quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Cidadania

Há ainda quem siga a linha do “tanto faz”, pessoas que sequer são gratas com a possibilidade de negligenciar escolhas e que ignoram que não se posicionar já é uma escolha. Sonhos e projetos tornam-se realidades por ousadia e persistência em não permitir que a vida, a família, a cidade, o país, o mundo etc fiquem à deriva.


Conhecer este processo e respeitar o que já foi feito é a base imprescindível para continuar construindo; passado serve para reflexão, é impossível ignorá-lo. Não há castelo sem alicerce e sem fossa.

O dever do brasileiro de votar, por exemplo, já foi o sonho e a causa da vida de pessoas – direito adquirido aos poucos e ainda ensinado pela imposição. Mesmo para quem não acredita em respeito à memória, pelo mínimo de reciprocidade e coerência com os seus próprios sonhos, que poderão ser direitos adquiridos e óbvios às gerações futuras, assim como o voto é hoje no Brasil, o comparecimento às urnas é mandatório – não importa o que diga a lei.

A cada tecla da urna eletrônica sinto-me agradecendo por poder manifestar minha opinião e ter participação ativa na realização de meus sonhos, mesmo que eles sejam simples, como o da população exigir uma campanha política com projetos (desde a estabilização da economia quase nada me é informado pelos candidatos quanto a políticas públicas) e não simulações estatísticas e jingles divulgados por marketeiros na mídia.

Infeliz de quem decide profissão, cônjuge, amigos pela opinião dos outros. Por que pesquisa de opinião influenciaria o voto de alguém? Por que o segundo turno foi designado exatamente no meio de um feriadão de 5 dias (28 de outubro – dia do funcionário público – e 02 de novembro – finados)? A quem interessa as indecisões quanto à legitimidade de candidaturas, mesmo após as eleições? Todas as respostas me são antidemocráticas e cruéis.

Paciência o feriado, haverá vários outros antes das próximas eleições.

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