domingo, 29 de janeiro de 2012

Atchim!

Simplesmente imperdível a exposição de fotos de Steve McCurry no Instituto Tomie Otake. Se ela for para a sua cidade (despediu-se de São Paulo hoje), não deixe de ir. Curiosamente, não havia legendas em inglês e nem todas as fotos estavam explicadas em português.

Parece que a falta de explicação do que é mostrado é característica do espaço, que não tinha monitores. Contudo, confesso, com algum constrangimento, que foi a primeira vez que visitei o Instituto, que já tem mais de 10 anos, de forma que não sei se este é um fato pontual ou uma característica de suas exposições.

Estive lá ontem pela manhã, após estacionar em uma vaga na rua - na primeira tentativa - que nem eu acreditei (só para ter uma ideia, para sair precisei subir na calçada). Cheguei antes das 11, hora de abertura, e tentei distrair-me passeando pela região, já que o guarda que trabalha na área externa estava decidido a descontar seu mau humor no grupo de pessoas que ali aguardava.

O ar condicionado marcava presença e, após tantos banhos de chuva, percebi que ia me gripar (leve casaco quando for!). Apenas a sala de leitura, com redes e decoração aconchegante, estava agradável de se ficar. As duas lojas do subsolo fogem do lugar-comum das lojas e museu e o restaurante, que ainda estava fechado às 12, quando fui embora, parecia merecer os R$63 cobrados por pessoa.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Entrevistando o espelho

Nome: acostumei-me com ele

Aniversário: só celebro desaniversários

Cor: a do meu cabelo

Uma conquista: viver em São Paulo

Uma surpresa: sarapatel

Uma mania: anotar todas as despesas

Um divertimento: escrever no meu blog

Hobbies: ler, escrever, jardinagem e viajar, por enquanto – e não necessariamente nesta ordem.

Melhor presente: os amigos

(O) que(m) levaria para uma ilha deserta: se pudesse escolher... não iria para uma ilha deserta.

Lugar favorito: praia nos dias de sol e onde eu estiver morando quando chove ou faz frio.

Com a vida aprendi: a aceitar e a pedir ajuda.

Ousadia: obrigar o cérebro a obedecer aos caprichos da alma

Seu par perfeito: segredo

Um segredo: sou mais acessível do que pareço

Felicidade: uma constante

Infelicidade: deveria voltar para a caixa de Pandora

Tristeza: as despedidas

Alegria: estar viva e com saúde

Sonho: vários, existem para ser realizados

Sonho de consumo: botox abdominal ou algo do gênero

O que mudaria no corpo: o tempo já está responsável por isso

O que te tira do sério: o que não tem conserto e poderia ter sido evitado, como jogar comida fora.

Francamente...

1º de março de 2012 é quando a nova Política de Privacidade e os Termos de Serviço do Google entrarão em vigor. Se optar por continuar usando o Google após a alteração ocorrer, você estará de acordo com a nova Política de Privacidade e com os novos Termos de Serviço.

Por mais que eu não consiga imaginar outra forma de colocar no papel a divulgação da nova política de conduta do Google, que envolve todos os produtos, se você não concordar, a quem seria possível recorrer? Li e não vi problema em continuar com o blog por aqui, mas a ausência de concorrência é a pior ditadura que existe: ou você concorda, ou tem que cair fora.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Polainas

Desaprendi a andar na chuva. Três dias e três guarda-chuvas aguardando conserto ou um local que os descarte corretamente. Muita roupa para secar, mesmo usando capa de chuva ¾. Se a minha calça logo fica tom sobre tom, com a tonalidade mais escura do joelho para baixo, percebo que as pessoas à minha volta não estão tão encharcadas quanto eu, no máximo gotas de chuva são visíveis no tecido de suas roupas.

Pensei em usar saia e carregar uma toalha na bolsa, mas a bolsa em que a toalha caberia ainda não secou. Fiquei intrigada de como eu conseguia ir e voltar do colégio, caminhando distâncias maiores das que caminho hoje, com muito mais êxito. Ou será que eu não percebia os efeitos da chuva?

