentro da boca de lobo.

Como ocorreu e como a situação foi resolvida não sei, estava só de passagem.

domingo, 24 de julho de 2011

Mentira tem perna curta: descobre-se logo.

Férias em Natal. Naqueles dias de frio a certeza de sol foi decisiva na escolha do destino. Dividiriam o pacote, eram apenas colegas de trabalho, não eram amigas, nem almoçavam juntas, mas a possibilidade de fugir do frio aliada à situação econômica justificavam o risco.

Após a praia, atualizavam seus e-mail e redes sociais, ambos repletos de notícias da chuva, do frio e sua falta de conforto. Estavam felizes, tudo transcorreu muito bem.

No primeiro dia de trabalho após as longas férias de uma semana, levaram as fotos. Souberam que o cunhado da discretíssima chefe também teria estado em Natal, mas a trabalho. A confidência foi feita quando ela o reconheceu na mesa do restaurante atrás do bar em que estavam suas funcionárias, apesar de ter virado o rosto no momento da foto.

Ele estava acompanhado, e elas lembravam-se bem do casal por causa do forte perfume e do vestido nada discreto da moça. Houve então a primeira discussão: contar ou não contar para a chefe o que havia sido presenciado.

A colega fofoqueira contou sozinha, mostrando outra foto em que o cunhado abraçava a moça. Só que não conseguiu saber se a chefe foi-lhe grata, indiferente ou se detestou saber a informação, pois, no ambiente de trabalho, permaneceu discreta como sempre fora, exceto ao analisar a foto das funcionárias.

A colega omissa, por sua vez, ao saber que a companheira de viagem havia contado, não conteve-se de curiosidade e, na primeira oportunidade, pediu conselho à chefe: afirmou que soube da traição do cônjuge de uma pessoa próxima e não sabia se contava ou não a ela. Mas a chefe desconversou dizendo que se tratava de algo muito pessoal.

O fato é que semanas depois a chefe tirou uns dias de folga: ela viajou para Natal (e não foi sozinha).

sábado, 23 de julho de 2011

O lustre

Os braços já doíam quando decidiu que utilizaria o seu tempo em qualquer outra atividade. O fato é que após anos sem precisar trocar lâmpadas, esquecera a forma correta de montar e desmontar o lustre - lustres não têm manual. Como a iluminação de apenas uma lâmpada também era pouca, resolveu confiar na resistência do fio elétrico e deixou a lâmpada dependurada; novo design, novo lustre.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Biblioteca Municipal Roberto Santos - São Paulo, SP, Brasil.

Que São Paulo possuía diversas bibliotecas públicas, das quais algumas temáticas, eu já sabia.

Através do Em Cartaz, guia mensal da secretaria municipal de cultura, soube que são 56 as bibliotecas municipais, além dos ônibus biblioteca, que tem 35 paradas (um dia determinado na semana ele permanece em endereço pré-estabelecido).

Estive hoje na Biblioteca Pública Roberto Santos, que é temática em cinema. Em uma região que não é próxima do metrô, mas não há zona azul e vagas são facilmente encontradas, é possível não apenas pesquisar sobre cinema como assistir filmes: três televisões estão disponíveis aos usuários, que só podem assistir um filme por dia, escolhido livremente direto nas estantes repletas de DVDs..

Não vá no horário do almoço: há fila. Os funcionários da região, de aparência humilde, dedicam parte do horário de almoço ao cinema. Houvesse mais aparelhos, seriam utilizados.

Tentei mostrar-lhes do que falo, mas o cenário da biblioteca só pode ser fotografado com prévia autorização. A decoração inclui alguns bancos antigos de cinema, daqueles de madeira, e projetores antigos. Vale uma visita.

O que eu fazia lá ? Segredo. Só conto se der certo.

Uma questão semântica

Nunca concorde que você perdeu alguns quilos, quem perde não apenas admite e assume que um dia teve (entenda-se que você os incorporou), como também pode achar. Da mesma forma, evite concordar que você tenha emagrecido: você apenas retornou ao seu peso anterior (todo mundo já foi mais magro um dia, nem que tenha sido durante a época de crescimento) - ou ainda está em processo de emagrecimento.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

- Eu havia lido que este número de telefone se referia a uma autoelétrica.
- Sim, trocamos bateria.

