quarta-feira, 21 de março de 2012

Troca de tolerâncias

Check in.

“Gi” foi o que ouvi e virei-me para localizar a origem. Na sequência, porém, o atendente falou “voo no horário, embarque portão...”. Percebi que ele havia dito o Gi. Fiquei sem reação, se deveria fazer alguma observação a respeito ou achar normal ser tratada pelo imaginário apelido (Gi é apelido óbvio, mas poderia não ser o meu). Aí o rapaz, enquanto circulava o número do cartão com uma esferográfica, terminou sua frase com “...linda”. Toda essa gentileza provocando uma intimidade inexistente e não me desejou a boa viagem de praxe! Resolvi não estragar o nosso dia e segui em frente.

No detector de metais, a luzinha, pela primeira vez na minha vida, apitou – eu que já viajo sem cinto e sem sandália para não trancar a fila... “São os seus sapatos”, disse-me a funcionária. Rejeitei a ideia de ter que tirar os tênis e coloquei as moedas que estavam no bolso na caixa plástica. Novo apito e verifiquei que a funcionária estava correta: o amortecedor do tênis tem metal. Percebi na expressão de tolerância/paciência em toda equipe que me aguardava.

É, paciência e tolerância - convivendo é que se aprende.


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