Lembrei-me de que usava polainas, feitas de restos de lã pela minha vó. Não que fossem moda, eu gostava mesmo, dava um colorido no uniforme. Só na faculdade é que elas saíram de meu armário. Eram exclusivíssimas, tricotadas uma a uma, o que fazia com que minha vó deixasse o par apenas parecido entre si, nunca igual.

No inverno, às vezes colocava duas, três, ou uma por cima de duas, já que com o tempo elas iam ficando mais largas. Como eu me arrumava sonolenta, era comum eu me enganar e colocar uma de cabeça para baixo ou usá-las sem o correspondente par.

Eu sabia que as polainas esquentavam o pé e as pernas, mas só agora percebi que também deixavam meu pé seco por mais tempo.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Banho de uma Chuva de Verão


Temporal é gostoso de ser visto do lado de dentro de uma janela. Quanto mais alto o andar, melhor o espetáculo. No sábado a armação de meus óculos quebrou e hoje fui ao oftalmo. Exatamente durante o meu deslocamento para a consulta começou a chover.

A ideia inicial era ir a pé, mas os primeiros pingos foram suficientes para quebrar meu guarda-chuva sem virá-lo (o investimento na armação de alumínio não se justificou). Atravessar a Av. Paulista foi uma aventura, já que o vento soltou meu cabelo, que dava laçassos no que estivesse próximo, parecia ter vida própria, exigindo esforço para manter-me andando em linha reta. Já do outro lado, no ponto de ônibus, persistente entre a água que saia de um bueiro na calçada e as ondas formadas pelos carros, pedi ajuda para uma moça que também tentava se defender com o seu guarda-chuva:

- O ônibus que vem ali, qual é?

(silêncio).

- Poderia ler para mim o que vem escrito ali no ônibus?

(a mulher olhava para mim meio que sem entender, senti necessidade de explicar que não estava zombando nem que era analfabeta).

- Estou sem óculos, indo para uma consulta no oftamologista, por isso não consigo enxergar, o que está escrito naquele letreiro do ônibus?

- Só quando chegar mais próximo é que eu consigo ler.

Resultado: passei a parar todos os ônibus e a perguntar ao motorista. A cada parada, mais molhada ficava, mas o ônibus parado, por sua vez, era um alívio pelo bloqueio do vento. No fim cheguei a tempo na consulta, quando já abria um tímido sol.

As brincadeiras do médico por causa da chuva e do estado em que me encontrava, além do fato de ir e voltar com o mesmo bilhete único, neutralizaram meu frio e o receio de uma gripe. Acho que faz dois anos que não me molho assim, estivesse na praia pegaria um xampu para aproveitar a água sem tratamento químico de cloro nas madeixas (se você nunca tomou banho na chuva, em dia quente, permita-se ao menos uma vez na vida, recomendo).

Também não sei qual foi a última vez que peguei um ônibus. Percebi que os cobradores atuais passam o tempo todo no celular, batendo papo – o da volta ficou brabo porque o passageiro reclamou que ele esqueceu-se de avisar a parada correta. Outra questão que não havia pensado era como é importante, em locais que recebem público, o estofamento ser impermeável. Eu consegui deixar com que a poça de água se formasse fora do consultório, mas não tive como não me sentar durante a consulta.

Chegando em casa, notei que algumas anotações que estavam em cima da mesa voaram sacada a fora, 10 cm de fresta foram suficientes para o estrago. Espero que seu conteúdo não faça falta.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Uma vez na vida, apenas pela experiência, é suficiente


Não se preocupe, não falarei de astrologia chinesa – até porque teria que copiar o que os outros já escreveram sem saber se estaria certo, o que seria inaceitável: posso inventar e distorcer qualquer história, avisando ser ficção, mas copiar o trabalho dos outros, ainda mais sem ignorando sua correção, não faço; é uma questão de princípio para também poder exigir que só me copiem indicando a fonte.

Mas fui, sim, na Liberdade este final de semana. Aviso que a festa do ano novo é mais bonita na TV do que ao vivo. Muita gente e nenhuma confraternização. Mas eu queria ver se encontrava algum dragãozinho de souvenir e exercitei a paciência andando a passos de formiga na velocidade da tartaruga. Ficaria satisfeita mesmo se fosse algo made in China, com a qualidade que dizem ter os produtos vendidos lá, não com o acabamento dos produtos deles que aqui ficam disponíveis. Não achei. Nem os dragões estilizados estavam merecedores de uma prateleira aqui de casa. A barraquinha de souvenir vendia um chapéu de papelão, caneca e um dragão de pelúcia. No primeiro momento pareceu-me desaforo a cobrança de qualquer valor pelo papelão repleto das marcas dos patrocinadores e apenas com uma cordinha, apesar do mormaço, depois percebi que ajudou muito na limpeza: se você ganha, pega sem precisar e não tem importância jogar no chão. Mas se você paga R$2, aí você leva para casa. As filas estavam imensas, faltava chão para tanta gente, mas os locais para lixo e os banheiros químicos não estavam lotados e não vi sujeira pelo chão.

O sorvete de gengibre foi o que salvou a visita. Que delícia! O chato é que só é vendido em barraquinhas de festivas, não há loja nem venda por telefone ou Internet.

Assuntos sobre os quais eu pretendia escrever na semana que passou

Divulgação falha: evento será dia 25jan12

Novo museu na cidade vale a visita

sábado, 21 de janeiro de 2012

Distraindo o esquecimento

Segurava uma caneca, não lembrava porquê. Estava na sala de sua casa. Colocou-a no lugar e voltou a ler o livro que estava aberto no chão ao lado da poltrona. Ao certo, não sabia quando o havia interrompido e retornou algumas páginas; o suficiente para conseguir acompanhar a história de onde ainda se recordava. A descrição de um dia de verão deu-lhe sede. Foi até a cozinha e viu que um bule de chá, naquela chuvosa e quase fria tarde de sábado, fumegava. O líquido estava muito quente para um copo, o ideal mesmo seria colocá-lo em algo maior e mais fácil de segurar, como uma caneca...

De diferentes formas, sempre com algum atraso, vinha percebendo “espaços em branco”, períodos demarcados pelo relógio que somente por esse motivo sabia tê-los vivido. Resolveu prevenir-se e levou o bule até a sala. A lâmpada deixava marcadas as imperfeições da parede, tal qual a superfície da lua, um mundo em que talvez ela estivesse há algum tempo.

Entre um gole e outro, refletia se seria a distração a causadora do esquecimento ou se o esquecimento seria o causador da distração. Pensou em muitas coisas, mas não registrou nenhuma. Entre um gole e outro, refletia se seria o esquecimento o causador da distração ou se a distração a causadora do esquecimento. Afinal, por que lembrar-se de tudo?

Com o livro no colo, a divagação poderia apenas ser uma desculpa para fugir de sua realidade, mas desculpa é algo que se lembra a toda hora e ela novamente esqueceu-se - só que dessa vez de sua distração -  e voltou a ler.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Telefonema improvável

-Quer dizer que você sempre acertou; em todos os momentos decidiu corretamente e nunca parou para pensar “e se tivesse agido diferente”?
(silêncio)
- Procuro acertar, venho contendo meus impulsos com o passar dos anos, apesar de ter ficado muito satisfeito com alguns improvisos.
- Procurar não é achar e achar também não é estar convencido, se é que é preciso convencer-se de algo. Não fuja do que lhe perguntei: na vida, você sempre acertou?
- Convivo com as conseqüências das minhas decisões, sei que sou responsável por elas, mas nem todas me são agradáveis.
- E não poderia responder diferente, afinal até o ser mais fútil alguma vez questionou sobre si e sua vida. E no pouco que você demonstra não há futilidade... Não vou me ater ao lugar comum de que a vida é uma escola, nem contar-lhe situações que procuro esquecer e das quais não faço a menor ideia de que outra forma poderia ter sido; mas pense em algo simples, como escolher uma roupa: precisamos saber como está o ambiente externo e olharmo-nos no espelho para ficarmos confortáveis durante o dia. Mesmo assim, podemos querer ou precisar trocá-la, ou até mesmo vesti-la novamente em outro momento. A vida não é diferente. Então, por qual motivo eu me recusaria a ouvi-lo?

Poderia ser um presente para nós e a cidade...

A proibição de distribuição de sacolas plásticas em São Paulo, apesar de não ser assunto recente, ainda vai "dar o que falar", mesmo após sua entrada em vigor no próximo dia 25. Não vou divagar em futurologia, se a lei "vai pegar", se há realmente preocupação com o meio ambiente ou se trata-se apenas de "Cidade Limpa - fase II" com expectativa do respectivo reflexo nas urnas.