* * *

- A luz da ré do carro não está acendendo, vocês fazem orçamento por telefone ?
- Sim, mas a senhora tem que trazer o carro aqui, pelo modelo e ano do carro não sabemos qual lâmpada precisa ser trocada e se o problema é na lâmpada.
- Preciso marcar hora para levar o carro ? O conserto fica pronto no mesmo dia?

- Funciona assim, ó: a senhora traz o carro, nós mudamos a lâmpada e, se acender, a gente lhe diz o orçamento. Se não acender, coloca a lâmpada que estava no carro de volta, mas da parte elétrica só trocamos lâmpada, mais nada.

* * *
 
- Não peguei trânsito e cheguei antes do horário marcado, onde posso colocar o carro até ser atendida ?
- Pode deixar que nós manobramos para a senhora. Veio fazer revisão?
- Não, apenas consertar a luz de ré, que não está acendendo.
 
O rapaz coloca plástico filme no guidon e ensaca o banco do motorista. Ao engatar a ré, as duas luzes acendem, ele olha com expressão de dúvida para a cliente.
 
- Olha, moço. Eu sei que quando tiro o carro da garagem fica muito escuro, e antes não era assim. Tem lâmpada que não acende, até me avisaram no supermercado.
 
Ele pede ajuda a outro funcionáro e descobrem que a luz de freio é que não está funcionando.
 
Aprovado o orçamento de troca de fusível, antes mesmo de sentar-se para tomar o café cortesia, avisam-lhe que o carro está pronto e não será necessário pagar nada: era mal contato devido a um azinhavre que havia se formado. Foi um prazer atendê-la.
 
E quem disse que o serviço de concecionária é muito mais caro?
 

domingo, 17 de julho de 2011

Para cada descoberta, uma nova tarefa.

Cebola, assim como o alho, precisa de luz e frio intenso para se desenvolver. Provavelmente por isso há muito não encontrava algo descente in natura. Mas o mercadinho do bairro a surpreendeu novamente. “São argentinas”, respondeu-lhe o verdureiro, após sorrir por receber elogio pela qualidade de sua mercadoria.

O entusiasmo foi tanto que comprou mais do que seria consumido em uma semana, mais até do que sua paciência e olhos agüentaram picar e fatiar – até a tampa do processador quebrou de tanta cebola que lhe colocaram.

No freezer lia-se várias etiquetas: cebola ralada, cebola picada, cebola fatiada, caldinho da cebola...Mesmo assim sobraram 3, as mais bonitas, com casca cor de cobre reluzente. Lembrou-se, então, de um tempero para frango que havia ganhado, não havia utilizado ainda devido ao alto teor de sódio, porém quando umificador de ambiente faz-se necessário, problema algum há em reter um pouco de líquido (aos leitores menos avisados, sódio retém muito líquido no organismo).

Melhor do que o tempero que promete 100% de acerto no preparo é a bolsa para assar que vem junto (confiando na idoneidade do fabricante, assumiu tratar-se de plástico PAB free): coloca-se o frango e o tempero dentro dela, fecha-se o lacre, mistura-se tudo mexendo o plástico pelo lado de fora e leva-se ao forno baixo. Ela não pega fogo, assa o que estiver dentro e não suja nada a assadeira, pois ao final é só tirar os pedaços de dentro e jogá-la fora. Em cima da bolsa, colocou as cebolas.

Ficou tudo uma delícia, as cebolas ficaram tal qual as assadas no espeto, levemente adocicadas, sem o perigo de se machucar ao furá-las ou de arder os olhos. Congelou uma parte para saber se o sabor se mantém. Se der certo, fará outra visita ao quitandeiro. A prioridade, porém, será encontrar as tais bolsas de assar para vender.

* * *

O SAC do fabricante entrou em contato comigo, não poderia informar o tipo de plástico, nem se era PAB free por tratar-se de segredo industrial...No supermercado, por sua vez, vi que um de seus concorrentes tem produto semelhante. Ainda estou refletindo se vou incorporá-lo em minhas próximas compras.

sábado, 16 de julho de 2011


Mais uma historinha do www.astro.com, eles são muito bons. Mandei e-mail dando os parabéns e sugerindo que fizessem um livro em quadrinhos com todas as possibilidades de relacionamento  (em casa, no trabalho, na vizinhança). Mesmo para quem não acredita, os segundos acompanhando os desenhos são muito mais eficientes que qualquer descrição de estereótipo.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mais um livro enriquecedor finalizado

Da aula dessa semana: A censura é mera decorrência do que somos e queremos esconder. É impossível ter opinião sobre o que se ignora. Assim, só é possível concordar ou discordar de algo que, de alguma forma, faça parte de nós. Somos o parâmetro na atribuição do juízo de valor; julgar é colocar em evidência o que reconhecemos por também estar contido em nós.

