sábado, 30 de maio de 2009

Algumas promoções deveriam ser melhor cuidadas. Fui surpreendida por duas hoje. Na primeira, apresentando a carteira de estudante, é dado desconto de R$500,00 na compra do carro zero de uma determinada marca. Durante toda a minha vida de estudante, nunca tive desconto algum; a meia entrada foi um privilégio da pós-graduação. Há muito o setor cultural reclama da banalização da emissão da carteira e atribui seus altos preços de ingresso ao elevado número de estudantes (mas não vamos esquecer que aposentados e pessoas da melhor idade pagam meia). A mencionada promoção comprova que o estudante que desembolsa R$40,00 para pagar meia entrada (lembrando que lazer pago é luxo para a maioria dos brasileiros) não o faz por ausência de poder aquisitivo, logo poderia pagar um pouco mais pelos ingressos que teoricamente ficariam mais baratos, democratizando o acesso à cultura. O direito adquirido acaba por privilegiar poucos. Na segunda promoção, recebi um brinde em plena Paulista e, enquanto o recebia, tiraram uma foto. Fiz cara de surpresa e recebi um sorriso amarelo da fotógrafa. Acredito que a utilização seja de uso interno, senão... - como uma marca com respeitabilidade faz uma ação destas, tirando foto sem prévia autorização? - lembrei-me de outra promoção de hidratante, há seis anos, em que para receber dois saches era necessário tirar foto e escrever no verso um depoimento sobre um assunto relacionado ao produto.

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