Medidas isoladas que "fazem barulho" só servem para isso. Impossível ignorar que não há coleta seletiva em São Paulo e que se houvesse, não apenas mais pessoas conseguiriam sobreviver a partir da reciclagem, como menor seria o volume de descarte destinado aos lixões, algo muito mais prejudicial do que as sacolas.

A cada dia percebo um maior número de pessoas dispensando as sacolinhas e utilizando alternativas como caixas de papelão. Há mais de ano que eu utilizo sacola de pano e coloco as frutas e verduras soltos no cestinho do supermercado, mesmo que a moça do caixa me olhe feio por ter que pesar duas vezes o mesmo produto, ao invés de somente jogar mais um saco plástico na balança. Utilizo, sim, as sacolas plásticas para descartar o lixo orgânico, consumo uma por dia, mais precisamente, e não estou nada contente em ter que passar a comprar saco de lixo (na verdade já voltei a pesar os produtos da forma tradicional, como uma forma de adiar a nova despesa).

Para uma medida dar certo - não importa se a motivação é humanitária, econômica ou ambiental - ela tem que ser planejada como um todo. No meu prédio, por exemplo, cada andar tem dois contêiners, um para lixo orgânico, outro para lixo reciclável. Eu e  meus vizinhos separamos o que descartamos, mas apenas o que conseguimos vender (jornal que não esteja amassado ou picotado, revistas idem, latas de alumínio e alguns vidros) têm o descarte correto. O que o prédio não comercializa acaba tendo o mesmo destino do que realmente é lixo, já que só há um tipo de coleta pela prefeitura.

Depois que eu soube disso (dei um flagrante no faxineiro, que estava juntando tudo), passei a levar no supermercado o que fosse reciclável e não tivesse meios de ser aproveitado pelo prédio. Talvez esse possa ser um lado positivo da proibição: já que não há necessidade de embalar o que é reciclável, separar significa menos sacos de lixo a serem comprados (isso para quem "radicalizar" e passar a levar ao supermercado o que antes sequer separava).

Mesmo considerando-me ambientalmente consciente, não quero gastar com plástico e pensei em formas de diminuir meu volume de lixo. Procurei e não encontrei um triturador. Cogitei ter um minhocário, mas a ausência de sombra no apartamento torna-o inviável. A julgar pela grande oferta de sacolas retornáveis (todas de plástico) nas gôndolas, a indústria plástica conseguiu um bom acordo, não receberemos mais aquele produto de péssima qualidade, que rasgava fácil, mas teremos que comprar algo que aparentemente servirá para o que foi fabricado, ou seja, o volume de plástico despejado na sociedade será o mesmo, só muda quem irá financiá-lo. Ficará tudo na mesma e está sendo desperdiçada a oportunidade de efetivamente melhorarmos o meio ambiente em que vivemos.

* * *

A analogia com o "Cidade Limpa", política que retirou outdoors irregulares da cidade de São Paulo e restringiu toda a comunicação visual do comércio, deu-se por estarmos em ano de eleições e a realidade da capital ser a que eu conheço. O "acordo" para eliminar as sacolas é estadual, e para não parecer estou sempre do contra ou omitindo informações, segue o link: http://vamostiraroplanetadosufoco.org.br/

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Confiar Desconfiando

Se você utiliza fósforo, alguma vez já contou quantos palitos vêm dentro da caixinha? Particularmente, considero um desperdício de madeira os fósforos que usamos, se houvesse aqueles de hotel, feitos de papel, para vender, eu preferiria, mesmo sabendo que não são tão fáceis de usar. Além da proteção ao meio ambiente, eles têm a vantagem de não quebrar.

Mas meu apreço pelo isqueiro é menor ainda do que pelo fósforo – e os acendedores disponíveis no mercado possuem um armazenamento de gás como se isqueiros fossem. Não há tecnologia brasileira ou chinesa que me convença da segurança daquilo. Assim, quando minha “coleção” de fósforos acabou, precisei comprá-los.