Lembrei-me de situações de autocrítica incompreensíveis a terceiros e resolvidas tão logo tenham sido compartilhadas - diálogo faz milagres. Ação, omissão, culpa, remorso, várias são as possibilidades, mas todas existem a partir de um referencial individual; terceiros envolvidos podem nos surpreender com outro pensar (que pode ser até mesmo total ignorância do conflito interno).

Esclarecer é essencial para enchergar o(s) caminho(s) e a(s) porta(s) existentes: ganha-se vida - tempo e qualidade - ao tirar o peso das costas.

domingo, 10 de julho de 2011

A vida não será mais a mesma...

O curso de jardinagem, sonhado há anos e concluído há algumas semanas, em princípio, seria a excentricidade do ano, um colorido à rotina. Mas as aulas de informática são incomparáveis!
Não, não vou mudar de profissão, nem estou freqüentando aula da terceira idade ou de adolescentes, apenas integro um grupo heterogêneo que está aprendendo conceitos utilizados diariamente pelos usuários de uma forma mais técnica.
Digitar propositalmente a senha errada, só para certificar-se de que se trata do site verdadeiro é um dos ensinamentos simples aprendidos: só você e o banco, por exemplo, sabem sua verdadeira senha. Ao digitar errado e conseguir o acesso, ou receber mensagem de erro sem dizer expressamente que a senha está errada, fica evidente que estão clonando a página. Básico e importante, não?

sábado, 2 de julho de 2011

Passeatas - sim. Na Paulista, não!

Cada vez está mais difícil caminhar pela Avenida Paulista: se durante a semana há o grupo de pesquisadores que te param e perguntam de tudo, geralmente para alguma campanha de marketing, e o pessoal da pedicheira, geralmente ligados a alguma ONG -  no final de semana há os protestos.

Lógico que atrapalha menos o trânsito bloquear a passagem em dia não útil, mas por que protestar na Paulista e não no centro da cidade que tem rua de pedestre, por exemplo?

Em menos de uma hora, percebi três aglomerações. Na primeira, pessoas segurando balões de gás em formato de bichos gigantes bloqueavam o corredor de ônibus no sentido Paraíso; as frases eram relacionadas a espécies em extinção e havia um cartaz contra o Código Florestal, mas nenhum abaixoassinado que eu pudesse aderir. Na segunda, as pessoas dançavam ao som de “se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão...” e carregavam cartazes reivindicando Diretas já e para que não houvesse medo da imprensa. Atravessei a rua e fui pegar um panfleto.

A ideia da segunda manifestação pareceu-me original e de certa forma coerente: defendem que haja mais referendo e mais plebiscito no país. Perderam uma ótima oportunidade de confraternizar com o pessoal ambientalista da quadra anterior, pensei, pois teria muito mais sentido às pessoas explicar exemplificando: referendo como requisito para início da vigência do Código Florestal não seria nada mal...

Retornando do trajeto, percebi que o vão do MASP estava lotado. Não vi cartazes, nem ouvi música, apenas carros da imprensa zanzando nos dois sentidos da Paulista. Resolvi passar pelo corredor polonês de motos da Polícia no Trianon, certamente descobriria pela mídia do que se tratava.

Em casa, nenhuma linha li sobre o protesto ecológico, a reivindicação das Diretas Já só foi mencionada como movimento pela ética e aquele bando insonso em clima de azaração era a tal da “marcha da macoha”. Francamente! Em qualquer lugar que eles fossem se reunir a imprensa iria atrás e, pela cobertura que tiveram e pelo o que eu presenciei, o assunto está sendo ampliado demais.

Lembro que nas aulas de interpretação de texto no colégio líamos os jornais tentando identificar o que estava deixando de ser noticiado e os motivos políticos, econômicos e sociais para a escolha. Algo parecido ocorreu hoje na Paulista: três protestos, porém um apenas pode ser considerado noticiado. Não publicar sobre um fato é censurá-lo, da mesma forma, mencionar um movimento na mídia invariavelmente é dar-lhe força. Resta saber o real motivo da imprensa evitar alguns assuntos em detrimento de outro.

