quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Remodelando o espaço verde



Flor do Pimenteiro
As plantinhas vão bem, obrigada - se as pessoas perguntam não apenas pela família, mas também pelos animais de estimação, por que ignorar o tão simpático reino vegetal? Como se vê, meu deslumbramento por ver tudo mais verde, a cada dia, continua: não consegui ainda seguir as instruções da professora, de descartar tudo que surgisse sem ter sido plantado...


Até agora tenho ficado muito satisfeita com as surpresas, mesmo que algumas tenham se revelado ser apenas grama: para dar um exemplo de meu entusiasmo, improvisei uma latinha de conserva como vaso só para o gramado.

Minha criatividade também andou a mil, fiz os mais variados modelos de vasos a partir de garrafas pet.

Homenagem Póstuma
Meu xodó é um pé de couve. Para quem não sabe, não existe semente de couve, a plantação tem que ser feita por estaca (colocar um pedaço na terra e torcer para pegar). Dia desses resolvi tentar. De cinco estacas, uma pegou. Eu já tinha trocado de vaso uma vez (para o modelo pet mais pomposo que fiz) quando o vendaval de terça demonstrou que o modelo não era estável: o vaso virou e quebrou boa parte das folhas. A possibilidade de não vê-la chegar à idade adulta deixou-me triste, bem triste - tristeza que durou até eu saboreá-la. O processo todo de luto, na verdade, foi um pouco demorado, montei uma mini estaca (estou torcendo para que pegue), lavei as folhas, preocupei-me em registrá-las, uma forma de provar que sim, um dia consegui fazer uma estaca de couve pegar...e também não deixava de ser homenagem fúnebre à quela que tombou exclusivamente por minha causa. Foi então que percebi que ser ingerida era a sua finalidade, a queda apenas acelerou um fato e deu-me menos retorno do que poderia - mas sua morte não seria em vão.


O início do xodó
No dia seguinte, mais tranquila, fui ao supermercado comprar terra  para replantar algumas plantas no vaso que ficaria vago. Delícia, meio da tarde, só eu e as prateleiras... Ao descer as esteiras, no entanto, mal conseguia andar, mais pela bagunça dos carrinhos do que pela quantidade de pessoas. Sem querer, descobri o point dos octagenários: seção de FLV (frutas, legumes e verduras) do hipermercado quarta após o almoço. A atividade física era intensa, como se competíssem quem seria o mais rápido, o que carregaria maior peso, quem compraria mais... Naquela confusão, ajeitar os carrinhos e passar significava grande probabilidade de strike de um pompom branco. A mulher na minha frente, na fila do caixa, disse que na região ninguém vai lá às quartas porque passar nervoso é certo. Impressionou-me também o baixo preço e a baixa qualidade dos produtos, só alguém com pouca visão ou que estivesse gastando por diversão (menos prejuízo do que um bingo) compraria aquele estoque.

Novamente em casa, antes de jogar meu xodó no lixo, percebi que a quebra das folhas talvez significasse o mesmo do que a quebra de galhos nas árvores: havia uma chance de sobrevivência. Replantei o pé de couve, apesar de sua trágica aparência.

Sem Comentários...

Aproveitei também para replantar duas plantas, provavelmente um pimenteiro e um tomateiro, que estavam em um mesmo vaso. Quase uma hora separando suas raízes. Intuitivamente, fiz tal qual desembaraçar o cabelo: chacoalhei em água abundante. Acho que vai dar certo (a maior está com 50cm). Antes disso, registrei a flor do pimenteiro (acima), algo que eu nem imaginava como poderia ser... Terminada a função, percebo uma minhoca boiando na água em que eu estava mexendo (argh). 



Pode-se afirmar que uma das vantagens da vida adulta é que a maior consequência, se você fizer alguma sujeira, será limpar. Acho que o receio de uma bronca tira a espontaneidade de uma brincadeira... terminei a minha brincadeira achando um canto legal para a recém-chegada ora-pro-nóbis (outra que irá para a panela - he, he - mas vou esperar a florada antes).

Nenhum comentário: