quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Penetra, desta vez por acaso.


Costumava passar por ali, mas só naquele dia notou o cartaz “workshop – grátis”. O assunto interessava-lhe. O horário era compatível com outras obrigações assumidas. Anotou o link.
Em casa, não encontrou a ficha de inscrição. Pena, começaria no dia seguinte. Mais tarde, pensou que talvez as inscrições estivessem encerradas, que talvez alguém pudesse ter desistido. Afinal, quando é grátis, as pessoas desistem mais fácil, menos ainda se comprometem, apenas impedem outros de terem acesso.
Chegou com alguma antecedência, para saber se poderia participar. O rapaz da recepção nada sabia. A sugestão foi procurar certo fulano. Lá se foi. Fulano dava ordens e perguntou-lhe por qual evento estava ali. Ouvindo a resposta, indicou-lhe a sala.
Foram três dias muito produtivos. No intervalo do terceiro dia, porém, fulano pediu para lhe falar. Vexame, a palestrante reclamou da conversa paralela. Mas fulano estava preocupado: o evento era exclusivo para selecionados, ele precisava prestar contas e tinha aquele nome acrescentado à caneta na 15ª linha da lista de presença. Pior, os certificados já haviam sido impressos no momento da inscrição, em número limitado, sem possibilidade de qualquer alteração.
Certificado? Compreendia a situação, não iria criar caso – experiência era o que importava. Nem perguntou se poderia continuar, apenas ali permaneceu.
 

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