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Mesmo com tantas manifestações, deparei-me com a cena acima na Fiesp (nº 1313) e fiquei sabendo que estava ocorrendo uma temporada de teatro contemporâneo, uma parceria Fiesp e British Council. Resolvi participar, lógico.

Quem assiste da rua não tem noção da história que é contada para o único espectador que fica dentro da caixa. Imagine cenas de filme em preto e branco nas quais você está literalmente no centro delas - resumindo, essa é a ideia. Tudo é muito mais rápido dentro do Black Box do que na plateia. Criatividade e performance 10! Achei o máximo uma peça só para mim, mesmo que durando 5 minutos - e parece-me que os outros participantes também gostaram bastante.

Além dessa peça, Une Boite Andalouse, projeto do coletivo Bootworks Theatre que é inspirada no filme Un Chien Andalou (de 1928), há duas outras, apresentadas respectivamente na Fiesp e no Ibirapuera, até dia 10 de julho.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Biologia Quântica

Kandinsky, uma exposição dele foi o que me ocorreu ao voltar para casa após a palestra. O pintor atribuía sons às cores e às formas, mas todas as releituras de suas obras - naquela exposição - eram apenas telas, nenhum artista ousou o óbvio: tocar instrumentos ou sons naturais para que as pessoas localizassem as respectivas obras originais.

Na palestra foi assim, senti-me como alguém que ouve música e dança a melodia dentre pessoas que se espremem e se acotuvelam para conseguir ver.

O evento ocorreu na UMAPAZ - Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz, um departamento da Secretaria do Verde da cidade de São Paulo (não é a escola de jardinagem, também subordinada à Secretaria), as tradutoras trabalharam muito bem e o palestrante, professor francês Philippe Bobola, foi muito didático.

Enzimas, reações químicas e física quântica certamente outros saberão explicar melhor do que eu, mas a comprovação científica da responsabilidade que temos pelo que somos (incluindo saúde) foi o tema exposto. Os exemplos de como somos responsáveis, e não vítimas, pelas doenças (tempo não adaptado à vida) que temos (mesmo genéticas) foram os seguintes:

- Qualquer evento que altere o futuro da forma como deveria ser é um conflito. Se ocorrido de forma inesperada, é um choque. Não adaptar-se à nova realidade geraria a doença. Resolver o conflito é curar-se.

- Câncer seria envolver-se em um conflito sem solução, como a perda de alguém querido. Depois que o outro morre, não há o que ser feito aparentemente. O local em que o câncer se aloja é a dica que se tem para diagnosticar a origem do conflito.

- Estresse seria não decidir ou decidir de forma desarmônica entre as possibilidades que se tem.

- Não agir em relação ao conflito, sentindo-se sem opção, causaria diabetes. A falta de opção decorre do status da pessoa. Agredir ou fugir, que são as possibilidades de ação, não são tomadas porque a pessoa não continuaria socialmente com o mesmo status. Ela tem potencialidade para agir, mas prefere não fazê-lo, tal qual seu organismo passa a fazer em relação ao açúcar no corpo.

- Já as proteínas, que nos sustentam, especializam as células e permitem os movimentos, têm relação à emancipação. A esclerose múltipla seria um ataque às proteínas da pessoa que não consegue se emancipar.

- Lipídio é uma proteína que foi estudada mais profundamente, sua função tem relação ao limite e sua característica, como toda gordura, é não se misturar à água. Logo, as pessoas que tendem a se isolar tendem a ter mais lipídios, o seu conflito seria a falta de comunicação com os outros. Já o anoréxico tem excesso de água, seria  a reação de alguém que sofre rejeição e quer voltar a um momento de aceitação plena, como no líquido amniótico.

- Perder a memória seria fugir ao conflito existente no presente e hipertensão, demosntração de insegurança frente ao conflito.

Note-se que a utilização do subjuntivo tem sua razão de ser: trata-se de anotações de alguém que não tem conhecimento técnico, apenas vivência nas situações acima. Estará acontecendo até terça um seminário com o professor, no total de 4 dias. Fiquei aguardando o e-mail com as informações (local, preço) para poder repassá-las, mas isso não ocorreu. Pelo que conversei com os demais participantes no coffe break, há vários livros sobre o assunto.