A embalagem dizia “10 caixas com 40 fósforos cada”. A segunda e a terceira caixa foram consumidas no mesmo tempo da primeira. Resolvi contar: de 36 a 40 palitinhos continha cada caixinha (e apenas 1 estava correta). Incrível! Nenhuma com mais de 40.

Como sei que provar a quantidade do conteúdo de uma embalagem já aberta depende da sorte (somente abrindo outras embalagens que ainda estejam lacradas), nenhuma providência tomarei, a não ser compartilhar minha indignação com vocês e voltar a procurar aqueles acendedores antigos, que soltam faísca quando você aperta um gatilho.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Participe para, pelo menos, depois ter do que falar

No decorrer da vida somos marcados muito mais pelo que nos contraria do que pelo que ocorre conforme imaginamos. Afinal, é o deparar-se com o novo que choca, que causa reflexão, que para o tempo e nos faz decidir se aceitamos ou rejeitamos a novidade. Todos temos momentos bons, mas acredito que por uma questão de defesa, é o trauma que mais vezes retorna do passado ao presente.

Um ser que seja ranzinza ou tenha o hábito de sempre reclamar (e não sugerir como deveria ser), para mim, é alguém que não consegue lidar com a frustração. Como não consegue ou não sabe como alterar o que não gosta, reclama. Da verdade que ninguém gosta uns reclamam, outros mentem, e todos deixam de acreditar em sua mudança.

Descobri ao acaso que a Prefeitura de São Paulo está fazendo uma consulta pública sobre o que se quer para São Paulo daqui há 30 anos. Isso mesmo, uma possibilidade de interferir na São Paulo de seus netos. Até lá, onde e como nós e a prole iremos viver, não está esclarecido.

Visando o futuro, a página apresenta duas as possibilidades: responder a um questionário ou escrever abertamente comentários sobre o tema. Se vai funcionar eu não sei, até porque tem algumas perguntas cretinas, como se deve-se investir em saneamento ou na despoluição dos rios das marginais (apesar de leiga no assunto, parece-me óbvio que primeiro deve-se abranger toda a cidade com saneamento e, num segundo momento, sem esgoto indo direto aos rios, estes devem ser despoluídos). Outras são mais inquietantes, como decidir entre gerar empregos em diversos núcleos, de forma que o trabalho seja próximo de casa, ou garantir a acessibilidade e mobilidade dentro do município, pois não necessariamente menos pessoas se deslocando melhorará a acessibilidade e mobilidade dos outros.

O fato é que você, contribuinte da capital paulista, pagou por essa consultoria e, assim sendo, nada mais coerente do que participar dela. Siga seu coração, imagine a São Paulo de 2040 de seus sonhos, e vote: http://sp2040.net.br/noticias/2011/10/como-e-a-cidade-que-voce-quer/

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Um novo cartão postal para São Paulo


Av. Paulista esquina Rua Pamplona, lado centro. Já foi o endereço da mansão dos Matarazzo, estacionamento e, agora, é um canteiro de obras. Em breve mais um shopping e mais um hotel serão construídos ali. Aumentará a concentração de pessoas deslocando-se para a mesma região da cidade, criticam alguns, aumentará a concorrência entre os caros e não tão bons fast food da região, sonham outros. Tudo para cumprir as metas de hospedagem para a Copa de 2014.

O tamanho do terreno, por si só, já chamaria atenção - ainda mais em tão valorizada região. O bom gosto artístico dos grafiteiros virou ponto turístico. De carro ou a pé, até o ano novo, era impossível ver do que se tratava, seja pelas pessoas pousando para fotos, seja pelos pedestres apressados, que impediam aos outros ficarem parados por algum tempo. É que nas visitas às decorações de natal muitas famílias dividiram suas fotos entre Papai Noel, que tem todo ano, e o bonito desenho, que na avenida é colorido, mas nas Pamplona e na Cincinato Braga, são preto e branco.

A aparente tranquilidade da cidade na segunda-feira, dia 2, possibilitou-me, finalmente, tirar várias fotos, algumas próximas, outras em cima do canteiro, todas sem ser interrompida. Pareceu-me muito oportuno registrar o que não se sabe por quanto tempo será preservado, mas na verdade trata-se apenas de mais uma das vantagens de ficar na cidade quando todos dela fogem...